Os preços da soja deverão recuar nesta sexta nas principais praças do país, absorvendo o recuo do final do dia de ontem do dólar e o recuo nas primeiras movimentações de hoje. Chicago opera em compasso de espera, em dia de relatório do USDA. A movimentação é bem restrita.

Os preços oscilaram entre estáveis e mais altos na quinta, dia de negócios pontuais. A definição dos preços ocorreu antes da queda final do dólar, após a nota apaziguadora do presidente Jair Bolsonaro.

A comercialização seguiu restrita, com os agentes cautelosos, diante da crise institucional, da paralisação parcial dos caminhoneiros e do relatório de amanhã do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos permaneceu em R$ 171,00. Na região das Missões, a cotação ficou em R$ 170,00. No porto de Rio Grande, o preço aumentou de R$ 174,00 para R$ 175,00.

Em Cascavel, no Paraná, o preço passou de R$ 170,50 para R$ 171,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca subiu de R$ 175,00 para R$ 176,00.

Em Rondonópolis (MT), a saca avançou de R$ 168,00 para R$ 169,00. Em Dourados (MS), a cotação aumentou de R$ 159,00 para R$ 160,00. Em Rio Verde (GO), a saca estabilizou em R$ 162,00.

O SAFRAS CTDI, índice de preço de soja do Brasil no mercado físico, calculado por SAFRAS & Mercado e pela China TickData, está em 224,64 pontos, com elevação de 0,37%.

Chicago 

Os contratos com vencimento em novembro registram baixa de 0,5% a US$ 12,73 por bushel.

Os investidores estão em compasso de espera pelo relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que sai nesta sexta-feira, às 13 horas (horário de Brasília).

USDA

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em produção de 4,363 bilhões de bushels em 2021/22. Em agosto, a previsão ficou em 4,339 bilhões de bushels. No ano passado, a produção foi de 4,135 bilhões.

Para os estoques, o mercado aposta em estimativa de 178 milhões. Em agosto, o USDA indicou estoques em 155 milhões de bushels. A previsão para 2020/21 deverá passar de 160 milhões para 166 milhões de bushels.

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2021/22 de 96,9 milhões de toneladas, contra 96,2 milhões estimados em agosto. Para 2020/21, a previsão deverá baixa de 92,8 milhões para 92,5 milhões de toneladas.

Em relação à safra brasileira em 2020/21, o mercado indica número de 136,7 milhões de toneladas, um pouco abaixo dos atuais 137 milhões previstos. Para a Argentina, a aposta é de corte de 46 milhões para 45,9 milhões de toneladas.

Prêmios 

Os prêmios de exportação da soja estiveram em 225 a 245 pontos acima de Chicago no final da quinta no Porto de Paranaguá, para setembro. Para outubro, o prêmio era de 225 a 240 acima. Para março do ano que vem, o prêmio estava em 25 a 30 acima.

Os preços FOB recuaram ontem no Brasil, acompanhando a queda das cotações futuras em Chicago e da volatilidade do dólar, que acentuou as perdas na parte final da quinta. Poucos negócios foram reportados, devido à lentidão da comercialização no mercado físico e diante do relatório de setembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que será divulgado no início da tarde.

Câmbio 

O dólar comercial registra baixa de 0,72% a R$ 5,189. O Dollar Index registra baixa de 0,11% a 92,38 pontos.

Indicadores financeiros 

  • As principais bolsas da Ásia encerraram firmes. Xangai, +0,27%. Tóquio, +1,25%.
  • As principais bolsas na Europa registram índices em alta. Paris, +0,28%. Londres, +0,35%.
  • O petróleo opera em alta. Outubro do WTI em NY: US$ 69,47 o barril (+1,95%).

Fonte: Agência SAFRAS

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