FECHAMENTOS DO DIA: O contrato de soja para setembro22 fechou em queda de 0,54% ou $ 5,25 cents/bushel a $1561,50. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em queda de 0,49%, ou $ 7,25 cents/bushel a $ 1462,25. O contrato de farelo de soja para setembro fechou em queda de 0,47% ou $ 2,5/ton curta a $ 465,0 e o contrato de óleo de soja para setembro fechou em queda de 2,21% ou $ 0,82 libra-peso a $ 68,12.
CAUSAS DA QUEDA DE HOJE: Realização de lucros após forte alta de preços nas últimas 2 sessões. Preços disponíveis fracos, operaram na mesma direção. De qualquer forma, as pesquisas de campo transmitem incertezas do lado da oferta. As contagens de vagens nos estados de Indiana e Nebraska ficaram abaixo dos recordes do ano passado e há temores de um volume de produção abaixo do esperado. As vendas para a China para a nova temporada forneceram suporte.
PRO FARMER – MENOR PRODUÇÃO EUA: O segundo dia do Pro Farmer’s Crop Tour mostrou que a contagem de vagens de soja no estado do Nebraska era de 1.063 em um quadrado de 3×3′. Em Indiana, a contagem de vagens foi de 1.166. No ano passado, as contagens de vagens Nebraska foram de 1.226 e Illinois foi de 1.240. Após o levantamento de campos em S.E. Dakota do Sul ontem, o Pro Farmer anunciou uma contagem média de 792,5 (amostras de 408 a 1143) em um quadrado de 3×3′. Em Ohio, a contagem de vagens de soja foi em média 1.131 em um quadrado de 3×3′.
EUA – NOVAS VENDAS CHINA: A China adicionou mais 517 mil toneladas de novos grãos aos livros, de acordo com uma venda de exportação privada confirmada pelo USDA nesta manhã.
NA CHINA FARELO E ÓLEO EM ALTA: Na semana o farelo em Dalian subiu mais de 6% e os óleos mais de 5%. Os basis da soja importada CFR China para novembro continuam caindo, graças ao frete mais barato. As margens ainda estão negativas, mas estão melhorando. As processadoras compraram por volta de 2 milhões de toneladas de soja nos últimos dias, reduzindo as necessidades de cobertura para a janela de setembro a janeiro. Rumores no mercado de 5 navios vendidos para a China na última terça-feira, sendo 2 nos EUA para outubro, 2 no Brasil e 1 na Argentina para outubro e para safra nova. As processadoras na China venderam nas últimas semanas mais ou menos 2 milhões de toneladas de farelo para entrega de outubro a janeiro com margens positivas (incluindo basis).
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Alta de R$ 1,50/saca em todas as regiões e de R$ 1/saca no balcão
MERCADO LOCAL: Mercado segue volátil, de olho no clima americano, e no Crop Tour nos EUA. Durante o preção de hoje, teve boas altas, mas, depois, fechou no vermelho. Volumes de 20.000 tons reportados hoje no RS. Tradings e fábricas disputam lote a lote as ofertas que aparecem. No interior, Fábricas e trading disputaram em condições iguais as raras ofertas que havia. R$ 190,50 FOB Cruz Alta para meados de setembro, alta de R$ 1,50/saca. R$ 189,50 FOB Passo Fundo para meados de setembro, alta de R$ 1,50/saca R$ 189,50 FOB Ijuí para meados de setembro, alta de R$ 1,50/saca. R$ 188,00 FOB Santa Rosa e São Luiz Gonzaga para meados de setembro, alta de R$ 1,50/saca.
- EXPORTAÇÃO: No porto, no melhor momento, os preços foram de R$ 195,50 para o final de setembro, alta de R$ 2/saca.
- PREÇOS DE BALCÃO, em Panambi, subiram para R$ 174,00 ao produtor.
SANTA CATARINA: Preços em alta, mas nada de negócios
Porto de São Francisco do Sul em Santa Catarina marca pequena alta de R$ 0,50/saca, levando o preço a R$ 192,50 para 30/09. Embora a diferença pareça pequena, isso foi apenas reflexo da alta volatilidade do dia, em alguns momentos os preços chegaram a alcançar a marca de R$ 195,50 no porto, mas tais níveis não foram aproveitados pelo produtor e posteriormente ninguém teve interesse em vender a níveis mais baixos.
