Na maior parte do ano de 2020, as cotações do milho em Chicago não foram favoráveis. As expectativas de uma produção recorde e os impactos da pandemia no setor pesaram nos preços correntes na bolsa de Chicago, que se encontram 2,06% menores que o visto para o mesmo período do ano passado.
Além desses fatores, a produção do etanol, maior destino do milho no país, apresenta níveis de produção abaixo da média, mesmo com a melhora nos últimos meses.
Contudo, as condições climáticas no período de desenvolvimento do grão, as vendas semanais em patamares nunca registrados para o país e recentemente os estoques do grão divulgados pelo USDA abaixo do previsto pelo senso do mercado, têm possibilitado a recuperação das cotações, que apresentaram alta de 3,97% no comparativo semanal, fechando a sexta-feira (02.10) a US$ 3,79/bu.
Confira agora os principais destaques do boletim:
• O preço do milho em Mato Grosso reagiu ao dólar e ao mercado internacional. Assim sendo, fechou a média semanal em alta de 5,19%, ficando cotado a R$ 51,40/sc.
• De forma semelhante, na B3 o contrato corrente do milho apresentou alta de 6,33% em comparação com a semana passada, sendo cotado a R$ 66,08/sc.
• O dólar refletiu as incertezas do cenáriofiscal brasileiro e encerrou a semana em alta de 2,54%, se comparado a semana passada, ficando cotado a média de R$ 5,64/US$.
• A Base MT-CME ampliou 30,83% em relação à semana passada, e registra a maior diferença na série histórica do Imea entre o Indicador Imea e os preços na CME, R$ 1,46/sc.
Avanço da colheita nos EUA:
O mercado do milho nas últimas semanas tem se voltado para o início da safra norteamericana, tendo a maior atenção direcionada para o andamento e reportes da colheita do cereal por lá. Para a safra 2020/21 os trabalhos a campo avançaram de forma mais tímida devido ao desastre climático denominado “derecho”, que acabou comprometendo a logística de colheita e armazenamento do grão.
Sendo assim, o USDA divulgou no último relatório semanal que os avanços na colheita chegaram a 25% das áreas semeadas, valor em linha com as expectativas do mercado, que esperava 26%. Além disto, esta estimativa é 1 p.p. menor que a média dos últimos cinco anos para os Estados Unidos.
No que se refere aos rendimentos nas lavouras, as estimativas do USDA se reduziram no último mês, ficando esperados agora uma média 178,5 bu/acre para a safra 20/21, número 1,82% inferior a estimativa do mês anterior (ago/20).
Fonte: IMEA