Os contratos futuros da pluma na bolsa de NY exibiram queda na última semana. A tendência baixista tem sido sustentada pelo aumento da inflação nos principais países demandantes da fibra, o que tende a diminuir significativamente o consumo mundial dos derivados têxteis, uma vez que o produto não é considerado um bem essencial.

Diante disso, o contrato de dez-22 na bolsa de NY atingiu na última quinta-feira (20/10) o menor valor observado desde abr-21, cotado a ¢ US$ 77,40/lp. Em relação à média semanal, a cotação ficou em ¢ US$ 80,04/lp, queda acumulada de 6,92% ante a última semana.

Esse cenário refletiu no preço da paridade de dez-22 em MT, que exibiu recuo de 7,27% na semana e ficou precificado a R$ 149,18/@. Por fim, diante do cenário de uma iminente recessão econômica, a perspectiva é de que os contratos futuros continuem operando com tendência baixista.

Confira os destaques do boletim:

  • REDUÇÃO: reflexo da queda nas cotações do algodão na bolsa de NY, o preço Imea da pluma apresentou baixa de 1,09% na semana, cotado na média de R$ 165,17/@.
  • AVANÇO: o beneficiamento do algodão progrediu 2,51 p.p. no comparativo semanal, alcançando 86,20% da produção estimada para o estado.
  • NOVA BAIXA: o indicador Cepea atingiu o menor patamar desde ago-21, precificado na média de ¢ R$ 515,55/lp em relação à semana passada, com redução de 1,50%.

Em out-22 a Conab divulgou a primeira estimativa para a Oferta e Demanda (O&D) da pluma da safra 22/23 do Brasil

De acordo com as estimativas da Companhia para a safra 22/23, é esperado um incremento de 14,60% na produção nacional de pluma, atingindo 2,92 milhões de t, puxado pelos estados de MT e BA, que elevaram as áreas destinadas ao algodão, devido à valorização no preço da fibra. Diante disso, e considerando o volume que será importado (2,00 mil t) e o estoque de passagem (1,34 milhão de t), a oferta ficou em 4,26 milhões de t para o ciclo futuro, 8,10% superior ao do ciclo atual.

Com a maior oferta, o volume exportado aumentou 4,11% ante a projeção da safra 21/22, ficando em 1,98 milhão de t. A menor produção dos EUA (principal exportador mundial da fibra) também contribuiu para esse cenário, uma vez que a demanda pela pluma brasileira tende a se intensificar.

Em relação ao consumo nacional, é esperada uma elevação de 2,13% na safra 22/23 ante a 21/22, pautada pela expectativa de melhora na economia do país.

Fonte: Boletim semanal n° 648 – Algodão – IMEA



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