Em vídeo divulgado no canal do YouTube Physioatac Consultoria, o pesquisador e Engenheiro Agrônomo Gabriel Schaich comentou sobre a produção de sementes e os ganhos que podem ser obtidos através de um bom manejo nutricional.

Gabriel ressalta que o enriquecimento nutricional de sementes é uma estratégia que pode ser utilizada para aumentar o valor nutritivo dos grãos, muito utilizada nos países asiáticos na cultura do arroz, por exemplo, para aumentar as concentrações de zinco e de ferro em função das deficiências nutricionais que existem nas regiões por esses nutrientes.


Veja também: Fisiologia da soja: estresse hídrico vs biofertilizantes e aminoácidos


No caso da agricultura, o objetivo do enriquecimento nutricional de sementes é tentar fornecer no final do ciclo da cultura, nutrientes cujos metabólitos que são gerados influenciam na germinação e no vigor, dessa forma, as reservas que estão presentes nas sementes podem ser influenciadas pela quantidade de minerais que são aplicados no final do ciclo.

Conforme destacou o pesquisador, o grão propriamente dito que é gerado, possui uma concentração muito baixa de minerais, por volta de 5% da concentração final dos grãos. Sendo assim, qualquer quantidade que se conseguir incrementar acima deste valor de 5%, dependendo do nutriente, pode contribuir com a geração seguinte desta semente.

Por exemplo, o objetivo de tratamentos de sementes à base de nutrientes, visam, justamente suprir nutrientes que não conseguem ser naturalmente acumulados nos grãos, por isso que as respostas que encontramos em tratamentos de sementes nutricionais podem variar em função da concentração que foi transloucada na geração anterior.

Em experimentos realizados, Gabriel destaca que é possível enriquecermos nutricionalmente as sementes com aplicações no final do ciclo, quando busca-se o enchimento de grãos, ou seja, nas últimas aplicações, entra-se com alguns nutrientes a fim de melhorar a qualidade fisiológica dessas sementes, que é basicamente o que separa as sementes dos grãos quanto a sua classificação final.

Sendo assim, as respostas mais consistentes que foram encontradas em trabalhos realizados estão relacionadas ao metabolismo de nitrogênio, como o molibdênio e zinco e alguns nutrientes relacionados às características físicas das sementes como manganês e cobre, que auxiliam no processo de formação de lignina, aumentando o tempo de manutenção do vigor da semente.

Conforme ressaltado pelo pesquisador, nem sempre podemos obter ganhos com essa prática de nutrição, porém, muitas vezes alguns nutrientes ajudam na manutenção dessa semente.

Essa estratégia pode ser realizada no final do ciclo, onde alguns materiais tendem a responder mais e outros menos e obviamente em uma condição ambiental que estimule a rápida degradação da semente, como em sementes de alto PMS, tende-se a encontrar respostas mais consistentes para esse tipo de manejo.

Confira o vídeo completo abaixo. 



Elaboração: Engenheira Agrônoma Andréia Procedi – Equipe Mais Soja.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.