FATORES DE ALTA

  • Os aumentos do mercado de farelo e óleo seguem fazendo subir os preços.
  • Corte de Fundos 1,74 MT. sua posição líquida vendida.
  • Soja de janeiro em Chicago quebrando o canal de baixa de junho de 2021.
  • As exportações semanais de soja norte-americana foram de 1,38 milhão de tons, aumentando em relação à semana anterior, situando-se dentro das expectativas dos analistas.
  • Novas vendas para destinos desconhecidos por 420.000 tons na última semana.
  • No Brasil, a possibilidade de alta do dólar diante dos ruídos de um ano eleitoral, embora estejam sendo contornados com a aproximação de Bolsonaro com o Centrão, o que coloca limite nesta alta.

FATORES DE BAIXA

  • Embora o USDA tenha revisto para baixo os rendimentos e a produção esperados, à medida que a demanda de exportação caiu ainda mais, o estoque cresceu em relação ao relatório anterior. A relação estoque/consumo ficou 7,8% acima dos 7,3% do mês passado e bem acima da projeção.
  • Dólar americano subindo semana a semana é negativo para as exportações americanas.
  • O final da safra nos Estados Unidos, chega a 95%, em níveis médios.
  • Os preços do óleo vegetal cairiam em todo o mundo durante 2022, antes de uma recuperação da produção, após a alta dos preços estimular o plantio de oleaginosas.
  • O plantio na Argentina está 28% acima da safra anterior e, no Brasil, o plantio já está 84%, acima do mesmo período do ano passado e da média.
  • As chuvas recentes na Argentina são favoráveis.


DÚVIDAS

  • Conversas entre os presidentes dos EUA e da China, vão impulsionar a demanda?
  • Incidência de altos custos de insumos irá interferir na decisão de plantio nos EUA.
  • Por quanto tempo durará a crise de energia?
  • Em que medida os aumentos das taxas do Fed afetariam? O dólar poderia se fortalecer?
  • A China vai retomar o ritmo de importação do início do ano?
  • Como ficará o clima na América do Sul?

Recomendações da T&F Agroeconômica

O principal fator para tomada de decisão para venda ou não de soja deve ser o lucro, isto é, o resultado da comparação dos custos detalhados e atualizados de produção contra o preço pago aos agricultores no balcão das empresas. Nesta semana, o custo médio de produção subiu para R$ 110,64/saca e o preço médio pago aos agricultores esteve ao redor de R$ 153,00/saca, o que nos remete a um lucro líquido, depois de pagas todas as despesas, de 38,88%.

Um lucrão, em qualquer lugar do mundo e em qualquer setor da economia. Isto mostra que, mesmo com a elevação brutal de alguns itens dos insumos, o produtor brasileiro de soja pode esperar mais um ano de boa rentabilidade.

Então, a pergunta não é se ele terá lucro, mas, este lucro poderá aumentar?

Acreditamos que não. Os fatores fundamentais de aumento de safra no Brasil e na Argentina e possível redução da demanda devido às novas ondas de coronavírus nos fazem prever a possibilidade de queda nas cotações, iniciada nesta sexta-feira com as fortes vendas dos Fundos de Investimento, sempre muito ariscos a qualquer notícia contrária.

Então, nossa recomendação é que o produtor vá vendendo aos poucos, para não inundar o mercado com ofertas. TECNICAMENTE, o mercado de soja para MAIO22, que é o principal mês de referência para a soja brasileira, parece estar retornando para o canal de tendência de baixa iniciado em junho passado, como mostra o gráfico abaixo.

Faltam apenas 20 cents para reentrar no canal de queda, o que poderá acontecer ainda nesta semana que entra (vide flecha azul). Este é mais um motivo para recomendarmos aos produtores ir vendendo aos poucos a sua produção para a safra 2021/22, uma vez que o preço da soja se baseia na sua maior parte nos preços de Chicago, mais o prêmio e o dólar.

Fonte: T&F Agroeconômica

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