Em junho, o custo operacional efetivo (COE) da soja para a safra 22/23 em MT valorizou 53,46% ante a safra passada, previsto em R$ 6.249,39/ha. A maior parcela do aumento está no custeio, que houve acréscimo de R$ 1.958,16/ha em relação à safra 21/22, reflexo das altas no fertilizantes e corretivos (113,01%), semente de soja (68,99%) e defensivos (25,03%) observadas neste ano em relação ao ano passado.
Mesmo com os altos custos dos insumos, as importações dos fertilizantes em 2022 já registram recorde para o período, o que aliviou as preocupações quanto a disponibilidade do produto na safra. Além disso, vale destacar que nesta safra foi observada uma maior compra de insumos à vista, principalmente pelos grandes produtores, devido ao maior poder aquisitivo.
Por fim, o ponto de equilíbrio da safra avançou 55,42% em relação à safra 21/22, e para que o produtor cubra o COE é necessário que venda a sua soja na média de R$ 106,68/sc.
Confira agora os principais destaques do boletim:
- Alta em MT: depois de duas semanas consecutivas em queda, o preço da saca da
soja disponível exibiu acréscimo 0,39% no comparativo semanal em Mato Grosso. - Chicago desvaloriza: após instabilidades no mercado internacional, o preço da oleaginosa norte-americana teve uma queda de -0,92% ante a semana passada.
- Dólar em alta: seguindo em elevação devido ao aumento nas taxas de juros nos EUA, o dólar apresentou avanço de 0,74% em relação à última semana.
A segunda estimativa de oferta e demanda de soja em MT trouxe ajustes para a safra 21/22 e a primeira perspectiva para a safra 22/23.
A projeção para a safra 21/22 aponta um incremento de 4,20% na oferta aguardada para o estado ante a estimativa de abr.22, agora em 41,27 milhões de t. Em relação à demanda, as exportações de MT apresentaram mais uma ampliação nesta expectativa, alta de 0,37% ante a divulgação de abr. 22, estimada em 24,35 milhões de t.
Para a safra 22/23, é esperada uma ampliação na oferta de soja em 2,97% ante a safra anterior, projetada em 42,49 milhões de t. Pelo lado da demanda, estima-se que as exportações aumentem 2,46% em relação à safra 21/22, enviando ao exterior 25,78 milhões de t, pautado pela expectativa de alta no consumo mundial.
No cenário nacional, a previsão é de que o consumo interestadual continue alto para esta safra (5,00 milhões de t), uma vez que, por ora, as previsões climáticas no sul do país trazem um ponto de atenção para a oferta da próxima safra. Por fim, os estoques finais ficaram previstos em 0,51 milhão de t. Relatório completo aqui.
Fonte: IMEA