O mercado brasileiro de milho deve fechar a semana com preços firmes, em meio às perdas na safra de verão já registradas pela falta de chuvas em estados como Rio Grande do Sul e Santa Catarina, o que leva o produtor a reter ainda mais as ofertas disponíveis para venda. No cenário internacional a Bolsa de Mercadorias de Chicago opera com preços estáveis.
Ontem (5), o mercado brasileiro de milho manteve preços firmes. Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, a tensão persiste com as condições climáticas para a safra de verão, com falta de umidade em importantes regiões.
Molinari indica que já há perdas fortes no Rio Grande do Sul e Santa Catarina nas lavouras em fase de pendoamento e isto mantém o mercado sustentado, com vendedores segurando a oferta. Nas demais regiões também há muita atenção com o clima e preços firmes.
No Porto de Santos, o preço ficou em R$ 78,00/84,00 a saca. No Porto de Paranaguá (PR), preço em R$ 77,00/83,00 a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 78,00/80,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 80,00/84,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 82,00/84,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 84,00/87,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 75,00/76,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 72,50 – R$ 75,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 76,00/78,00 a saca em Rondonópolis.
Chicago
A posição dezembro opera com estabilidade, cotada a US$ 4,09 1/4 por bushel. Os demais contratos recuam em Chicago.
O mercado chegou a ter ganhos mais cedo, enfileirando a sexta alta seguida, mas perdeu força e opera com tendência de queda em meio a um movimento de realização de lucros acumulados. O mercado segue atento às eleições presidenciais norte-americanas e entra em compasso de espera para o relatório de oferta e demanda de novembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que será divulgado na terça-feira (10).
A produção de milho dos Estados Unidos para a temporada 2020/21 deve ser apontada em 14,645 milhões de bushels, abaixo dos 14,722 bilhões previstos em outubro, segundo adidos e traders consultados por agências internacionais.
A produtividade média da safra 2020/21 deve ser reduzida de 178,4 bushels por acre para 177,5 bushels por acre.
Os estoques de passagem da safra 2020/21 dos Estados Unidos devem ser apontados em 2,048 bilhões de bushels, ante os 2,167 bilhões estimados no mês passado.
A previsão é de que os estoques finais de passagem da safra mundial 2019/20 sejam apontados em 300,9 milhões de toneladas, abaixo dos 304,2 milhões indicados no mês passado.
Para a safra 2020/21 a estimativa é de que os estoques finais globais fiquem em 297,8 milhões de toneladas, abaixo das 300,5 milhões de toneladas indicadas em outubro.
Ontem (5), os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 4,09 1/4, alta de 4,00 centavos de dólar, ou 0,98%, em relação ao fechamento anterior.
Câmbio
O dólar comercial registra valorização de 0,25%, cotado a R$ 5,56.
Indicadores financeiros
- As principais bolsas da Ásia encerraram mistas. Xangai, -0,24%. Tóquio, +0,91%.
- As principais bolsas na Europa operam em baixa. Paris, -0,84%; Frankfurt, -0,96%; Londres, -0,23%.
- O petróleo opera com perdas. Dezembro do WTI em NY: US$ 37,54 o barril (-3,19%).
- O Dollar Index registra baixa de 0,23%, a 92,31 pontos.
Fonte: Agência SAFRAS