A China importou mais soja dos EUA nos dois primeiros meses de 2020 do que do Brasil no mesmo período, marcando a primeira vez que o saldo voltou para a América do Norte desde que as tensões comerciais EUA-China aumentaram em julho de 2018.
A China importou um total de 6,1 milhões de milhões de toneladas de soja dos EUA em janeiro e fevereiro deste ano, mais de cinco vezes o volume nos mesmos dois meses do ano anterior, segundo dados da Alfândega da China, divulgados na terça-feira.
Isso foi quase 19% maior que as importações de soja brasileira, que totalizaram 5,14 milhões de toneladas nos dois primeiros meses do ano. O movimento ocorreu quando as tensões comerciais EUA-China diminuíram desde setembro de 2019, com a assinatura do acordo comercial Fase Um em dezembro, seguido por uma série de compras de soja feitas por trituradores como parte de uma cota governamental livre de tarifas.
Em julho de 2018, o governo chinês impôs uma tarifa adicional de 25% sobre a soja dos EUA em meio a uma crescente guerra comercial com seu principal parceiro comercial, deixando as importações dos EUA no limbo.
A dinâmica levou o Brasil a fortalecer sua posição dominante como principal fornecedor para a China, com uma média mensal de exportação de 5,24 milhões de toneladas durante o período de 20 meses entre julho de 2018 e fevereiro de 2020.
Enquanto isso, o volume da Argentina nos mesmos dois meses deste ano quase achatou-se ano a ano em 1,8 milhão de toneladas A Aduana da China anunciou recentemente sua nova política de publicação de dados de importação e exportação para janeiro e fevereiro coletivamente a partir deste ano, enquanto os dados para outros meses não serão afetados e manterão sua frequência mensal.
Fonte: T&F Agroeconômica