Finalizando os trabalhos de campo: A semeadura de soja no estado de Mato Grosso entrou na reta final, de modo que, até sexta-feira (22/11), 98,40% da área total prevista para a safra 19/20 já havia sido semeada, apresentando um avanço semanal de 1,42 p.p. As regiões médio-norte e oeste já finalizaram o processo e, neste momento, o foco se direciona para a região nordeste, que ainda possui 8,88% de área restante a ser semeada.
Cabe salientar que a região nordeste apresentou um avanço de 5,96 p.p. na última semana, devido aos bons volumes pluviométricos na segunda quinzena de novembro e, ao que tudo indica a semeadura de soja em Mato Grosso deve finalizar na primeira semana de dezembro.
A partir desse momento, as condições climáticas são ainda mais importantes, visto que algumas áreas já estão em estádio de florescimento que é considerado, assim como o desenvolvimento, um período crítico para a cultura.
Confira os principais destaques do boletim:
• O preço da soja disponível finalizou a última semana com uma média de R$ 76,65/sc, alta de 0,44%. O dólar segue sustentando as cotações.
• O contrato corrente na bolsa de Chicago CME registrou queda de 1,30% na média semanal, cotado a US$ 9,05/bu. O mercado ainda aguarda uma conclusão sobre as relações comerciais entre os EUA e a China.
• A demanda pela soja brasileira elevou o prêmio portuário de Santos-SP que fechou a média de US$ 1,05/bu, apresentando alta de 5,00% na semana.
• A relação soja/farelo e óleo apresentou alta de 22,46% na semana, justificada pelas elevações no preço do farelo.
DÓLAR EM CENA: Com um cenário de preços em constantes mudanças, as cotações da soja são diretamente impactados pelas variações do câmbio e as cotações da CME. Além destes, os valores são influenciados por outros fatores como prêmio e frete. A média semanal da oleaginosa apresentou um aumento de 0,44% em relação à semana anterior e, assim, fechou em R$ 76,65/sc.
Essa alta é influenciada pela elevação do dólar, que alcançou R$ 4,21 na semana, influído pela trade-war, pela taxa Selic no menor nível da história do país e pelas questões políticas da América do Sul, que acabaramm beneficiando os produtores exportadores de soja. No entanto, a média semanal das cotações na CME fechou em US$ 9,05/bushel, apresentando queda de 1,30% neste período.
Dessa forma, os preços internacionais vêm se movimentando em direções opostas ao preço no estado, mostrando a importância da taxa de câmbio para a formação dos preços domésticos. Portanto, qualquer correção no preço do dólar, que está em patamares históricos, deve impactar as cotações internas da soja.
Fonte: IMEA