Por Elstor Hanzen

O Departamento de Defesa Vegetal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDV/Seapi) e da Emater/RS-Ascar disponibiliza 20 novos coletores para detecção e monitoramento da ferrugem asiática da soja na safra 2025/2026. Somados aos 75 já empregados na safra passada, o Rio Grande do Sul passa a contar com 95 coletores em 95 municípios.

Os coletores e as lâminas utilizadas para a captura de esporos (estruturas de infecção) foram adquiridos pelo DDV/Seapi. A substituição das lâminas é feita semanalmente por extensionistas da Emater, que as encaminham para análise. No processo, é realizada a leitura e a contagem do número de esporos presentes no ar. A ampliação da rede de monitoramento foi oficializada durante o encontro sobre ferrugem asiática, realizado em Santa Cruz do Sul, nos dias 30 de setembro e 1º de outubro.

Programa abrangente

Segundo o diretor do DDV, Ricardo Felicetti, o aumento no número de equipamentos amplia a cobertura espacial do programa e fornece mais dados para análises. “O programa é um aliado do produtor. Ao cruzar o número de esporos detectados com as condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento do fungo, é possível decidir com maior precisão sobre a necessidade de aplicação de fungicidas. Assim, as pulverizações ocorrem apenas quando o risco de infecção é real”, afirmou.

O engenheiro agrônomo e coordenador Estadual de Defesa Sanitária Vegetal da Emater, Elder Dal Prá, também ressaltou a abrangência da iniciativa, que atende a todos os produtores de soja do Estado, independentemente do porte de suas propriedades. “As informações são úteis tanto para agricultores familiares quanto para grandes produtores. Essa universalidade é um dos principais pontos fortes do programa”, disse.

Dal Prá destacou ainda que o programa contribui para a racionalização do uso de fungicidas. “As aplicações são realizadas no momento adequado, levando em consideração a pressão da praga. Isso garante maior eficiência dos produtos e melhor controle da doença”, explicou.

Para auxiliar os produtores, o programa disponibiliza no site oficial mapas semanais com os resultados do monitoramento e informações atualizadas por região.

Apresentação de resultados e prognóstico

Durante o evento, foram divulgados também os resultados da Circular Técnica nº 29 – Programa Monitora Ferrugem RS, referente ao monitoramento da safra 2024/2025. A apresentação foi conduzida pela doutora em fitopatologia do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA/Seapi), Andréia Mara Rotta de Oliveira, que destacou a importância da atualização constante dos dados para o manejo preventivo da doença.

“A pesquisa e a oferta dessas informações são serviços do poder público estadual para o setor produtivo, por meio do nosso departamento na Seapi”, ressaltou. A programação também incluiu o prognóstico climático para a safra 2025/2026, apresentado por Flávio Varone, do Simagro/Seapi. O DDV/Seapi foi representado por Paulo Vitor e Danielle Oliveira da Rosa no encontro em Santa Cruz do Sul.

O vazio sanitário da soja foi encerrado em 30 de setembro. A medida é considerada essencial para reduzir a sobrevivência do fungo Phakopsora pachyrhizi entre as safras. A semeadura da soja começa nesta quarta-feira (1º/10), e o monitoramento oficial da safra 2025/2026 terá início na próxima segunda-feira (6/10).

Monitora Ferrugem

O Monitora Ferrugem é um programa gaúcho desenvolvido pela Seapi e a Emater, em parceria com outras instituições. Através do uso de coletores de esporos instalados em diferentes localidades do Estado. O programa avalia a presença de esporos associada a condições climatológicas, realizando um diagnóstico regionalizado sobre o risco de ocorrência da ferrugem.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação



 

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