“Temos situações em que há produção de grãos como milho e cereais de inverno, estratégicos para o Estado, e que atrasam a semeadura da soja na mesma área, sendo necessário um período mínimo de 120 dias, entre 1º de outubro e 28 de janeiro, para o cultivo da oleaginosa no Rio Grande do Sul, e não de 100, como definiu o Mapa”, explicou o diretor do Departamento de Defesa Vegetal da Seapi, Ricardo Felicetti.
Por outro lado, segundo Felicetti, dificuldades inerentes à semeadura durante a safra de verão, como implicações climáticas, podem dificultar ao produtor atender o período. “Nesse sentido, estamos buscando ampliar a janela de plantio em algumas regiões, bem como definir excepcionalidades para produtores que não conseguirem semear nos prazos definidos. Trabalhamos para que nenhum produtor seja afetado negativamente com a medida, que é importante para a manutenção das produtividades e sanidade da cultura da soja no Rio Grande do Sul”, argumentou Felicetti.
Ele ressaltou ainda que, no ano passado, no ciclo 2022/2023, a janela de plantio ocorreu entre 15 de outubro e 28 de fevereiro, totalizando 140 dias.
De acordo com o secretário adjunto da Agricultura, Márcio Madalena, a Seapi entende que o posicionamento do setor está tecnicamente correto. “No Rio Grande do Sul, por suas peculiaridades, cabe um calendário maior do que o proposto pelo Ministério. Os produtores precisam que seja de 120 e até de 130 dias em algumas regiões para o plantio de soja”.
Participaram do encontro da manhã representantes da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Associação dos Produtores de Soja do Estado do Rio Grande do Sul (Aprosoja-RS), Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Sistema Ocergs -Sescoop/RS, Associação dos Produtores e Comerciantes de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul (Apassul) e Emater/RS-Ascar.
Fonte: Sec. da Agricultura – RS