RIO GRANDE DO SUL: Porto marca preços R$ 2,00/saca mais altos, demais regiões permanecem estáveis
A esta altura, como sequência de uma lenta debandada do mercado, os negócios não mudam, e, portanto, outro dia extremamente lento foi visto, com produtor vendendo da mão para a boca e preços no geral estáveis. Apenas no porto foi visto resultado da alta de Chicago para a soja. As quantidades negociadas fazem referência a um valor muito pontual, apenas de manutenção ficando em torno de 5.000 toneladas, o que, embora não seja muito, já é melhor do que ontem.
Quanto aos preços de pedra, ocorreu nova queda de R$ 1,00/saca, indo a R$ 156,00, dando continuidade a tendência prevista na segunda-feira, que é de queda para todos os mercados. Ademais, nos lotes, os preços nos melhores momentos foram os seguintes: R$ 170,50 porto para FÁBRICA entrega dezembro e pagamento em dezembro; Cruz Alta para FÁBRICA a R$ 165,50; Passo Fundo para FÁBRICA R$ 164,00; Ijuí para FÁBRICA R$ 166,00; Santa Rosa e São Luiz Gonzaga para FÁBRICA R$ 167,00. De forma resumida, as fábricas dominaram o mercado.
SANTA CATARINA: Preços sobem um pouco e negócios saem acima do valor de mercado
De forma inesperada, Santa Catarina foi capaz de efetuar negócios no dia de hoje e melhor do que de costume, visto que os volumes ainda pontuais foram acima do preço de mercado. As cotações seguem sendo R$ 167,00/saca para este mês, os negócios feitos, no entanto foram a R$ 170,00/saca para entrega janeiro e pagamento em março e o que de fato andou a R$ 167,00/saca foram outros negócios para retirada imediata e pagamento no começo de fevereiro, mostrando clara vontade do produtor de se livrar de seus escassos volumes. Não se sabe ao certo quanto foi negociado, mas estima-se que algo por volta de 600 toneladas.
PARANÁ: Paraná continua queda, portos perdem R$ 2,00/saca
De forma a dar continuidade à ótica baixista, os preços em Paranaguá e Ponta Grossa caíram em outros R$ 2,00/saca, na semana passada havia ocorrido uma queda de R$ 6,00/saca e, na segunda-feira, o valor recuperado foi de exatamente R$ 6,00/saca.
No entanto, ontem se perderam R$ 2,00 e hoje outros R$ 2,00, demonstrando que o mercado tende a alcançar novamente o fundo visto na sexta-feira passada, mas, desta vez, sem força para subir de forma repentina, visto que a queda foi mais progressiva e já ocorreram as realizações de lucro possíveis nesse período.
Os preços da soja em Chicago passaram por um dia de alta, de 0,90%, o dólar por sua vez continuou seu movimento de subida que foi iniciado na sexta-feira passada e subiu outros 0,49%. Por estes valores deveria ter ocorrido alta, mas neste ponto do ano entra um fator novo, chamado Imposto de Renda.
Paranaguá 2022:
- Entrega de 01/01 a 10/01/22 com pagamento em 04/04/22 | R$ 162,80;
- Entrega de 01/02 a b15/02/22 com pagamento em 04/04/22 | R$ 159,30;
- Entrega de 01/03 a 30/03/22 | pagamento em 02/05/22 | R$ 158,90;
- Entrega de 01/04 a 30/04/22 com pagamento em 31/05/22 | R$ 160,20;
- Entrega de 01/05 a 30/05/22 com pagamento em 30/06/22 | R$ 162,40.
SOJA MS: Novas quedas de R$ 2,00/saca, mercado permanece parado
Chegamos à quarta-feira e o mercado não reagiu, em fato apenas perdeu força e a tendência é que prossiga dessa forma, como não há pressão nenhuma para novos negócios os preços passam a ser afetados apenas simbolicamente, se ocorrer de alguém querer fazer negócio, estará vendendo por aquele valor, mas a chance é baixa. A esta altura a soja disponível deve estar em quantidade muito pequenas, estima-se que por volta de 400.000 toneladas ainda estejam disponíveis.
Ademais, o produtor buscará dar atenção ao campo que com as últimas chuvas tornou-se mais adequado para dar a continuidade as plantações. Nada foi feito em negócios.
SOJA MG: Nada de ofertas em Minas Gerais, preços parados
Em Minas Gerais os negócios seguem parados, como as quantidades disponíveis no Estado são muito baixas, aparentemente os níveis de interesse não aumentam por parte do produtor. Neste período sempre se encontra alguém que compre, mas com volumes a ser taxados e já marcando perda de lucro por terem sido segurados não sobra muito o que fazer, o produtor segura e reza que haja outra oportunidade ao fim do ano comercial, se isso não ocorrer espera-se o próximo.
É importante lembrar que a ocorrência das sacas a R$ 180,00 em outubro do ano passado foi extremamente atípica. Estes volumes deviam ter sido vendidos há 6 meses.
Fonte: T&F Agroeconômica