Com o avanço da colheita norte–americana do cereal, que se encontra em 93,00% até a última segunda–feira (14/11), o USDA pode mensurar melhor os impactos da redução nas chuvas sobre a produtividade média do cereal para a safra 2022/23 nos Estado Unidos. Desse modo, o relatório de novembro do Departamento trouxe uma revisão no que tange ao rendimento do milho, que passou de 179,82 sc/ha no mês de outubro para 180,25 sc/ha na última estimativa.
Dado a isso, houve um aumento na projeção de produção em 880 mil toneladas (t), totalizando 353,84 milhões de t. Por fim, a demanda doméstica foi reajustada positivamente em 0,25% (635 mil t) e os estoques finais, em 0,83% (247 mil t), no período analisado. Esse cenário de maior oferta de milho no mercado veio a impactar os preços correntes na bolsa de Chicago, que fechou a semana cotado a US$ 6,64/bu, recuo de 3,43% ante a semana passada.
Confira os destaques do boletim:
PARIDADE JUL 23: pressionada pelo recuo nas cotações do milho futuro em Chicago, a paridade apresentou queda semanal de 0,33% e ficou cotada a R$ 67,27/sc.
DÓLAR: a moeda valorizou 2,01% na última semana e ficou cotada a R$ 5,25/US$. Esse movimento é reflexo das incertezas políticas pós–eleições no Brasil.
B3 CORRENTE: o milho em Campinas encerrou a semana com queda de 0,96%, cotado a R$ 85,54/sc, acompanhando o movimento de recuo em Chicago.
Mato Grosso aumenta as suas exportações de milho e o Arco Norte ganha destaque na safra 2021/22, segundo a Secex
No acumulado da janela de exportação (jul.22– out.22), MT já enviou para outros países 14,03 milhões de t, 64,55% a mais se comparado com o mesmo período da safra passada. O incremento é reflexo da queda na produtividade da temporada 2020/21, a produção recorde e o aumento da demanda pelo cereal. No que tange às rotas de escoamento do estado para os portos do país, a participação do Arco Norte sobre o volume exportado de milho no período apresentou um incremento de 6,46 p.p. e totalizou 54,12%. Já a segunda rota, o Arco Sul, teve uma participação de 45,88%, ante a 52,24% no ciclo passado. Esse movimento se justifica pelo aumento da produção na região norte de MT, próxima ao Arco Norte, e investimentos em logística nos portos e rodovias, que tornaram o arco mais atrativo para o escoamento.
Fonte: Boletim Semanal – Milho – n° 726