A produtividade do milho é uma variável complexa, compostas por diferentes componentes que podem sofrer influência direta ou indireta de fatores da genética e ambiente, assim como de fatores bióticos e abióticos. Para melhor compreensão dos componentes que definem a produtividade do milho, pode-se subdividi-los em diretos (primários) e indiretos (secundários).
Os componentes primários são aqueles que possuem relação direta com a produtividade do milho, já os secundários, são aqueles que apresentam relação indireta com a produtividades, mas podem exercer influência sobre os componentes primários. Dentre os principais componentes primários da produtividade do milho, destacam-se o número de plantas por área, número de grãos por espiga (relação entre o número de fileiras por espiga e número de grãos em cada fileira) e massa de grãos. Já os principais componentes de produtividade secundários são a estatura de planta, altura de inserção da espiga e diâmetro do colmo.
Esses componentes são definidos em momentos distintos do desenvolvimento do milho, nesse sentido, em alguns momentos do ciclo do milho, determinadas práticas de manejo e cuidados são essenciais para assegurar a boa formação dos componentes de produtividade. O número de plantas por área é definido na semeadura e emergência da cultura. Em V6 é determinado o número fileiras por espiga, de V8 a V10, o número de grãos por fileira . Em V12 é definido o tamanho da espiga, em R1, o número de óvulos que serão fertilizados e a massa de grãos é definida durante o período de enchimento de grãos (Ribeiro et al.,2020; Eicholz et al., 2024).
De modo geral, os períodos responsáveis por determinar os componentes de produtividade do milho são naturalmente mais sensíveis a ocorrência de estresses. Nesse sentido, o adequado posicionamento dos híbridos, bem como o planejamento das práticas de manejo é determinante para o sucesso produtivo.
Tabela 1. Componentes de produtividade de grãos de milho, fatores que

Estudos conduzidos pela Equipe FieldCrops demonstram haver valores considerados ótimos de componentes de produtividade para altos rendimentos de milho, sendo que, para alcançar produtividades de 19,40 t/ha (323 sc/ha), é necessário obter populações de 9,1 plantas/m², número de fileiras por espiga igual a 16, 592 grãos por espiga e massa de mil grãos de 360 gramas. Alcançados esses parâmetros, o potencial de produtividade da lavoura é superior a 300 sc/ha (Ordoñez, 2025).
Figura 1. A – Relação entre produtividade de grãos e densidade de plantas de milho; B – Relação entre produtividade de grãos e número de fileiras por espiga de milho; C – Relação entre produtividade de grãos e número de grãos por espiga; D – Relação entre produtividade de grãos e massa de mil grãos de milho.

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Referências:
EICHOLZ, E. D. et al. INFORMAÇÕES TÉCNCIAS PARA O CULTIVO DE MILHO E SORGO NA REGIÃO SUBTROPICAL DO BRASIL: SAFRAS 2023/24 E 2024/25. 3ª Reunião Técnica Sul-Brasileira de Pesquisa de Milho e Sorgo, Associação Brasileira de Milho e Sorgo, 2024. Disponível em: < https://www.agricultura.rs.gov.br/upload/arquivos/202406/19154728-informacoes-tecnicas-milho-e-sorgo-2023-24-2024-25-misosul-2023.pdf >, acesso em: 17/02/2025.
ORDOÑEZ, M. A. G. ENTENDENDO OS COMPONENTES DE PRODUTIVIDADE DO MILHO. Mais Soja, 2025. Disponível em: < https://maissoja.com.br/entendendo-os-componentes-de-produtividade-no-milho/ >, acesso em: 14/11/2025.
RIBEIRO, B. S. M. R. et al. ECOFISIOLOGIA DO MILHO: VISANDO ALTAS PRODUTIVIDADES. Santa Maria, 2020.





