FECHAMENTOS DO DIA 07/10: O contrato de soja para novembro22 fechou em leve alta de 0,57% ou $ 7,75 cents/bushel a $ 1365,75. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em alta de 0,38%, ou $ 5,25 cents/bushel a $ 1395,0. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em forte alta de 2,09% ou $ 7,0/ton curta a $ 405,7 e o contrato de óleo de soja para outubro fechou em alta de 1,12% ou $ 0,78 libra-peso a $ 70,45.

CAUSAS DA ALTA: Os ganhos foram sustentados pela expectativa de geadas neste fim de semana no Meio-Oeste dos EUA. Segundo a empresa de meteorologia DTN as geadas podem causar danos nas lavouras que foram semeadas mais tarde. O fortalecimento do petróleo, que faz com que as refinarias tenham um incentivo para misturar biodiesel, também deu suporte.

O óleo de soja é uma das principais matérias-primas na fabricação do biodiesel. Por outro lado, problemas de transporte de grãos no Rio Mississipi, que tem menor vazão, limitam a alta, assim como temos de uma recessão mundial e o reposicionamento dos Traders antes do relatório de oferta e demanda do USDA
que sairá na próxima quarta-feira.

A SOJA NÃO ESTÁ TENDO BOM DESEMPENHO NESTE ANO: Os preços da soja estão tendo um desempenho pífio (e tendem a piorar) neste ano de 2022, como mostra a tabela ao lado. Sua evolução foi de apenas 2,86% de janeiro a outubro, contra 23,73% do frango, 17,65% do suíno, 14,74% do milho e 13,16% do trigo.

As causas são o grande aumento da produção nacional e mundial, como mostramos acima e a queda do dólar, de 6,52% no mesmo período, que não ajudou a elevar o preço da oleaginosa. Como resultado, veja-se as tabelas de cada um dos estados abaixo, que mostram perfeitamente que os preços da soja só se enfraqueceram mês a mês, sem nenhuma chance de recuperação.

Mas, isto tudo poderia ter sido evitado se, tão logo os produtores tivessem recebido as primeiras notícias de aumento de áreas no Brasil e nos EUA, tivessem fixado preços lucrativos no mercado futuro.

BRASIL AUMENTA PRODUÇÃO DE SOJA: A CONAB do Brasil espera que a produção de soja 22/23 aumente 21% em maior área e melhores rendimentos em relação ao ano passado para 152 MT. Esta também é a estimativa média do mercado para os dados mensais do WASDE, que deverá ser divulgado na próxima quarta-feira.

ESTIMATIVAS PRÉ-WASDE: Antes dos relatórios do USDA da próxima quarta-feira, os entrevistados esperam que o USDA aumente os rendimentos da soja em 0,1 bpa (6,73 kg/hectare) em média. A gama completa de números publicados está entre 49,8 bpa (3.349,1 kg/hectare) e 51,3 bpa (3.449,98 kg/hectare). Os analistas estimam a produção entre 70 mbu (1,90 MT) abaixo e 85 mbu (2,31 MT) acima do valor de setembro do USDA, com um palpite comercial médio de 4,38 bbu (119,20 MT). Espera-se que o estoque final de soja aumente 45 mbu (1,22 MT) para 244,8 (6,66 MT) em média, refletindo principalmente o estoque maior do que o esperado do relatório de Estoques de Grãos.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Preços sobem R$ 1/saca com maior demanda externa

Prêmios continuaram a subir por mais essa sexta-feira e melhoraram o humor do mercado, que marcou valorização de US$ 0,40 por bushel em Chicago durante toda a semana, assim impedindo que os preços fossem mais impactados diante da constante desvalorização em Chicago. Ademais, o baixo calado do rio Mississipi impede o transporte de soja pelo lado dos EUA, mantendo assim a demanda mundial pesada sobre o Brasil.

No porto o melhor momento trouxe preços de R$ 183,50 para meados de outubro, marcando alta de R$ 1,00/saca em relação a ontem. No interior assim como no porto, todos as posições marcaram alta de R$ 1,00/saca em relação as últimas indicações. Essa variação levou Ijuí para R$ 176,00, Cruz Alta para R$ 177,50, assim como Passo Fundo e Santa Rosa, por fim, para R$ 176,00.

