A forte queda do dólar e ausência de referência de Chicago, por conta do feriado nacional nos EUA contribuíram para a leve queda nas cotações locais do milho, embora nitidamente continuem pressionados pela expectativa de possível falta de produto.
Os preços médios apurados pelo Cepea caíram 0,13%, em Campinas, principal referência do milho no Brasil. Com isto, os ganhos acumulados no mês recuaram para 14,95%, o que é muito, em qualquer mercado do Mundo. No mercado físico do Rio Grande do Sul, onde os níveis estão mais elevados, no país, os preços reportados nesta quinta-feira tiveram queda
expressiva, ficando na faixa de R$ 39,00/40,00 no interior do estado junto aos grandes compradores. No porto os preços ficaram estáveis, em R$ 43,50.
No Paraná, os preços reportados se mantiveram em R$ 42,00/saca, tanto para o mercado futuro, também posto fábricas. Dólar tira competitividade dos milhos importados, mas não eleva os de exportação
Os preços oferecidos pela exportação, para vendedores distantes 600 km do porto, caíram para R$ 32,56 (32,89 do dia anterior) para dezembro, R$ 33,70 (34,05) e para março R$ 29,32 (29,62) para maio de 2020.
Já os milhos importados do Paraguai chegariam ao Oeste do Paraná ao redor de R$ 41,29 (R$ 41,41 anterior); ao Oeste de Santa Catarina ao redor de R$ 43,84 (43,97) e ao Extremo Oeste de SC ao redor de R$ 43,08 (43,20) /saca. O milho argentino a R$ 57,65 (57,80) e o americano a R$ 60,56 (60,71) no oeste de SC.
Consumidores de milho tem preços positivos no mês
Com relação aos preços dos principais consumidores de milho, os preços do frango resfriado para o consumidor em São Paulo, ficaram estáveis, cotados a R$ 5,24/kg, mantendo a variação do mês em 13,67%, positivo. Os preços dos suínos no Paraná subiram cerca de 0,37%, elevando a variação do mês para 9,92%, positivo. Os preços do boi gordo em São Paulo caíram 0,95%, para R$ 229,54, levando a valorização do mês para 32,80%.
Plantio do milho no RS atinge 86%
Relatório semanal da EMATER-RS, divulgado nesta quinta-feira, apontou que a semeadura atingiu 86%, com avanço de 2 p.p. em relação a semana anterior e uma pequena defasagem de 3 p.p. em comparação com a safra anterior. Há relatos de déficit hídrico na região de Ijuí, o que vem preocupando os produtores.
Semeadura atinge 46,2% na Argentina e 98% das lavouras são classificadas como normais e excelentes.
Relatório semanal da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, divulgado nesta quinta-feira, apontou que a semeadura atingiu 46,2%, com progresso de apenas 0,5 p.p. em relação à semana anterior. As condições da lavoura foram classificadas como normais e excelentes em 98% do total.
Fonte: T&F Agroeconômica