FECHAMENTOS DO DIA: O contrato de soja para novembro22 fechou em queda de 1,20% ou $ 17,75 cents/bushel a $ 1461.0. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em queda de 1,11%, ou $ 16,50 cents/bushel a $ 1470,50. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em alta de 0,71% ou $ 3,2/ton curta a $ 454,0 e o contrato de óleo de soja para outubro fechou em queda de 1,12% ou $ 0,77 libra-peso a $ 67,82.
CAUSAS DA QUEDA DE HOJE: Contexto geral nos mercados financeiros manifestou preocupação. A nova alta de juros confirmada pelo Federal Reserve desencadeou perspectivas de recessão global, com possibilidade de impacto negativo do lado da demanda. O dólar valorizou-se fortemente em relação a outras moedas, impactando negativamente as commodities. Além disso, o mercado começa a descontar a continuidade da entrada da mercadoria, iniciando a safra nos EUA.
ARGENTINA REVISA POLÍTICA CAMBIAL: As políticas cambiais na Argentina estão sendo revisadas depois que a taxa fixa especial de soja inspirou fortes vendas de +9,6 MT em volume negociado. O excesso de dólares foi então usado para criar uma arbitragem e um mercado negro para a taxa de câmbio dólar/peso. O banco central da Argentina está ajustando sua política, com relatórios citando 200 pesos/dólar para a taxa especial de soja bloqueada, 144 pesos/dólar oficialmente e 285 pesos/dólar nas ruas. Durante as principais vendas de soja, a China registrou 3 – 3,75 MT de soja argentina.
SOJA: BRASIL QUER NOVO PADRÃO DE CLASSIFICAÇÃO: O Ministério da Agricultura promove até hoje seminário sobre a proposta de revisão do Padrão Oficial de Classificação da Soja. O evento reúne representantes da cadeia produtiva da soja a fim de subsidiar o ministério na elaboração de uma proposta a ser debatida em audiência pública.
A revisão do padrão atual, iniciada em 2019, atende a uma demanda apresentada pelo setor produtivo. Durante consulta pública de fevereiro a maio, foram recebidas mais de 1 mil manifestações. Segundo o diretor de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do ministério, Glauco Bertoldo, a revisão é importante para o alinhamento da soja nacional às demandas do mercado externo para manutenção do País como importante player na produção mundial de soja. “A estratificação das categorias de soja permite uma maior valorização do produto e estimula a melhoria da qualidade e alinhamento internacional”.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Mercado em completa ausência de movimentos devido a feriado estadual
MERCADO muito parado, nesta quarta-feira, no Rio Grande do Sul, aspecto ainda relacionado ao feriado de ontem. O ritmo tende a voltar lentamente e, portanto, nada de novo ocorreu. Preços se mantiveram mistos por todo o pregão com fábricas firmes na disputa por cada lote oferecido.
PREÇOS: No porto o melhor momento trouxe preços de R$ 190,00 para meados de outubro, variação negativa de R$ 0,50/saca, valor bastante irrelevante em termos práticos, mas que serve como um indicador de tendência. No interior, por sua vez, as variações foram praticamente HOMOGÊNEAS ONDE OCORRERAM, com Ijuí, Cruz Alta e Passo Fundo perdendo também R$ 0,50/saca e indo respectivamente a R$ 184,00, R$ 185,00 e R$ 185,00. Apenas Santa Rosa passou por um dia de manutenção ao se manter em R$ 182,50.
SANTA CATARINA: Queda nos preços, nada de negócios
Porto de São Francisco do Sul em Santa Catarina marca perda de R$ 2,00/saca e vai a R$ 188,00 para 31/09, a queda não é tão expressiva considerando que as altas de semana passada foram boas, mas já estamos na quarta-feira em uma semana bastante fraca, isso pode indicar médias piores para esta semana do que a anterior. Ademais, nada foi efetuado em negócios.
PRÓXIMA SAFRA DE VERÃO SC: O prognóstico inicial da produção de soja no estado na safra 2022/23 é de 2,6 milhões de toneladas, com aumento de 22,4 % em relação à safra anterior, que foi impactada pela forte estiagem do início de 2022. A elevação da área de cultivo projetada para a próxima safra é de mais de 5.000ha, alcançando 715,68 mil hectares de cultivo na safra de verão (primeira safra). O avanço é sobre a área de milho pastagens e reflorestamentos.
