RIO GRANDE DO SUL: Mercado abre semana com novas vendas, preços sobem R$ 2,00/saca
Novo dia, mesmo mercado. A força das tradings segue aumentando e sua concorrência diante das fábricas se destaca. Agora deveríamos estar passando para um período de maior dominância das fábricas, porém as tradings teimam em buscar mais volumes e manter viva a força exportadora. Os preços de pedra se mantiveram nos níveis de ontem a R$ 159,00, estando R$ 2,00/saca acima dos valores de semana passada.
Os movimentos de hoje foram de cunho baixista e quanto maior a dependência com o mercado exterior, maior o efeito de tais perdas. As quedas em Chicago para a soja in natura alcançaram a ordem de 0,75%, nesta terça-feira, com as demais modalidades da soja acompanhando a perda de forma ainda mais profunda, como o farelo -0,77% e o óleo de soja que caiu 1,49%. Se entende que o motivo da dificuldade de as fábricas permanecerem competitivas está nas quedas destes subprodutos, de forma que as fábricas que se sustentam em base do valor extra adquirido se veem pouco competitivas.
Por fim, nos lotes os preços em seus melhores momentos foram os seguintes: R$ 175,00 porto para TRADING entrega dezembro e pagamento em dezembro; Cruz Alta para tradings R$ 170,00; Passo Fundo para fábricas R$ 171,00; Ijuí para fábricas R$ 169,50; Santa Rosa e São Luiz Gonzaga para fábricas R$ 171,00. Ao todo, cerca de 6.000 toneladas foram negociadas e o domínio do mercado foi bastante dividido entre as fábricas e tradings.
SANTA CATARINA: Preços permanecem nos níveis de ontem, nada de negócios
Mercado segue nos níveis anteriores, sem mais indicações ou negócios ocorrendo. Os preços para a os subprodutos da soja, farelo ou óleo, têm encontrado dificuldade em permanecer competitivos e, por esse motivo, a demanda é quase que exclusivamente externa, vinda das tradings que, não estão em ótima situação, distante das ideias do produtor em cerca de R$ 10,00 a mais por saca. Além disso, a quantidade de soja disponível no estado é muito pequena. Muitos produtores estão focados no campo com as chuvas mais consistentes que ocorreram e não precisam de fato de vendas para agora, pois
já conseguiram capitalizar bastante meses atrás.
PARANÁ: Paraná marca perdas de até R$ 2,00 para o interior, porto permanece igual
Paraná segue com os olhos voltados para o campo, não havendo muito interesse no mercado. Os preços foram mantidos nos níveis anteriores para os portos e caíram em 1,27% nas regiões do interior, novamente, como reflexo das quedas de valor dos subprodutos da soja.
Como as regiões do interior lidam melhor com a demanda interna, o quanto as indústrias estão dispostas a pagar é o que reflete nos preços da soja in natura e, não havendo viabilidade para eles, os negócios param e os preços caem. O produtor segue à espera de preços a R$ 180,00 para reentrar no mercado, abaixo disso há pouquíssimo interesse, embora os valores se afastem cada vez mais. Ademais, os preços da soja em Chicago passaram por um dia de baixa, marcando perda de 0,75%, o dólar caiu 1,26%.
- Futuros 2022: R$ 165,00 pagamento 11/04/22 com entrega em março/22; R$ 165,60 pagamento 29/04/22 com entrega em abril/22; R$ 168,00 pagamento 31/05/22 com entrega em maio/22; R$ 170,70 pagamento 30/05/22 com entrega em junho/22.
MATO GROSSO DO SUL: Mercado parado, nada de preços ou negócios
Chegamos à terça-feira e o mercado não mudou em absolutamente nada, não houve mudança nos preços e nem novos negócios. Ademais, o foco principal definitivamente se encontra nas plantações, com a melhora do tempo que ocorreu na semana passada, sobrou uma considerável margem para dar continuidade ao plantio e por conta disso o mercado fica um tanto morno.
Aparentemente boa parte dos produtores já está finalizando o ano para negócios e não pretende voltar se não houver uma melhora considerável nos preços, o que na procedência dos negócios parece improvável a esses pontos.
MINAS GERAIS: Nada de ofertas em Minas Gerais, mercado segue o mesmo
Minas gerais é um mercado específico, com condições meio a parte dos demais estados. Para começar, no começo do ano os produtores já haviam vendido 95% da soja do Estado, isto até o sexto mês, os outros 6 meses até agora foram um processo lentíssimo, quase parado de eliminação de cerca de outros 1% do total da safra 2020/2021.
O produtor do estado sofreu muito por pensamentos sem muita base teórica, que os fez pensar que 2021 seria como 2020 e acabaria o ano com sacas a R$ 180,00. A T&F Agroeconômica, já indicava em maio que o mais longe que esses volumes deveriam ir seria junho, o produtor que insistiu em guardar já perde consideravelmente, em especial em forma de aplicações financeiras. O resultado de agora é um mercado totalmente imóvel, parado até o próximo rally.
Fonte: T&F Agroeconômica