Fatores de alta

Mas as vendas dos restaurantes foram maiores em junho em relação a maio: As vendas no varejo em junho cresceram 3,1% a/a, primeira alta em quatro meses. Os gastos com restaurantes caíram 4% a/a, mas cresceram 25% em relação a maio, embora ainda estejam bem longe de tempos normais.

Tecnicamente, a proximidade da linha de suporte faz prever a volta para dentro do canal de tendência da safra, mesmo que haja uma breve queda antes disto acontecer.

Altas do dólar de 2,60% na semana e 3,25% no mês, que melhoram os preços pagos no Brasil.

Expectativa de tempo quente e seco no Meio-Oeste americano. Se confirmado e causar danos, poderá reverter totalmente para cima a tendência das cotações, embora a fase mais sensível das lavouras ocorra apenas em agosto.

Fatores de Baixa

Posição líquida de compra dos Fundos no nível mais baixo desde dezembro. Significa que os Fundos estão apostando na baixa, a curto prazo, razão pela qual aconselhamos os agricultores a permanecerem fora de mercado enquanto esta situação temporária durar.

Recessão econômica mundial, que tem fortes reflexo sobre a demanda dos subprodutos, farelo (para as carnes) e óleo (para as frituras e para o biodiesel).

Volta do lockdown e queda no crescimento na China

O crescimento do PIB no 2º trimestre ficou em 0,4% a/a, bem abaixo das expectativas de +1,1%. No comparativo trimestral a queda foi de 2,6% contra expectativas de -1,5%. Pior desempenho desde 1992, quando a estatística começou a ser levantada – com exceção do 2º trimestre de 2020. Com isto o USDA reduziu em 1,0 milhão de toneladas a demanda chinesa de soja para este ano.

Há duas semanas dissemos numa live que seríamos vendedores de soja e, depois disto, de farto, as cotações recuaram. Quem seguiu a nossa orientação vendeu R$ 6,00/saca acima das cotações deste momento. Como há uma previsão de alta, não a curto, mas a médio prazo, nossa recomendação é que o agricultor espere pelo menos umas duas semanas para vender novamente.

CHICAGO: Soja volta a cair 0,14% com moagem menor nos EUA

O contrato de soja para agosto fechou em leve queda de 0,14% ou $ 2,0 cents/bushel a $ 1472,75. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em alta de 0,30%, ou $ 4,0 cents/bushel a $ 1348,75. O contrato de farelo de soja para agosto fechou em queda de 1,85% ou $ 8,1/ton curta a $ 430,8 e o contrato de óleo de soja para julho fechou em forte alta de 3,84% ou $ 2,23 libra-peso a $ 60,37.

Os dados de moagem apresentaram queda em termos mensais, alertando para uma menor taxa de consumo doméstico. Subprodutos fecharam misturados, com queda no farelo e firmeza nos óleos. Petróleo subindo, forneceu suporte. Mercado aguardando a evolução do clima nos EUA, por enquanto as preocupações são menores, já que a etapa chave será em agosto.

Os Fundos reduziram a sua exposição durante a semana que terminou em 12/07. O relatório semanal do CoT confirmou que 25.717 contratos a menos de soja estavam em jogo em comparação com a semana anterior, para 9.337 contratos líquidos de compra, reduzidos para 95.711 contratos. Essa foi a posição líquida de compra mais fraca desde dezembro passado. Traders comerciais de soja também reduziram a exposição por meio de 19,9k a menos de hedges de venda e 8,8k a menos de hedges de compra. Isso reduziu seu saldo líquido para 157 mil contratos.

Safra Americana: A Planalytics estima o rendimento médio nacional de soja em 51,2 bpa (3.443,25 kg/hectare), um aumento de 1/10 em relação ao valor anterior. O estado de Illinois foi aumentado em 2/10 para 60,4(4.061,96 kg/hectare), enquanto o Indiana e Iowa foram reduzidos em relação à previsão anterior.

Licitação Internacional: O Egito lançou uma licitação internacional para 3.000 T de óleo de soja e 1.000 T de óleo de girassol para entrega em agosto.

Leilão de soja na China: A China liberará 500 mil toneladas de soja de reserva estatal por meio de leilão na sextafeira, 22.

GIRO PELOS ESTADOS:

  • RIO GRANDE DO SUL: Quedas expressivas de R$ 3-4/saca no interior, negócios pontuais

Mercado operou o dia, predominantemente mais baixo que ontem, seja por CBOT (-0,14%), seja por câmbio (-0,52%). Negócios foram muito pontuais.