PARANÁ: Dia de poucos movimentos para curto prazo, vendas para dezembro chegaram a R$ 200/saca
Diante da alta volatilidade no mercado de grão internacional, todas as regiões aqui estudadas reagiram de forma muito semelhante no dia de hoje. No caso do Paraná, após muito tempo em escoamento mínimo, boas vendas foram efetuadas, o volume exato parece incerto, mas sabe-se que foi bastante considerável, com a oferta vindo especialmente de Campos Gerais. Os preços durante a manhã estiveram cerca de R$ 4,00/saca acima dos vistos na tabela e foram bem aproveitados pelas cooperativas. Há de se notar, no entanto, que a maior parte das vendas efetuadas foram para meses mais distantes, em especial para dezembro que chegou a R$ 200,00/saca. As variações do complexo de soja na CBOT, porém, foram negoaativas, nesta quarta-feira, o que mostra que as elevações de preço foram sustentadas pelo mercado interno. Em Chicago a soja grão fechou a -0,54%, farelo -0,47%, óleo a -2,21%. O dólar, por sua vez, subiu um pouco ao variar +0,23% e ir a R$ 5,1112.
- PREÇOS NO PORTO FUTUROS: não marcou variações e segue a R$ 192,00 para 05/09, R$ 193,00 para 05/10 e R$ 194,00 para 04/11.
- PREÇOS NO INTERIOR: marca ganhos parciais. Ponta Grossa segue parada em R$ 187,00, mas as demais posições se
valorizaram em R$ 1,00. Isso levou Cascavel e Maringá a R$ 167,00 e Pato Branco a R$ 166,00.
MATO GROSSO DO SUL: Dia sem variações, nada de negócios
Mato Grosso do Sul passa por mais um dia de apatia, com respostas divididas entre exageros e atrasos às cotações. No caso de hoje, mesmo diante da enorme volatilidade dos valores na CBOT, poucas mudanças foram registradas e com a pequena oposição da moeda norte americana ao fim do pregão o dia acabou sem gerar movimentos. Ademais, vamos aos preços de soja: Dourados, Maracaju e Sidrolândia seguem a R$ 177,00, R$ 176,00 e R$ 175,00. Campo Grande e Chapadão do Sul seguem respectivamente a R$ 177,00 e R$ 173,00.
- CUSTO DE PRODUÇÃO: O custo para produzir soja em Mato Grosso do Sul na safra 2022/23 deve ser 26,6% maior em relação à temporada anterior, segundo o setor econômico da Aprosoja/MS. A estimativa é de um gasto de R$ 6.860,08 por hectare. O cálculo leva em consideração despesas diretas e indiretas, custos fixos e variáveis, diz a associação em nota. “O custo variável que engloba insumos como sementes, fertilizantes, fungicidas, herbicidas e inseticidas é o maior responsável pelo aumento, com participação de 91,17% no custo total. Na conversão para saca, o custo representa cerca de 43 sacas por hectare, ao preço de R$ 160,00”, diz.
MATO GROSSO: Altas expressivas entre R$ 2-2/saca
Os últimos dados trazidos, com os valores que serão vistos abaixo e na tabela ao lado, esse mercado foi dividido, com o dólar marcando uma baixa relevante de 1,30% e Chicago marcando altas bem expressivas em 2,85% para soja grão. As demais variações de soja foram óleo a +1,29% e farelo a +1,45%. Vamos aos preços: Campo Verde a R$ 167,30 após valorização de R$ 1,60/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 162,30, após se valorizar em R$ 3,30/saca. Nova Mutum a R$ 167,50 após valorização de R$ 1,00/saca. Primavera do Leste a R$ 170,00 após se valorizar em R$ 0,50/saca. Rondonópolis, por sua vez a R$ 172,50 após alta de R$ 1,00/saca. Sorriso, por fim, a R$ 166,50 após ganho de R$ 1,00/saca.
MATOPIBA: Altas parciais, mercado lento
Região de Balsas, no Maranhão traz novas cotações com preço a R$ 170,00, marcando valorização de 4,00/saca. O Porto Franco-MA permaneceu a R$ 167,00. Porto Nacional-TO, por sua vez, permaneceu a R$ 148,40, sem variações. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 165,00. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 170,00 marcando ótima alta de R$ 3,00/saca e com maio de 2023 a R$ 151,00, ao subir R$ 1,00/saca.
Fonte: T&F Agroeconômica