FECHAMENTOS DO DIA: O contrato de soja para novembro22 fechou em leve queda de 0,35% ou $ 5,0 cents/bushel a $ 1445,0. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em queda de 0,36%, ou $ 5,25 cents/bushel a $ 1460,25. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em alta de 0,19% ou $ 0,8/ton curta a $ 419,8 e o contrato de óleo de soja para outubro fechou em queda de 1,70% ou $ 1,30 libra-peso a $ 75,03.
CAUSAS DA ALTA: Mercado fechou em leve alta, com expectativa de aumento da produção americana. A média dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal espera que o USDA estime a produção norte-americana de soja em 4,324 bilhões de bushels (117,69 milhões de toneladas), ante 4,313 bilhões em bushels (117,39 milhões de toneladas) previstos em outubro.
O rendimento deve subir de 49,8 bushels por acre (3,35 toneladas por hectare) para 49,9 bushels por acre (3,36 toneladas por hectare). Já o estoque de soja doméstico tende a crescer de 200 milhões de bushels (5,44 milhões de toneladas) para 215 milhões de bushels (5,85 milhões de toneladas), segundo os analistas. No entanto, os dados recentes sobre as importações da China limitaram a alta, que revelaram uma queda acentuada nas compras externas no mês de outubro.
NOVAS VENDAS DE SOJA EUA: O USDA anunciou algumas grandes vendas privadas de exportação de soja nesta manhã com uma venda de 144 mil toneladas para o México, uma venda de 138,7 mil toneladas para a China e uma venda de 132 mil toneladas para destinos desconhecidos.
BRASIL-PLANTIO ATINGE 57%: Uma consultoria privada relatou que o plantio de soja estava 57% concluído em 3/11, em comparação com 67% no ano passado – citando atrasos antecipados pela chuva.
BRASIL-BIODIESEL SACHSIDA CONFIRMA B14 EM JANEIRO E B15 EM MARÇO, MAS EQUIPE DE TRANSIÇÃO DEFINIRÁ: O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, já sinalizou ao setor de biodiesel que a mistura obrigatória do biocombustível no diesel fóssil, hoje em 10%, deve passar para 14% (B14) em janeiro de 2023 e para 15% (B15) em março do ano que vem, disse o deputado Pedro Lupion, presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio). A adesão formal aos porcentuais dependerá, no entanto, da equipe de transição de governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. “Semana passada, em conversa com o ministro Sachsida, houve a confirmação dele de que está mantido o compromisso do B14 em janeiro e do B15 em março. Se não houver qualquer questionamento da equipe de transição, é isso que vai acontecer”, disse Lupion em painel apresentado ontem na Conferência BiodieselBR 2022, realizada em São Paulo.
CHINA-PRODUÇÃO DE SOJA: O Adido Agrícola do USDA tem a produção de soja da China prevista em 19 MMT, que é 600k MT acima da previsão oficial do USDA e é um aumento de 2,6 MMT ano/ano. Suas importações foram mostradas como 96,5 MMT, em comparação com a previsão oficial de 98 MMT do USDA.
CHINA REGISTRA EM OUTUBRO MENOR IMPORTAÇÃO DE SOJA EM OITO ANOS: A China importou o menor volume de soja em oito anos em outubro, com um total de 4,14 milhões de toneladas, de acordo com números divulgados ontem pela Administração Geral de Alfândegas da China (Gacc, na sigla em inglês), informou em relatório o banco alemão Commerzbank. Segundo o analista do banco Carsten Fritsch, o número veio abaixo das 5 milhões de toneladas previstas por investidores consultados antecipadamente pela agência de notícias Reuters. Uma redução já era esperada, por causa dos altos preços do grão do mercado mundial e das margens negativas de moagem doméstica. A quantidade foi 19% menor do que em outubro de 2021 e o volume total no ano, até o momento, alcança 73,2 milhões de t, 7,4% abaixo do ano passado.
CHINA-ESTOQUES MUITO BAIXOS: “É provável que os estoques na China tenham caído para um nível baixo como resultado das importações fracas, o que significa que as importações mais altas são prováveis nos próximos meses”, estimou o analista, destacando que o preço da soja na Bolsa de Chicago (CBOT, na sigla em inglês) foi pouco prejudicado pela demanda chinesa reduzida, com rápida recuperação. O preço da oleaginosa ainda é 7% maior do que no início de outubro, embora ainda esteja 16% abaixo do recorde registrado no fim de maio.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Porto passa por valorização de R$ 2,00/saca, negócios seguem lentos
Mercado segue bastante lento, com compradores no porto disputando com as fábricas as raras ofertas que se tem, com isso negócios seguem muito difíceis, saindo em volumes mínimos de manutenção quando tanto.
Dado o panorama vamos aos preços: No porto o melhor momento trouxe preços de R$
191,00 para meados de outubro, marcando valorização de R$ 2,00/saca.
No interior vemos valorizações parciais de até R$ 1,00/saca, parciais, pois no caso de Ijuí, não houve qualquer movimento e o preço continuou a R$ 184,00. Quanto as demais posições, altas de R$ 1,00/saca foram vistas, com isso, Passo Fundo foi a R$ 184,00, Cruz Alta a R$ 185,00 e Santa Rosa a R$ 184,00.
