O mercado brasileiro de soja deve ter mais um dia de escassos negócios e de preços sob pressão. Chicago tenta reagir, mas esbarra no avanço da colheita. Depois da alta de ontem, o dólar recua. O produtor deve seguir afastado, centrando as atenções no avanço do plantio.

Os preços oscilaram entre estáveis e mais baixos na segunda, marcada por negócios travados na maioria das praças do Brasil. De um lado, Chicago caindo e atingindo o menor patamar em nove meses. Em contrapartida, o dólar subiu forte.

Sem uma tendência definida, os participantes saíram do mercado e acompanham o avanço do plantio no Brasil e da colheita nos Estados Unidos.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos seguiu em R$ 167,00. Na região das Missões, a cotação estabilizou em R$ 166,00. No porto de Rio Grande, o preço permaneceu em R$ 170,00.

Em Cascavel, no Paraná, o preço passou de R$ 167,00 para R$ 165,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca caiu de R$ 170,00 para R$ 169,50.

Em Rondonópolis (MT), a saca seguiu em R$ 163,50. Em Dourados (MS), a cotação ficou R$ 160,00. Em Rio Verde (GO), a saca permaneceu em R$ 162,00.

O SAFRAS CTDI, índice de preço de soja do Brasil no mercado físico, calculado por SAFRAS & Mercado e pela China TickData, está em 220,08 pontos, com retração de 0,19%.

Chicago 

Os contratos com vencimento em novembro registram baixa de 0,1% a US$ 12,34 1/2 por bushel.

Após três sessões de perdas, o mercado tenta consolidar e busca uma recuperação com base em fatores técnicos. Mas o avanço da colheita nos Estados Unidos evita uma reação mais consistente.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou ontem relatório sobre a evolução colheita das lavouras de soja. Até 3 de outubro, a área colhida estava apontada em 34%. O mercado esperava 32%. Em igual período do ano passado, a colheita era de 35%. A média é de 26%. Na semana passada, o percentual era de 16 pontos.

Segundo o USDA, até 4 de outubro, 58% estavam entre boas e excelentes condições – o mercado esperava 58% -, 28% em situação regular e 14% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os índices eram de 58%, 28% e 14%, respectivamente.

Prêmios 

Os prêmios de exportação da soja estiveram em 185 a 210 pontos acima de Chicago no final da quinta no Porto de Paranaguá, para outubro. Para novembro, o prêmio era de 180 a 200 acima. Para março do ano que vem, o prêmio estava em 23 a 26 pontos acima.

Os preços FOB voltaram a cair na segunda nos portos brasileiros, acompanhando o recuo de ontem dos contratos futuros em Chicago. Os prêmios oscilaram entre estáveis e mais baixos, em mais um dia quieto em termos de negócios.

Câmbio 

O dólar comercial registra baixa de 0,29% a R$ 5,431. O Dollar Index registra alta de 0,16% a 93,93 pontos.

Indicadores financeiros 

  • As principais bolsas da Ásia encerraram em baixa. Xangai, feriado. Tóquio, -2,19%.
  • As principais bolsas na Europa registram índices mais altos. Paris, +0,92%. Londres, +0,75%.
  • O petróleo opera em alta. Novembro do WTI em NY: US$ 78,52 o barril (+1,15%).

Fonte: Agência SAFARS

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