O USDA divulgou nesta sexta-feira (29/03) o relatório de intenção de semeadura de algodão nos EUA para a safra 19/20. Assim, a nova área está sendo estimada em 5,5 milhões de hectares, trazendo uma redução de 2,0% se comparado ao que foi visto na safra anterior.
Desse modo, o Texas, o maior produtor de algodão dos EUA, reduziu sua previsão de semeadura para a próxima safra, sendo agora de 2,9 milhões de hectares, o que representa uma diminuição de 5,8% em relação à última safra.
Por outro lado, sete estados americanos pretendem crescer suas áreas de cultivo em 2019, sendo o Arkansas o responsável pelo maior avanço de área entre os estados. Já nas regiões de planícies, o Kansas ganha destaque, pois, se mantiver a área prevista no relatório, poderá ser um recorde em comparação com a safra 18/19.
Contudo, o cenário nos EUA ainda se encontra em aberto, visto que o fator climático nas últimas semanas pode influenciar na consolidação dos dados.
Confira os principais destaques do boletim:
• O avanço divulgado pelo USDA nas exportações dos EUA, aliado às boas perspectivas com relação ao encontro entre representantes dos governos chinês e norte-americano, contribuiu para a valorização nas cotações da ICE/NY, que avançaram 1,33% para jul/19 e 0,60% para dez/19.
• A valorização nas cotações da bolsa de Nova York e no dólar pautou o aumento de 3,83% e 3,09% na paridade de exportação para jul/19 e dez/19, respectivamente.
• O dólar operou em alta e fechou cotado a R$ 3,90/US$, exibindo aumento de 2,51% em relação à última semana, sobretudo, em razão das divergências no cenário político brasileiro quanto à reforma da previdência.
• O caroço de algodão fechou cotado a uma média de R$ 490,95/t, e avanço de 4,03% em relação à semana passada.
Boas condições:
O NOAA divulgou na última semana as condições climáticas na região do Cinturão do Algodão dos EUA. Nesse sentido, os relatos indicam que em algumas regiões o solo apresenta condições favoráveis de umidade, o que contribuiu para que alguns cotonicultores norte-americanos iniciassem os trabalhos a campo.
No Texas, já foram realizados aproximadamente 3% da semeadura estimada para a safra 19/20, com mais de 50% da superfície do Estado apresentando condições de solo satisfatórias e 31% de seca moderada, deste jeito o quadro se apresenta melhor do que o do ano passado.
Assim, caso esse cenário continue, pode propiciar boas condições no campo e favorecer o processo de desenvolvimento do algodão.
Dessa forma, é importante acompanhar as condições climáticas nos EUA, visto que os acontecimentos ocorridos nas lavouras podem afetar na produção mundial, principalmente, considerando os impactos que foram causados pelas intempéries climáticas na safra passada.
Fonte: Imea
