A tendência é de um início de semana de poucos negócios no mercado brasileiro de soja. Chicago segue recuando, enquanto o dólar sobe. Há pouca oferta e os vendedores seguem retraídos, aguardando por preços ainda mais atrativos.

O mercado travou nesta sexta-feira, com preços nominais nas principais praças do país. Na maioria, cotações mais baixas. Na primeira parte do dia, pouco foi negociado na expectativa em torno do relatório do USDA.

Depois dos dados, na parte da tarde, o interesse do vendedor desapareceu, devido às perdas em Chicago. Com dólar também caindo, a comercialização travou.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 114,50 para R$ 113,50. Na região das Missões, a cotação baixou de R$ 114,00 para R$ 113,00. No porto de Rio Grande, o preço recuou de R$ 118,00 para R$ 117,00.

Em Cascavel, no Paraná, o preço passou de R$ 109,00 para R$ 107,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca baixou de R$ 115,50 para R$ 113,50.

Em Rondonópolis (MT), a saca ficou em R$ 109,50. Em Dourados (MS), a cotação permaneceu em R$ 110,00. Em Rio Verde (GO), a saca estabilizou em R$ 106,00.

Chicago 

Os contratos com vencimento em novembro registram desvalorização de 0,98%, cotado a US$8,82 por bushel.

O mercado estende as perdas registradas na sexta-feira, pressionado por chuvas consistentes e benéficas às lavouras no cinturão produtor norte-americano. Os preços atingem o menor patamar desde 1 de julho.

Os dados do USDA, divulgados na sexta, e a tensão comercial entre China e Estados Unidos completam o cenário de pressão.

USDA

O relatório de julho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,135 bilhões de bushels em 2020/21, o equivalente a 112,54 milhões de toneladas, acima da estimativa anterior de 4,125 bilhões ou 112,26 milhões. O mercado apostava em safra de 4,167 bilhões ou 113,4 milhões de toneladas.

Os estoques finais estão estimados em 425 milhões de bushels ou 11,57 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 443 milhões ou 12,06 milhões de toneladas. No relatório anterior, os estoques estavam projetados em 395 milhões de bushels – 10,75 milhões de toneladas.

O USDA indicou esmagamento em 2,160 bilhões de bushels e exportação de 2,05 bilhões. Em junho, as projeções eram de 2,145 bilhões e 2,05 bilhões, respectivamente.

A produção 2019/20 está estimada em 3,552 bilhões de bushels. Os estoques finais em 2019/20 estão projetados em 620 milhões de bushels, enquanto o mercado apostava em 589 milhões. No relatório anterior, o número era de 585 milhões. O esmagamento está estimado em 2,155 bilhões e as exportações em 1,65 bilhão de bushels.

O relatório projetou safra mundial de soja em 2020/21 de 362,52 milhões de toneladas. Em junho, o número era de 362,85 milhões de toneladas.

Os estoques finais estão estimados em 95,08 milhões de toneladas. O mercado esperava por estoques finais de 97,7 milhões de toneladas. Em junho, a previsão era de 96,34 milhões de toneladas.

A projeção do USDA aposta em safra americana de 112,54 milhões de toneladas. Para o Brasil, a previsão é de uma produção de 131 milhões de toneladas. A Argentina deverá produzir 53,5 milhões de toneladas. A estimativa para as importações chinesas em 2020/21 é de 96 milhões de toneladas.

Para 2019/20, o USDA indicou safra de 337,14 milhões de toneladas. Os estoques finais estão projetados em 99,67 milhões de toneladas, enquanto o mercado apostava em 99,5 milhões. A safra brasileira teve sua estimativa elevada de 124 milhões para 126 milhões de toneladas. O mercado previa número de 123,4 milhões.

A safra argentina foi mantida em 50 milhões de toneladas, atendendo à expectativa do mercado. As importações chinesas foram elevadas de 94 milhões para 96 milhões de toneladas.

Prêmios 

O prêmio em Paranaguá para julho ficou em 98 a 120 pontos acima de Chicago. Para agosto, o valor é de 110 a 130 pontos acima.

Câmbio

O dólar comercial registra alta de 0,63% a R$ 5,356.

Indicadores financeiros 

  • As principais bolsas da Ásia fecharam em alta. Xangai, +1,77%. Tóquio, +2,22%.
  • As principais bolsas na Europa operam em alta. Paris, +1,42%; Frankfurt, +1,18%; Londres, +1,16%.
  • O petróleo opera com perdas. Agosto do WTI em NY: US$ 40,08 o barril (-1,18%).
  • O Dollar Index registra baixa de 0,12%, a 96,54 pontos.

Fonte: Agência SAFRAS

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