SANTA CATARINA: Porto passa por valorização de R$ 1,00/saca, nada de negócios
Outro dia totalmente parado em SC em termos de negócios, mas ao menos alguma valorização de preços foi vista no porto, com São Francisco do Sul chegando a R$ 189,00 após alta de R$ 1,00/saca. Ademais, pouca informação tem chegado das posições mais ao sul do Brasil, o fluxo de negócios segue baixo e a preocupação com o clima sege alta, a plantação se atrasa.
PARANÁ: Dia marcado por boas evoluções nos preços, negócios seguem lentos
Paraná segue sem foco em negócios, com a maior parte dos esforços permanecendo no plantio que prossegue firme, mas repleto de preocupações relacionadas a clima e atraso, especialistas consideram que no momento o sul do Brasil é a região que corre mais risco em relação a safra 22/23, óbviamente não se considera a ideia de perdas e atrasos tão relevantes quanto o que foi visto na safra de 21/22. Ademais, o plantio de soja foi capaz de avançar no decorrer dessa semana segundo o relatório DERAL, mas sua condição esta pior do que o esperado, com o clima ruim atrasando o avanço de condição da safra o que deve causar o replantio de algumas áreas. Dado o panorama, vamos as cotações: o complexo de soja fechou com a soja grão a +0,35%, farelo +0,19%, óleo a -1,70%. O dólar, por sua vez, voltou a cair ao variar -0,56% e ir a R$ 5,1440.
PREÇOS NO PORTO FUTUROS: os preços de todos os contratos marcaram alta de R$ 3,00/saca, com isso, os valores foram de R$ 188,00 para 30/11, R$ 189,00 para 10/12 e R$ 190,00 para 25/01. PREÇOS NO INTERIOR: Todas as posições marcaram alta de R$ 2,00/saca, com isso, Ponta Grossa foi a R$ 189,00, continuando acima do porto. No caso de Cascavel e Maringá os preços foram a R$ 169,00. Pato Branco, por fim, foi a R$ 168,00.
DERAL– CONDIÇÕES DE PLANTIO: O relatório semanal do Deral, registra que cerca de 9% foram adicionados em relação ao censo de semana passada, estima-se agora que aproximadamente 79% da área plantada esta completa, com 1% em condição ruim, 5% em boa e 94% em condição boa. Além disso, a geminação já chega a 21% do total da área plantada, o desenvolvimento vegetativo esta em 78% e a floração teve inicío com 1% sendo incluido no relatório.
MATO GROSSO DO SUL: Altas de R$ 1,00/saca por todo o Estado, poucos negócios
Mercado sul-mato-grossense segue com poucos volumes de venda e com vários momentos de ausência de oferta e de variações nos preços, o vendedor regional tende a aproveitar qualquer oportunidade para abrir um pouco de espaço nos armazéns, mas a situação atual se mostra complicada nesse sentido, algo foi efetuado em negócios diante da alta geral de R$ 1,00/saca, mas ainda em volumes mínimos. Ademais, o processo de plantio da safra 2022/23 segue firme e já se estima que sua área cresceu em relação ao ciclo anterior em 2,5%, a produtividade estimada é de 53,44 sacas/ha. Vamos aos valores de soja: Dourados a R$ 176,00. Campo Grande a R$ 175,00. Maracaju a R$ 175,00. Sidrolândia a R$ 174,00 e Chapadão do Sul, por fim, ficou a R$ 171,00.
MATO GROSSO: Estado mantém previsões de área, rendimento e produção para a safra 22/23
O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) manteve a sua previsão de área plantada de soja de 11,81 milhões de hectares em 2022/23, aumento de 2,95% ante a temporada anterior. “Em relação ao rendimento, com as chuvas apresentando regularidade no mês passado na maior parte do Estado e as previsões do TempoCampo para os próximos 30 dias apontando chuvas acumuladas de 200 mm a 300 mm em boa parte das regiões do Estado, a estimativa de produtividade em Mato Grosso foi mantida em 59,01 sacas/ha, recuo de 0,54% em relação à safra passada”, disse o instituto. O Imea deixou estável a sua perspectiva de produção de soja no Estado em 41,82 milhões de toneladas, 2,36% acima da obtida na temporada 2021/22.
MATOPIBA: Movimentos de baixa relevância, alta de até R$ 1,00/saca
Região de Balsas no Maranhão traz cotações com mercado em alta, com isso, o preço foi de R$ 165,00 após valorização de R$ 1,00/saca. O Porto Franco-MA marcou também alta e com isso foi a R$ 169,50 após subir em R$ 0,50/saca. Porto Nacional-TO, por sua vez, passou por manutenção e segue a R$ 164,90. UruçuíPI fechou o dia a R$ 165,00, também sem se movimentar. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 166,50, se mantendo nos níveis anteriores e com maio de 2023 a R$ 150,00 acompanhando.
Fonte: T&F Agroeconômica