Nesta segunda-feira (08/11) o Imea divulgou as novas estimativas referentes à outubro para a comercialização das safras 20/21 e 21/22 do milho em MT. Para a safra 20/21, foi registrado menor volume comercializado no último mês, isso porque grande parte da produção do cereal já esta comprometida.
Com isso, 92,09% da produção estadual foi negociada até outubro, atraso de 4,64 p.p., ante o mesmo período da safra passada, com preço médio no mês de R$ 71,88/sc.
Já com maior destaque, na safra 21/22 foi observado que o otimismo do produtor mato-grossense, em relação ao cenário positivo da semeadura antecipada da soja (que pode favorecer a produção do milho para a próxima safra), impactou no avanço de 3,92 p.p. da comercialização em outubro, totalizando 36,71% da produção já negociada.
Por fim, a elevação de 4,73% e 3,71% no dólar e nas cotações do milho em Chicago, respectivamente, pautaram a alta de 7,76% no preço médio comercializado, que ficou cotado em R$ 63,28/sc.
Confira agora os principais destaques do boletim:
- Retraindo: o preço médio do milho disponível em MT apresentou uma queda de 1,15% em relação à semana passada, ficando cotado na média de R$ 70,69/sc.
- Alta: as cotações do cereal na CME-Group corrente apresentaram elevação de 3,64% em relação a semana passada, ficando na média de US$ 5,54/bu.
- Subindo: as cotações do milho na B3 apresentaram uma elevação de 0,95% no comparativo semanal, ficando cotado na média de R$ 88,71/sc.
Após queda no último ano, a produção do etanol à base de milho nos EUA chega próximo às máximas.
Em 2020, a produção e a demanda do etanol de milho nos EUA exibiram os menores volumes da série histórica, 85,37 mil litros/dia e 79,81 mil litros/dia, respectivamente, segundo a Associação de Combustíveis Renováveis (RFA, sigla em inglês).
Contudo, neste ano, a retomada econômica mundial tem aquecido a demanda por combustíveis, principalmente no último mês, elevando o consumo de etanol a patamares próximos aos vistos pré-pandemia.
Na semana passada, a produção do etanol chegou próxima à máxima histórica, com volume de 175,99 mil litros/dia. Esse cenário segue impulsionando os preços do milho em Chicago, sobressaindo o avanço da colheita nos EUA, um fator de pressão nas cotações.
Vale ressaltar que a crise energética mundial, junto à decisão de países pela troca de combustíveis fósseis por biocombustíveis, tende a manter a demanda aquecida, o que pode continuar beneficiando o mercado de milho.
Fonte: IMEA