SANTA CATARINA: Preços sobem expressivamente, nada de negócios

Porto de São Francisco do Sul em Santa Catarina passa por um dia de ganhos expressivos de R$ 6,00/saca para dezembro, o que levou o preço a R$ 185,00. Apesar das altas, não ocorreram novos negócios, com os preços ainda distantes das ideias do produtor, que não se vê pressionado pelas atuais ofertas, algo relativamente preocupante diante da espera da oferta norte americana que está por vir.

PARANÁ: Dia de valorizações de R$ 6/saca, mas, ainda sem negócios

Paraná segue na mesma situação em que esteve no mês passado por inteiro: o produtor está extremamente recuado, as fábricas lidam com margens negativas e se retiram e as tradings não tem razão para oferecer valores mais altos diante da enorme oferta de soja mundial. Com isso, o produtor segue basicamente sem vendas, negociando apenas volumes pequenos e estritamente. A altas que ocorrem seguem sendo motivadas pelos prêmios que tem se fortalecido e hoje também a um aumento de Chicago. O complexo de soja fechou com a soja grão a +0,57%, farelo +2,09%, óleo a +1,12%. O dólar, por sul vez, subiu ao variar +0,05% e ir a R$ 5,2125.

PREÇOS NO PORTO FUTUROS: os preços de todos os contratos marcaram alta de R$ 6,00/saca, com isso os preços foram a R$ 184,00 para 28/10, R$ 185,00 para 30/11 e R$ 186,00 para 15/12.

PREÇOS NO INTERIOR: por aqui todas as regiões marcaram altas, com Ponta Grossa subindo de forma mais expressiva em R$ 5,00/saca, mais emparelhada ao porto e indo a R$ 181,00. Quanto as demais posições, as altas foram de R$ 2,00/saca, isso fez com que Cascavel e Maringá fossem a R$ 162,00 e Pato Branco fosse a R$ 161,00.

MATO GROSSO DO SUL: Dia ausente de mudanças, nada de negócios

Dia de apatia no mercado, conjuntura interna do Estado segue negativa, mas, mesmo diante das valorizações do mercado internacional, nenhuma mudança ocorreu. Normalmente pequenas baixas têm sido vistas pelo Estado, mas hoje foi um dos dias sem mudanças. Ainda assim, a saca segue R$ 10,00/saca abaixo dos valores da última semana, mantendo o mercado totalmente lateral. Vamos aos valores de soja: Dourados e Campo Grande foram a R$ 166,00. Maracaju foi a R$ 165,00. Sidrolândia a R$ 163,00. Chapadão do Sul, por fim, ficou a R$ 164,00.

MATO GROSSO: Dia de altas

Os últimos dados trazidos para este Estado com os valores que serão vistos abaixo e na tabela ao lado. Esse mercado foi marcado por altas, com valorizações expressivas para a maioria das regiões analisadas. Vamos aos preços: Campo Verde a R$ 162,00 após alta de R$ 5,10/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 159,00, marcando alta de R$ 3,30/saca e voltando aos níveis anteriores as eleições. Nova Mutum a R$ 155,00, mantendo-se. Primavera do Leste a R$ 161,00, ganhando R$ 1,80/saca. Rondonópolis, por sua vez, a R$ 162,30 ao se valorizar em R$ 0,30/saca. Sorriso, por fim, a R$ 153,50 ganhando R$ 3,00/saca.

MATOPIBA: Dia ausente de novos movimentos

Região de Balsas no Maranhão traz cotações com mercado em manutenção, com isso, o preço se manteve R$ 163,70. O Porto Franco-MA marcou manutenção, com o preço continuando a R$ 160,50. Porto Nacional-TO, por sua vez teve seu preço mantido a R$ 158,00. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 165,00, sem se movimentar. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 157,00 marcando também manutenção e com maio de 2023 a R$ 149,00, marcando manutenção.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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