Preços de Pedra: moveu-se para R$ 176,00, marcando variação de R$ 1,00/saca para cima. Preços no porto: passa por boa baixa, com Rio Grande se desvalorizando em R$ 4,70/saca e levando o preço a R$ 192,00, isso marca retorno total em relação aos ganhos vistos na quinta-feira.

Preços no interior: assim como no porto, o interior marcou baixas expressivas, com Ijuí indo a R$ 189,00 após queda de R$ 4,00/saca. Cruz Alta indo a R$ 190,00 após queda de R$ 3,00/saca. Passo Fundo também caiu expressivamente em R$ 4,00/saca, indo a R$ 189,00. Santa Rosa, por fim, se desvalorizando em R$ 3,00/saca e indo a R$ 189,00.

SANTA CATARINA: Preços devolvidos aos níveis de início da semana, nada de negócios

Em Santa Catarina os níveis de preço recuam assim como nas demais posições para pagamento em 30/08. O porto de São Francisco do Sul se desvalorizou em R$ 3,00/saca e foi a R$ 194,00, não houve novos negócios efetuados, a semana não trouxe mais de 5.000 toneladas ao todo, de fato a soja perde muita relevância nesse período.

  • PARANÁ: preços em queda, nada de negócios efetuados

Paraná segue bem pouco expressivo nesse momento de alta volatilidade e incerteza política, o vendedor paranaense é notavelmente mais conservador do que os vendedores das demais regiões aqui estudadas e portanto pouquíssimos negócios são efetuados todo dia. Como essa sexta-feira foi um dia de quedas até expressivas, o cenário obviamente não viria a mudar. Normalmente, mesmo diante de posicionamentos melhores do que o costumeiro que são suficientes para bons volumes em outras regiões o Paraná segue em volumes de manutenção. Ademais, o dia trouxe bastante variação no decorrer do pregão, mas acabou com mudanças relativamente amenas para Chicago e dólar. Para exemplificar os resultados no mercado apresentaremos as cotações: grão a -0,14%, farelo a -1,85% e óleo a +3,84%. O dólar se desvalorizou em 0,51%, indo a R$ 5,4049.

Preços no Porto Futuro: R$ 190,00 para 05/08, marcando queda de R$ 1,00/saca, R$ 191,00 para 26/08, queda de R$ 2,00/saca e R$ 193,00 para, 27/09, queda de R$ 1,00/saca.

Preços no Interior Ponta Grossa marcou queda de R$ 1,00/saca, todas as demais posições caíram em R$ 3,00/saca. Ponta Grossa a R$ 185,00. Cascavel e Maringá a R$ 171,00. Pato Branco, por fim a R$ 170,00. BALCÃO: Ponta Grossa a R$ 175,00, marcando manutenção. PONTA GROSSA FUT: R$ 186,00 para pagamento em 26/09, marcando queda de R$ 1,00/saca.

  • MATO GROSSO DO SUL: Quedas de R$ 2,00/saca tiram o ânimo dos vendedores

Até o quarta-feira o MS esteve segurando seus valores devido a relação tênue entre oferta e demanda, mesmo que haja mercadoria, se não há disposição de negócio, aquilo que está disponível tem os preços elevados, nos últimos três dias enquanto as demais regiões caiam, MS manteve-se parado de forma não natural. Com isso, vamos aos PREÇOS:

Dourados, Campo Grande e Maracaju foram respectivamente a R$ 176,00, R$ 176,00 e R$ 175,00 após perda de R$ 2,00/saca para cada uma delas. Quanto a Chapadão do Sul o valor caiu também em R$ 2,00/saca e foi a R$ 173,00. Sidrolândia, por fim, passou por queda também de R$ 2,00/saca, indo a R$ 174,00.

  • MATO GROSSO: Os custos de produção de soja no estado subiram 0,35% em junho

Os custos de produção de soja no estado do Mato Grosso recuaram de 57,38 sacas por hectare em abril para 57,21 em maio e se mantiveram neste volume também em junho, um recuo de 0,29%, segundo estudo divulgado nesta sexta-feira pelo IMEA.

Com as quedas de -0,52% do dólar e de 0,14% em Chicago, o mercado ficou vazio nesta sexta.

  • MATOPIBA: poucos movimentos nos preços

Região de Balsas no Maranhão não traz novas cotações e segue sem variação nos preços que se manteve a R$ 175,00. O Porto Franco, também no Maranhão ficou a R$ 175,00 após valorização de R$ 1,00/saca. Porto Nacional-TO, por sua vez também subiu em R$ 0,50/saca. Uruçuí-PI segue a R$ 148,40. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 166,00, com maio de 2023 indo a R$ 151,00.

Fonte: T&F Agroeconômica

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