ESTIMATIVA DE SAFRA

No novo relatório da safra 22/23 do algodão, o Imea consolidou a área da cultura em 1,20 milhão de hectares, 2,15% superior ao que foi cultivado no ciclo 2021/22, puxado pelas áreas de primeira safra, que cresceram 21,10% em relação à safra passada. Com relação à produtividade média para MT, a nova estimativa exibiu aumento de 3,39% quando comparada com a projeção do mês passado, sendo esperado um rendimento médio de 305,97 @/ha, 23,45% maior que o registrado no ciclo 21/22. Cabe destacar que a colheita e o beneficiamento ainda estão em andamento no estado, e com a finalização dos trabalhos a campo será possível mensurar de forma mais assertiva os efeitos das condições climáticas favoráveis na produtividade final do ciclo. Por fim, é esperada uma produção de algodão em caroço 26,09% maior que a do ciclo passado, totalizando 5,52 milhões de t.

Confira os destaques do Boletim:

AVANÇO: a colheita do algodão da safra 2022/23 alcançou 89,68% da área total do ciclo até a última sexta-feira (01/09), com avanço semanal de 13,75 p.p.

ALTA: com o furacão Idalia atingindo importantes regiões produtoras de algodão nos EUA, o contrato de dez/23 da pluma na bolsa de NY exibiu alta de 2,84% na semana.

DESVALORIZAÇÃO: o aumento da oferta de subprodutos no mercado, aliado à fraca demanda, levou à baixa de 1,65% no preço do caroço disponível no comparativo semanal.

De acordo com a estimativa de oferta e demanda da pluma mato-grossense para a safra 22/23, a oferta da fibra ficou em 2,64 milhões de toneladas (t)

Esse total é 45,54% superior ao registrado no ciclo 21/22, pautado pelo maior estoque de passagem da safra 21/22 para a 22/23, em conjunto com a estimativa de produção recorde para a safra atual. No que tange à demanda, é esperado que 1,70 milhão de t sejam enviadas ao mercado externo, 79,40% superior ao volume do ciclo 21/22. Essa alta é pautada pela expectativa de um aumento na demanda pela fibra brasileira e, consequentemente, de Mato Grosso, visto que os dois principais exportadores mundiais da pluma (EUA e Índia) podem ter a produção do algodão comprometida, devido ao clima seco e quente que tem afetado as suas lavouras. Além disso, a China, também, enfrenta problemas nas lavouras, devido ao clima, o que tende a direcionar a sua demanda doméstica de pluma para o mercado internacional. Por fim, com a maior oferta, os estoques finais ficaram em 394,04 mil t de fibra, 14,95% maior que o ciclo 21/22.

Fonte: Boletim semanal n° 690 – Algodão – Imea



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