Estes números comprovam o aumento sistemático da área de cultivo da oleaginosa ao longo da última década, cerca de 30% (Infoagro,2022). Observa-se que, os números projetados neste relatório são referentes a primeira safra de soja 2022/23. A Epagri-Cepa iniciou o acompanhamento da segunda safra desde 2020. Na safra anterior 2021/22 a área da segunda safra foi estimada em 56.934 hectares, que totalizou 767.008 hectares cultivados com soja. A estimativa inicial da segunda safra é lançada no relatório no início de 2023.
PARANÁ: Dia parado, sem variações ou negócios
O Paraná mantém-se por todo o mês na mesma situação: volumes mínimos de negócios e poucas variações nos preços. Aguardamos agora para as contas de sexta-feira para ver exatamente a variação percentual do mês até o momento, mas o clima geral é de muita apatia, com a oferta argentina afetando bastante o mercado BR. Nesta semana já não trouxe negócios, os preços seguem bastante distantes das ideias do produtor. O complexo de soja fechou com a soja grão a -1,20%, farelo +0,71%, óleo a -1,12%. O dólar, por sua vez, subiu ao variar +0,39% e ir a R$ 5,1730.
PREÇOS NO PORTO FUTUROS: os preços de todos os contratos marcaram manutenção, com isso os preços foram de R$ 190,00 para 28/10, R$ 191,00 para 30/11 e R$ 192,00 para 15/12.
PREÇOS NO INTERIOR: por estas regiões a configuração foi a mesma do porto, nada de
movimentos. Cascavel, Maringá, Pato Branco e Ponta Grossa seguem respectivamente a R$ 165,00, R$ 165,00 e R$ 164,00 e R$ 185,00. Observações finais: Existem dois aspectos principais modulando o mercado de hoje: as perspectivas a respeito do clima no BR que não são nada boas e a alta de juros norte americana, o que impacta a soja em Chicago, estas forças são opostas.
PLANTIO DA SAFRA DE VERÃO 22/23 atingiu 6%, segundo relatório de acompanhamento das culturas, divulgado pelo DERAL na última terça-feira, com 100% das lavourfas em condição boa, 99% em germinação e 1% em desenvolvimento vegetativo.
MATO GROSSO DO SUL: dia de altas gerais de R$ 1,00/saca
Diante de variações mais amenas tanto da parte do dólar quanto de Chicago, no Estado do Mato Grosso do Sul os movimentos foram completamente homogêneos, com evoluções de R$ 1,00/saca para todas as regiões aqui estudadas. Vamos aos valores de soja: Dourados e Campo Grande se elevaram a R$ 176,00. Maracaju também se valorizou e foi a R$ 175,00. Sidrolândia se elevou a R$ 174,00. Chapadão do Sul, por fim, ficou a R$ 173,00. O mercado continua bastante lento, as desvalorizações da semana ainda superam as valorizações em R$ 2,00/saca
MATO GROSSO: Dia de preços negativos
Os últimos dados trazidos para este Estado com os valores que serão vistos abaixo e na tabela ao lado. Esse mercado foi marcado por negatividade plena de diferentes intensidades a depender da região. Vamos aos preços: Campo Verde a R$ 163,30 baixa de R$ 6,20/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 159,90, baixa de R$ 1,90/saca. Nova Mutum a R$ 166,10, baixa de R$ 1,70/saca. Primavera do Leste a R$ 166,50, baixa de R$ 3,50/saca. Rondonópolis, por sua vez, a R$ 170,50, baixa de R$ 2,00/saca. Sorriso, por fim, a R$ 166,40, marcando baixa de R$ 0,10/saca.
MATOPIBA: Alta no Maranhão, poucos movimentos
Região de Balsas no Maranhão traz novas cotações marcando alta de R$ 1,00/saca, o que levou o preço a R$ 171,00, não se recuperando das quedas de R$ 15,00/saca na semana passada. O Porto Franco-MA manteve-se a R$ 167,00. Porto Nacional-TO, por sua vez teve seu preço mantido a R$ 164,90. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 165,00, também sem se movimentar. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 165,00 também em manutenção e com maio de 2023 a R$ 154,00, marcando manutenção.
Fonte: T&F Agroeconômica