Quarto dia de queda para o trigo nas Bolsas dos EUA. Então vamos elencar 4 razões que poderão manter o trigo no canal de tendência de queda nos próximos dias.
- Pressão da colheita que avança com o clima favorável nos EUA.
- Pressão da colheita do Hemisfério Norte, com uma safra maior que a passada e com bons resultados de proteína, principalmente na Rússia.
- Pressão do milho, que mantem a menor diferença em relação ao preço do trigo em anos.
- A necessidade de menores preços para se manter competitivo no mercado internacional.
Os exportadores americanos não deixaram de apresentar propostas só para o Egito. Essa semana não apresentaram propostas ao Japão, que é um grande e regular comprador do trigo americano, fechando negócios quase que semanalmente.
Contrariando o 4o ponto os americanos exportaram 347.290 toneladas de trigo semana passada, um volume 15.75% maior que a mesma semana do ano passado e com um acumulado no ano comercial 31% acima do ano passado.
Isso é um reflexo dos baixos números de exportação da Rússia esse ano, que depois de um agressivo começo de temporada ano passado, quando praticamente zeraram o estoque de passagem destinado para exportação. Com apenas 30% da área de trigo colhida, os russos
exportaram desde 1o de julho (quando começa o ano comercial de trigo deles) 1,4 milhão/ton, um volume 37% menor que o mesmo período do ano passado.
No entanto, se o preço do trigo dos americanos não cair, ou o mercado internacional não aumentar o valor do cereal, esse quadro deverá mudar rapidamente. Como nota. Os preços abaixo do US$ 5 por bushel para o fechamento de setembro deve gerar compras de oportunidade por parte dos Fundos e elevar a cotação nessa sexta-feira.
No entanto a tendência continua sendo de queda.
Fonte: T&F Agroeconômica