Previsão Agrometeorológica* (05/12/2022 a 12/12/2022)
N-NE: São previstas chuvas superiores a 20 mm em grande parte da região Norte, com destaque para áreas do Centro-Sul do AM, Norte de RO e Leste do AC, onde podem ocorrer acumulados superiores a 80 mm. No Leste de RR, Norte do PA, AP e TO, os volumes serão inferiores a 40 mm. Na região Nordeste, os acumulados deverão ficar entre 20 mm e 40 mm entre SE, AL e no Oeste da BA, contribuindo para a manutenção da umidade no solo, a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de 1ª safra. Nas demais áreas haverá predomínio de tempo seco.
CO: Há previsão de chuva, com acumulados que podem ficar entre 20 e 50 mm, principalmente em áreas do Leste de MT e MS, além do Sul e Norte de GO. No Noroeste de MT, áreas centrais de GO e no DF, os acumulados podem ultrapassar 50 mm. No geral, as condições de precipitação e de armazenamento hídrico no solo deverão ser favoráveis para o desenvolvimento dos cultivos de 1ª safra.
SE: Os maiores acumulados de chuva deverão ocorrer em áreas do Sul de MG e Leste de SP, com volumes que podem ultrapassar 50 mm. No Leste de MG, RJ e ES, os acumulados não devem passar de 30 mm. Nas demais áreas, há previsão de chuvas que podem ficar entre 20 e 50 mm. Em toda a região, as condições de precipitação e umidade no solo deverão ser favoráveis para os cultivos de 1ª safra, de cana-de-açúcar e de café.
S: Os volumes de chuva podem ultrapassar 80 mm no Leste de SC e do PR. Nas demais áreas desses estados, os valores deverão ficar entre 20 mm e 50 mm, favorecendo os cultivos de 1ª safra em desenvolvimento, floração e enchimento de grãos. No RS, há previsão de tempo seco, com possíveis chuvas de baixos volumes que devem ocorrer somente no final da semana. Haverá restrição hídrica principalmente para as lavouras de milho 1ª safra em floração e enchimento de grãos no estado e para as lavouras de soja em algumas regiões.
Progresso de Safra:
- Soja
90,7% semeado. Em MT, a semeadura foi finalizada. Apesar do desenvolvimento adequado das lavouras, as precipitações são irregulares. No RS, o tempo instável proporcionou condições de umidade do solo favoráveis a semeadura. O estande de plantas está adequado e a radiação mais elevada promoveu um bom desenvolvimento das plantas. No PR, 96% da área foi semeada e 93% das lavouras encontram-se em boas condições. Em GO e MG, a irregularidade das precipitações atrasa a semeadura e o desenvolvimento das lavouras. Na BA, a maioria das lavouras estão em boas condições. No TO, o plantio está sendo concluído e as precipitações favoreceram o desenvolvimento das lavouras. No MA, a semeadura está quase finalizada no Sul.
- Milho 1° Safra
71,2% semeado. No RS, o clima quente e seca tem agravado a situação das lavouras, principalmente as mais adiantadas. Observa-se lavouras com folhas retorcidas, folhas basais em senescência e falha na formação de grãos em todo o estado, principalmente no Noroeste. Na BA, o ritmo do plantio aumentou com a regularização das chuvas, aproximando-se dos índices da safra passada. No PI, semeadura iniciada sob boas condições de umidade no solo. No PR, 83% das lavouras são consideradas em boas condições, contra 95% da safra passada devido ao excesso de precipitações e baixas temperaturas durante o desenvolvimento. Em SC, devido às baixas precipitações, 16% das lavouras estão em condições regulares. Em SP, foi iniciada a floração, com percentual inferior em relação à safra passada devido a preferência pelo plantio da soja.
- Trigo
92,4% colhido. No RS, com o clima favorável, a colheita continua evoluindo e as principais regiões produtoras encerram a operação com produtividades muito boas. No PR, a colheita está quase finalizada. A produtividade e a qualidade do grão colhido estão abaixo do esperado em boa parte das regiões. Chuvas, principalmente nos Campos Gerais e Sul do estado, atrasaram a colheita e reduziram a qualidade dos grãos. Em SC, a estabilidade climática dos últimos dias permitiu o avanço da colheita. A qualidade dos grãos está desuniforme, com PH oscilando entre 72 e 82, devido as intercorrências fitossanitárias e climáticas.
Fonte: Conab