FECHAMENTOS DO DIA: O contrato de soja para novembro22 fechou em nova queda de 0,87% ou $ 4,0 cents/bushel a $ 1451,0. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em queda de 0,27%, ou $ 4,0 cents/bushel a $ 1457,75. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em alta de 0,95% ou $ 4,2/ton curta a $ 433,8 e o contrato de óleo de soja para outubro fechou em nova queda de 0,63% ou $ 0,42 libra-peso a $ 66,72.

CAUSAS DA QUEDA DE HOJE: Clima favorável ao desenvolvimento das lavouras condicionou os preços. O mercado começa a descontar lentamente a pronta entrada da mercadoria. Além disso, a forte concorrência da mercadoria da Argentina após a maior oferta disponível, acrescentou um sentimento de baixa. No mesmo sentido, o volume mensal de moagem nos EUA abaixo do esperado, pressionou os preços.

EXPORTAÇÕES EUA: A FAS do USDA informou que as vendas de soja da semana encerrada em 08/09 foram de 842.989 toneladas. Isso definiu o livro pendente como 24.858 MMT. Os dados semanais sugeriram que 57.188 MMT de soja foram embarcados durante a safra 21/22. A nova safra tem 422.510 toneladas embarcadas na primeira semana e dia. As estimativas do trader antes dos dados da NOPA esperam que os membros processem 166,1 mbu de soja em agosto.

ESMAGAMENTO NOS EUA CAI 2,81% EM AGOSTO ANTE JULHO, PARA 4,50 MILHÕES DE T: A indústria norteamericana processou 4,50 milhões de toneladas de soja em agosto, de acordo com dados da Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (Nopa, na sigla em inglês). O volume representa queda de 2,81% ante o esmagado em julho, de 4,63 milhões de toneladas, mas é maior do que o de agosto do ano passado. Segundo a Futures International, o número veio ligeiramente abaixo do previsto por traders. Já os estoques de óleo de soja somavam 712,14 mil toneladas ao fim de agosto, o menor nível desde junho de 2021, disse a Nopa.

SOJA PODE RESPONDER EM BREVE POR MAIS DA METADE DO VALOR DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA BRASILEIRA:

O Brasil colheu no campo em 2021 praticamente o mesmo volume de produtos agrícolas obtido no ano anterior, mas recebeu montante recorde pela produção. O destaque no ano passado foi a soja, que respondeu por 46% do valor da produção agrícola brasileira em 2021. Os dados são da pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM) 2021, divulgada nesta quinta-feira, 15, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Pode ser que a soja supere muito em breve os 50% do valor da produção agrícola nacional”, previu Winicius Wagner, gerente da pesquisa do IBGE.

A colheita recorde de soja em 2021 fez a produção nacional do grão superar a safra americana pelo terceiro ano consecutivo, consolidando o Brasil como o maior produtor mundial de soja, frisou o pesquisador do IBGE. “Mais impressionante é que, mesmo com a produção 10% maior que a do ano anterior, ou seja, mesmo com uma oferta maior do produto no mercado, o preço atingiu recorde em 2021”, ressaltou ele.

 

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Falhas no escoamento na Argentina melhorou os prêmios, mas não os preços no Brasil

MERCADO: Mercado muito volátil, a eminente dificuldade da Argentina em escoar o que foi vendido, esgotou a séria de quedas nos prêmios e até deu algum UP nas cotações no Brasil. Preços se mantiveram mistos hoje e fábricas voltaram a disputar lotes. No interior, tradings dominaram as baixas ofertas que haviam. R$ 185,00 FOB Cruz Alta para meados de setembro R$ 185,00 FOB Passo Fundo para meados de setembro R$ 184,00 FOB Ijuí para meados de setembro.

EXPORTAÇÃO: No porto, no melhor momento, os preços foram de R$ 190,00 para o final de setembro.

SANTA CATARINA: Valorizações expressivas de R$ 6,00/saca no porto, ainda sem negócios

Porto de São Francisco do Sul em Santa Catarina marca alta expressiva de preços ao subir em R$ 6,00/saca e ir a R$ 190,00 para 31/09. A condição de preços anterior era muito específica de SC, sem muita disposição ou atenção sendo dada para a soja por parte do produtor que está sempre a procura de preços maiores.

PARANÁ: Paraná marca altas de R$ 2,00/saca no interior; porto segue parado

O Paraná como um todo segue muito inexpressivo em termos de negócios. Hoje, as variações de preços foram ocasionadas especialmente pela volatilidade do mercado e pela valorização do dólar, mas Argentina segue impactando os preços no Brasil com seu volume expressivo de vendas. Essas vendas, no entanto, estão encontrando dificuldades de ser escoadas e com a alta competitividade externa, a soja brasileira se volta para o interior, o que explica a valorização nessas posições. O complexo de soja hoje fechou com o grão a -0,27%, farelo +0,95%, óleo a -0,63%. O dólar, por sua vez, subiu ao variar +1,18% e ir a R$ 5,2391.

PREÇOS NO PORTO FUTUROS: os preços de todos os contratos marcaram manutenção, com isso os preços se mantiveram a R$ 190,00 para 28/09, R$ 191,00 para 30/10 e R$ 192,00 para 30/11.

PREÇOS NO INTERIOR: ocorreram variações bastante homogêneas, com Cascavel, Maringá e Pato Branco subindo em R$ 2,00/saca e indo respectivamente a R$ 167,00, R$ 167,00 e R$ 166,00. Ponta Grossa por sua vez foi a única a não se mover já que sua balança comercial é também virada para o exterior, o preço permanece a R$ 184,00.

MATO GROSSO DO SUL: Altas de até R$ 4,00/saca, mercado no positivo

Valorizações expressivas por todo o Estado, causadas em especial pelas novas dificuldades enfrentadas pelo maior concorrente brasileiro e em segundo lugar pelas expressivas valorizações do dólar, que ocorreram hoje. Ontem os valores haviam caído especificamente R$ 4,00/saca e nada foi efetuado em negócios e hoje os valores se recuperaram em totalidade e voltaram aos preços de terça-feira. Além disso, os volumes vendidos hoje também foram aproximadamente os mesmos vistos no começo da semana, inexpressivos e não mais do que o necessário.

MATO GROSSO: Dia de baixas, movimentos inexpressivos

Os últimos dados trazidos para este Estado com os valores que serão vistos abaixo e na tabela ao lado. Esse mercado marcou pequenas quedas em quase todas as posições, apenas Lucas do Rio Verde marcou manutenção. Vamos aos preços: Campo Verde a R$ 167,00 queda de 10 centavos. Lucas do Rio Verde a R$ 162,20, manutenção. Nova Mutum a R$ 165,00, queda de R$ 1,00/saca. Primavera do Leste a R$ 167,30, queda de 50 centavos. Rondonópolis, por sua vez, a R$ 170,00, queda de R$ 1,00/saca. Sorriso, por fim, a R$ 163,70, marcando queda também de R$ 1,00/saca.

MATOPIBA: Apenas Balsas se valoriza

Região de Balsas no Maranhão traz novas cotações marcando valorização de valorização de R$ 2,00/saca, o que levou o preço a R$ 162,00, ainda assim, não se recuperando das quedas de R$ 15,00/saca nos 3 dias anteriores. O Porto Franco-MA manteve-se a R$ 167,00. Porto Nacional-TO, por sua vez teve seu preço mantido a R$ 164,90. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 165,00, também sem se movimentar. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 170,00 também sem novos movimentos e com maio de 2023 a R$ 154,00, marcando valorização expressiva de R$ 6,00/saca.

Fonte: T&F Agroeconômica



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