O mercado brasileiro de soja deve ter mais um dia de poucos negócios. As indicações iniciais apontam para cotações mais altas, com Chicago e dólar subindo. Mas o produtor segue retraído e negocia apenas o essencial neste momento, apostando em cotações ainda mais sólidas.

Com a baixa do dólar – que chegou a operar abaixo de R$ 5,00 – e com a volatilidade de Chicago, o mercado brasileiro de soja teve mais um dia de escassos negócios na quarta. Os preços oscilaram nominalmente para baixo. O produtor segue retraído.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos recuou de R$ 215,00 para R$ 213,00. Na região das Missões, a cotação baixou de R$ 214,00 para R$ 212,00. No Porto de Rio Grande, o preço passou de R$ 218,00 para R$ 216,00.

Em Cascavel, no Paraná, o preço caiu de R$ 203,50 para R$ 200,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca passou de R$ 208,00 para R$ 205,00.

Em Rondonópolis (MT), a saca subiu de R$ 191,00 para R$ 192,00. Em Dourados (MS), a cotação recuou de R$ 195,00 para R$ 194,00. Em Rio Verde (GO), a saca baixou de R$ 188,00 para R$ 186,00.

Chicago 

Os contratos com vencimento em maio registram alta de 1,13% a US$ 16,91 por bushel.

O mercado busca suporte na expectativa de safra menor na América do Sul e na forte demanda pela soja norte-americana.

Hoje, às 10h30 (horário de Brasília), saem as exportações semanais dos Estados Unidos. Analistas esperam entre 1,9 milhão e 3,2 milhões de toneladas.

USDA 

O relatório de março do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,435 bilhões de bushels em 2021/22, o equivalente a 120,7 milhões de toneladas. O número é o mesmo da estimativa anterior. A produtividade foi mantida em 51,4 bushels por acre.

Os estoques finais estão projetados em 285 milhões de bushels ou 7,76 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 270 milhões ou 7,35 milhões de toneladas. No relatório anterior, a previsão era de 325 milhões ou 8,85 milhões de toneladas.

O USDA indicou esmagamento em 2,215 bilhões de bushels e exportação de 2,090 bilhões. No mês anterior, as estimativas eram de 2,215 bilhões e 2,050 bilhões respectivamente.

O relatório projetou safra mundial de soja em 2021/22 de 353,8 milhões de toneladas, contra 363,9 milhões em fevereiro. Os estoques finais estão estimados em 89,96 milhões de toneladas. O mercado esperava por estoques finais de 88,9 milhões de toneladas. Em fevereiro, o USDA indicou estoques de 92,83 milhões de toneladas.

A projeção do USDA aposta em safra americana de 120,71 milhões de toneladas, mantendo a previsão anterior. Para o Brasil, a previsão foi cortada de 134 milhões para 127 milhões de toneladas. A safra da Argentina está estimada em 43,5 milhões de toneladas, um corte de 1,5 milhão sobre o relatório anterior. O mercado esperava por produções de 128 milhões e 43 milhões, respectivamente.

Prêmios 

Os prêmios de exportação da soja estavam em 170 a 210 pontos acima de Chicago no final da quarta no Porto de Paranaguá, para março. Para abril, o prêmio era de 180 a 190 acima. Para maio, o prêmio estava em 183 a 188 pontos acima.

Câmbio 

O dólar comercial registra alta de 0,25% a R$ 5,023. O Dollar Index registra alta de 0,22% a 98,19 pontos.

Indicadores financeiros 

  • As principais bolsas da Ásia encerraram em alta. Xangai, +1,22%. Tóquio, +3,94%.
  • As principais bolsas na Europa registram índices em baixa. Londres, -1,23%; Frankfurt, -1,84%; Paris, -1,61%.
  • O petróleo opera em alta. Abril do WTI em NY: US$ 113,23 o barril (+4,02%).

Fonte: Agência SAFRAS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.