O mercado doméstico de milho teve uma semana de poucos negócios, mas com alguns períodos de maior interesse. Segundo informações da Consultoria Safras & Mercado, nas regiões produtoras do Centro-Oeste algumas tradings focaram embarques de outubro e novembro. Já o produtor segue resistente à venda, tentando preços melhores. “Contudo, porto a 67/68, estável, impede alguma aceleração de preços mais fortes no interior”, disse o analista Paulo Molinari.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 68,00/69,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 67,00/69,00 a saca.No Paraná, a cotação ficou em R$ 58,00/60,50 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 56,00/60,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 65,00/66,00 a saca. No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 68,50/71,00 a saca em Erechim. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 57,50/60,00 a saca em Rondonópolis.
A colheita da safrinha 2025 de milho atingia 97% da área estimada de 15,407 milhões de hectares na sexta-feira (29), segundo levantamento de Safras & Mercado. A ceifa atinge 96,6% da área no Paraná, 70,9% em São Paulo, 98,3% em Mato Grosso do Sul, 97,6% em Goiás, 100% em Mato Grosso e 82,3% em Minas Gerais.
No mesmo período do ano passado, a colheita atingia 98,7% da área cultivada de 14,711 milhões de hectares. A média de colheita dos últimos cinco anos para o período é de 94,9%.
Na região do Matopiba, a colheita da safrinha 2025 atingia 100% da área cultivada de 1,280 milhão de hectares até o dia 29 de agosto. A ceifa avançou em sua totalidade na Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins. No mesmo período do ano passado, a colheita atingia 96,7% na área cultivada de 1,184 milhão de hectares, enquanto a média dos últimos cinco anos para o período é de 95,5%.
Mato Grosso e Rio Grande do Sul
O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) projeta que a produção de milho em Mato Grosso deve totalizar 51,72 milhões de toneladas na safra 2025/26, recuo de 6,7% em relação ao recorde alcançado na temporada 2024/25. Apesar da queda na produção, a área cultivada deve crescer 1,83%, alcançando 7,39 milhões de hectares. O aumento é puxado principalmente pela região Nordeste do estado, que deve registrar expansão de 4,31%, impulsionada pela expectativa de redução na área de gergelim, cujos preços não se mostram atrativos. Outras regiões, como Noroeste, Norte e Sudeste, devem apresentar crescimento da área de milho entre 2% e 2,5%, favorecidas pela possibilidade de expansão sobre áreas anteriormente destinadas à soja.
No Rio Grande do Sul, as expectativas são positivas.A área deve crescer 9,31%, totalizando 785 mil hectares, e a produção está projetada em 5,78 milhões de toneladas, alta de 9,45% sobre o ciclo anterior. A produtividade permanece estável, em torno de 7.376 quilos por hectare, ante 7.378 quilos. Já o milho silagem deve alcançar 14 milhões de toneladas, avanço de 8,29% frente a 2024/25, beneficiado por avanço de 5,28% na produtividade, segundo dados da Emater.
Fonte: Dylan Della Pasqua / Safras News