O preço do milho disponível em Mato Grosso vem alcançando patamares recordes. Na última semana as cotações do cereal atingiram a marca de R$ 72,36/sc. Dentre os fatores observados na semana, a divulgação trimestral das perspectivas de plantio do milho nos EUA pelo USDA teve grande influência no preço da CMEGroup e consequentemente no estado – os números vieram abaixo do esperado pelo mercado.

Além disso, a alta no dólar, a redução da produção esperada do milho primeira safra no Brasil somado a semeadura tardia em Mato Grosso continuam sendo importantes fatores de alta no estado.

Portanto, tendo em vista a atual conjuntura de fatores, as incertezas sobre a produção do milho safrinha em âmbito nacional e, principalmente, as previsões climáticas com baixos índices pluviométricos para as próximas semanas no estado, sigam sendo sustentado sem Mato Grosso.

Confira agora os principais destaques do boletim:

• O indicador Imea-MT apresentou elevação de 0,66% em relação à semana passada, seguindo fatores altistas. Assim, o preço médio do milho disponível ficou em R$ 71,29/sc.

• Na CME o contrato corrente registrou elevação de 0,36% em relação à semana passada. Assim, as cotações encerraram em média de US$ 5,53/bu.

• Seguindo a alta no dólar e os preços na CME-Group, o contrato corrente na B3 se elevou 1,90% em relação à semana anterior e fechou a média semanal, cotado a R$ 95,11/sc

• Após vários estados decretarem o lockdown somados as incertezas da retomada econômica, o dólar apresentou valorização de 2,1% no comparativo semanal, ficando cotado a uma média semanal de R$ 5,72.

Semeadura chega ao fim:

A semeadura do milho para safra 20/21 em Mato Grosso finalizou na última sexta-feira (02/04). No entanto, os trabalhos nas lavouras ocorreram de forma atrasada em todo o processo, devido ao atraso na semeadura da soja, que consequentemente refletiu na postergação da colheita no estado.

Assim, nesta safra 45,34% das áreas foram cultivadas fora da janela ideal para a cultura (considerada até o dia 28 de fevereiro pelo instituto). Já entre as regiões, a centro-sul e sudeste tiveram maior percentual de áreas semeadas fora do período, com 70,15% e 59,41%, respectivamente.

Com isso, é importante ressaltar que, historicamente, áreas cultivadas após a janela da semeadura ficam mais suscetíveis ao estresse hídrico e correm maior risco de terem suas produtividades negativamente afetadas.

Por fim, cabe destacar que os volumes de chuva nas próximas semanas serão de grande importância para a determinação da produção na safra atual.

Fonte: IMEA

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