O mercado brasileiro de milho deve ter mais um dia de cotações firmes nesta terça-feira, em meio ao cenário de oferta escassa, especialmente no Sul do Brasil. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago tenta reagir frente às perdas registradas na última sessão e sobe.

O mercado brasileiro de milho registrou preços firmes na segunda-feira, de estáveis a mais altos mais uma vez. Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, o mercado segue com pouca oferta no Sul, e tenta assumir no país a faixa de R$ 95,00 a R$ 100,00 a saca em várias regiões.

No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 90,00 a R$ 95,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 88,50/97,00.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 95,00/98,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 93,00/95,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 96,50/97,00 a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 98,00/100,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 91,00/95,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 85,00/R$ 88,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 80,00/82,00 a saca em Rondonópolis.

CONAB

A produção brasileira de milho deverá totalizar 112,901 milhões de toneladas na temporada 2021/22, com avanço de 29,7% na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 87,049 milhões de toneladas. A projeção faz parte do quarto levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Houve uma queda de 3,7% em relação aos números estimados em dezembro, de 117,181 milhões de toneladas, em razão dos efeitos da estiagem que atinge a Região Sul do Brasil

A Conab trabalha com uma área de 20,943 milhões de hectares, com alta de 5,1% sobre o ano anterior.

A produtividade está estimada em 5.531 quilos por hectare, com ganho de 23,4% sobre a temporada anterior, mas 3,7% menor frente aos 5.596 quilos por hectare previstos em dezembro.

A primeira safra de milho deverá totalizar produção de 24,786 milhões de toneladas, com alta de 0,3% sobre a temporada anterior, quando foram colhidas 24,722 milhões de toneladas. Houve um declínio de 14,7% frente às 29,066 milhões de toneladas previstas em dezembro.

A segunda safra, ou safrinha, está estimada em 86,259 milhões de toneladas, 42% acima das 60,74 milhões de toneladas colhidas no ano passado. A terceira safra está estimada em 1,856 milhão de toneladas, avanço de 17% sobre a temporada anterior, de 1,586 milhão de toneladas.

Chicago

Os contratos com vencimento em março de 2022 operam cotados a US$ 6,02 1/4 por bushel, alta de 2,50 centavos, ou de 0,41%, em relação ao fechamento anterior.

O mercado busca uma recuperação frente às perdas de ontem. Segundo a Agência Reuters, porém, a previsão de chuvas benéficas às lavouras em áreas secas da América do Sul limita o ímpeto comprador.

O mercado também se posiciona frente ao relatório de janeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta quarta, 12.

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam que o Departamento irá elevar a estimativa de produção dos Estados Unidos para 15,069 bilhões de bushels em 2021/22, ante os 15,062 bilhões de bushels projetados no mês passado. O volume ainda será maior frente aos 14,111 bilhões de bushels colhidos em 2020/21.

Os estoques finais de passagem da safra 2021/22 norte-americana devem ser indicados em 1,485 bilhão de bushels, aquém dos 1,493 bilhão de bushels indicados em dezembro.

Para a safra global 2021/22, os estoques finais de passagem devem ser indicados em 304 milhões de toneladas, abaixo das 305,5 milhões de toneladas previstas em dezembro.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos divulga na quarta-feira (12), às 14h, o relatório de estoques trimestrais na posição 1 de dezembro e o mercado espera que eles sejam indicados em 11,583 bilhões de bushels, volume que fica acima dos US$ 11,294 bilhões de bushels indicados na posição 1 de dezembro de 2020. Na posição 1 de setembro de 2021, os estoques haviam sido indicados em 1,236 bilhão de bushels.

Ontem (10), os contratos de milho com entrega em março fecharam a US$ 5,99 3/4 por bushel, recuo de 7,00 centavos de dólar, ou 1,15%, em relação ao fechamento anterior.

Câmbio

O dólar comercial opera com baixa de 0,21% a R$ 5,664. O Dollar Index registra baixa de 0,08% a 95,91 pontos.

Indicadores financeiros 

  • As principais bolsas da Ásia encerraram em baixa. Xangai, -0,73%. Tóquio, -0,9%.
  • As principais bolsas na Europa registram índices firmes. Paris, +0,66%. Londres, +0,67%.
  • O petróleo opera em alta. Fevereiro do WTI em NY: US$ 79,41 o barril (+1,5%).

Fonte: Agência SAFRAS

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