A terça-feira (11) foi chuvosa em todo o Estado, com registro de temporais em diversas regiões. Na quarta-feira (12), o tempo se manteve instável, mas em partes do Oeste e Sudoeste o sol apareceu entre nuvens. A instabilidade permaneceu durante a quinta-feira (13) e sexta-feira (14), sendo que na sexta as temperaturas ficaram um pouco mais elevadas. No sábado (15), houve registro de nebulosidade em boa parte do Estado, além de chuvas isoladas. O domingo (16) foi de tempo abafado acompanhado de chuvas rápidas e irregulares em várias regiões. Na segunda-feira (17), o sol voltou a predominar em grande parte do Paraná, elevando as temperaturas.

Na sequência, destacamos as condições nas diferentes regiões do Paraná, segundo os técnicos dos Núcleos Regionais SEAB/DERAL.

  • Região Norte

A colheita da segunda safra de milho está encerrada na região.

A colheita do trigo está sendo finalizada, restando apenas algumas áreas onde o plantio é mais tardio. As perdas em função das adversidades climáticas ainda estão sendo avaliadas, estima-se que o rendimento médio deve ter uma redução em relação à estimativa inicial e algumas áreas pontuais devem ser perdidas devido à germinação na espiga.

A aveia branca destinada ao consumo humano foi praticamente toda colhida. A umidade do solo está beneficiando as lavouras de cana-de-açúcar da safra 2022/23, no entanto está impedindo a intensificação dos trabalhos de colheita.

O plantio de soja e milho avança com dificuldades, mas as chuvas têm beneficiado o desenvolvimento das áreas recém implantadas com estas culturas e com feijão. Com as chuvas excessivas, há relatos de erosão em áreas preparadas para semeadura. A comercialização da soja continua lenta devido aos preços baixos e o produtor está vendendo de acordo com suas necessidades.

O plantio de tomate em estufa foi finalizado e a nova colheita iniciou. Na cultura do café, a última florada foi considerada muito boa pelos cafeicultores consultados. As pastagens estão se recuperando bem em função da umidade deixada pelas chuvas nesta região, favorecendo o pastejo de todos os rebanhos. Os córregos, rios e represas estão com níveis considerados muito bons.

  • Oeste e Centro-Oeste

O excesso de chuvas nos últimos dias interrompeu a colheita de trigo e prejudicou a qualidade dos grãos colhidos. Em áreas não colhidas há relatos de brotamento na espiga, o que deve impactar no rendimento da cultura. Também as geadas devem afetar o rendimento e têm seus efeitos aparecendo agora.

As culturas de verão como soja, milho e feijão estão enfrentando dificuldades na emergência e lentidão no desenvolvimento. Aproveitou-se o curto período sem chuvas para dar seguimento nos trabalhos de controle de ervas daninhas.

Os produtores fizeram grandes investimentos para esta safra e têm expectativas de atingir boas produtividades. Os técnicos da região recomendam o controle do milho tiguera para diminuir a população de cigarrinhas, em vista da próxima safra de milho.

  • Nordeste

As chuvas da última semana têm causado erosões em áreas da região, além de interromper a colheita de mandioca.

As novas áreas plantadas com mandioca apresentam bom desenvolvimento vegetativo e os produtores estão realizando os tratos culturais necessários para o bom desenvolvimento da cultura. As áreas de arroz irrigado apresentam bom desenvolvimento vegetativo e a expectativa é de uma boa safra.

O plantio de soja avançou conforme as condições climáticas permitiram. Em áreas pontuais há relatos de dificuldade na emergência da cultura devido ao excesso de umidade no solo. As poucas áreas destinadas ao milho já começaram a ser plantadas. As pastagens apresentam uma boa produção de massa verde, facilitando o manejo do gado.

  • Sul

A safra da camomila está sendo finalizada e parte da renda obtida custeará as lavouras de verão nas mesmas áreas que foram colhidas.

As chuvas frequentes na região têm prejudicado o andamento das atividades de colheita do trigo, isso traz uma preocupação em relação à qualidade do produto que ainda está na lavoura, inclusive com relatos de germinação na espiga. No entanto, as produtividades das áreas colhidas estão próximas da normalidade. Nas áreas que não atingiram maturação, a atenção está voltada à alta incidência de doenças fúngicas, sendo necessárias pulverizações, e o mesmo se aplica à cevada.

Nas culturas de verão, os trabalhos se concentram principalmente no plantio. O feijão, o milho e a batata estão com mais da metade do plantio feito, enquanto os trabalhos com a soja ainda não atingiram um quarto da área. O excesso de chuvas e dias nublados está atrasando o desenvolvimento vegetativo dessas culturas, devendo comprometer, também, a melhor janela de plantio da segunda safra que será implantada na sequência. A cultura do feijão é a mais prejudicada, principalmente quando plantada nas baixadas, onde o solo fica encharcado.

Os olericultores seguem com suas atividades de plantio, tratos fitossanitários, culturais, colheita, tratamentos beneficiamento e comercialização. As primeiras lavouras de cebola híbrida super-precoce estão em fase de maturação “estalo” e colheita deve iniciar em breve.

  • Sudoeste

O tempo tem se mantido chuvoso na região e os produtores têm aproveitado as pequenas oportunidades de tempo bom para dar continuidade às atividades a campo.

A maior parte das áreas de trigo está em maturação, mas apenas uma pequena parte foi colhida, pois o excesso de umidade não permite a entrada de máquinas nas áreas. É certo que o volume de chuvas e a presença de ventos devem trazer prejuízos a essa cultura em termos de rendimento e, principalmente, em qualidade.

Apesar de estar dentro do zoneamento agroclimático, o plantio de soja avança lentamente e está atrasado. Este atraso tem prejudicado a programação do produtor e deve ter reflexos na tomada de decisão do que plantar na segunda safra. O plantio realizado até agora foi feito aproveitando as brechas do clima e não se consegue intensificá-lo para finalização.

O desenvolvimento das lavouras de milho segue em ritmo lento. Há relatos de que o crescimento das plantas está atrasado devido à baixa temperatura e à pouca luminosidade.

Em vários pontos da região tem-se registrado alagamentos de rios, riachos e problemas decorrentes de erosão de solos. Estes últimos são ainda mais acentuados na área que já foi plantada e trazem mais prejuízos aos produtores. Além disso, várias famílias/comunidades estão isoladas, pois muitos trechos de estradas rurais ficaram intransitáveis. Existem também relatos de quedas de pontilhões e travessias impossibilitadas pelos alagamentos.

Fonte: Deral



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