FECHAMENTOS DO DIA 13/03: O contrato de soja para março23 fechou em baixa de -0,86% ou $ -13,00 cents/bushel a $ 1500,00. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em baixa de -1,05%, ou $ -15,75 cents/bushel a $ 1491,25. A cotação de maio24 fechou em baixa de -1,13% ou $ -15,25 cents/bushel a $ 1336,75. O contrato de farelo de soja para março fechou em baixa de -1,32% ou $ -0,10/ton curta $ 492,2 e o contrato de óleo de soja para março fechou, em baixa de -1,35% ou $ -0,76/libra-peso a $ 55,34.

CAUSAS DA QUEDA: A soja foi à commodity mais afetada pela crise financeira no sistema bancário americano. O mercado ficou assustado com a situação e tenta avaliar possíveis implicações de demanda por alimentos e combustíveis, dois fatores fundamentais para a soja.

NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA 13/03

ZERO ENTREGAS: Houve zero entregas contra o farelo de março mais uma vez, com o mais antigo datado de 27 de fevereiro. Foram 20 contratos assinados contra o óleo de soja de março, todos interrompidos por um cliente da Dorman. Um cliente do JPM fechou 50 contratos contra soja de março, com a Bunge no final de todos eles.

EUA-EXPORTAÇÕES SEMANAIS 12,02% MAIORES: O relatório semanal de inspeções de exportação do USDA mostrou embarques de soja de 618.803 MT (22,74 mbu) durante a semana encerrada em 9/3, alta de 12,02% em relação à semana passada, mas ainda caiu 22,5% em relação à mesma semana do ano passado. A China foi o principal destino com 152.800 MT, com o México (127.391 MT) e a Alemanha (126.625 MT) lutando pelo segundo lugar. As inspeções de exportação acumuladas no ano são agora de 43.329 MMT (1.592 bbu), o que é 2,5% maior vs. ano passado.

BRASIL-COLHEITA 52% CONCLUÍDA: A colheita da soja no Brasil está agora 53% concluída, de acordo com a AgRural, um aumento de 10% na semana. Isso ainda é uma queda de 11% em relação ao mesmo período em 2022.

ARGENTINA-IMPORTAÇÕES DE SOJA: Nesta safra de 2022/23a Argentina deve importar pelo menos 10 milhões de toneladas de soja para garantir uma disponibilidade mínima de mercadoria e manter um nível crítico de atividade e exportações agroindustriais. Considerando um estoque inicial de 3,97 milhões de toneladas e uma produção – estimada pela Bolsa de Rosário– de 27,0 milhões de toneladas para 2022/23, seriam necessários 10 milhões de toneladas do Paraguai, Brasil e, em menor escala, Uruguai e Bolívia, garantir uma disponibilidade mínima de mercadorias de quase 41 milhões de toneladas contra uma oferta total de 53,5 milhões em 2021/22.

Supondo um consumo interno (semente + quebra) de 4,80 milhões de toneladas e exportação de soja de no máximo 2,0 milhões, sobrariam cerca de 34 milhões de toneladas para moer, o que representa o mínimo necessário para continuar abastecendo os clientes externos regulares de farelo de soja e óleo. Nesse cenário, a Argentina ficaria praticamente sem reservas internas de soja ao final da campanha 2022/23, o que implicaria que o país teria que gerar uma “supersafra” de soja em 2024 para recompor os estoques. Conseguirá? Quais as implicações para o próximo ano?

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Quedas gerais de até R$ 2,50/saca, negócios seguem parados

CONTEXTO DO DIA: As grandes filas em Paranaguá estão fazendo com que algumas tradings precisem virar navios que originalmente seria para lá, para Rio Grande. Com isso, ocorrem dois eventos: a) Acabam saindo mais negócios de soja no PR e MS, destinadas a Rio Grande. b) Traders tentam comprar alguma posição de soja velha no RS, puxando preços para patamares que não fazem sentido para uma conta normal de exportação. Mas a conta passa a ser preço local x eventual demurrage. NO PORTO: a indicação de preço para pagamento em março é de R$ 174,00 sobre rodas no melhor momento. Isso representa alta de R$ 3,00/saca. NO INTERIOR: nas cidades de Cruz Alta e Ijuí os preços foram respectivamente de R$ 165,00 marcando alta de R$ 1,50/saca e R$ 166,00, marcando baixa de R$ 2,00/saca. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz os preços marcaram queda de R$ 2,00/saca e foram a R$ 166,00. Em Passo Fundo, por fim, o preço permaneceu a R$ 164,00.

SANTA CATARINA: Queda de R$ 2,00/saca no porto, sem mais negócios

CONTEXTO DO DIA: Preços continuam marcando quedas consecutivas enquanto pressionados pela oferta crescente e quedas dos prêmios. Neste período de preços mais baixos, poucos negócios são efetuados mais ao sul. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 167,50 para março com entrega ainda em março, marcando queda de R$ 2,00/saca.

PARANÁ: Preços divididos, negócios seguem parados

CONTEXTO DO DIA: com os atrasos causados por filas no porto de Paranaguá, negócios seguem bastante lentos por esse momento, em breve devem passar por aumeto expressivo, mas isso ainda não ocorreu. Além disso a chuva segue atrasando o trabalho de campo e começando a gerar preocupações com doenças na safra. NO PORTO: cif Paranaguá a R$ 167,00 com pagamento em 30/03 e entrega em fevereiro marcando aumento de R$ 1,00/saca. NO INTERIOR: o mercado de soja spot registrou alta de R$ 1,00/saca em Ponta Grossa, o que levou seu preço a R$ 166,00. Nas demais posições de Cascavel, Maringá e Pato Branco, ocorreu queda de R$ 2,00 e R$ 3,00 por saca. Os preços foram respectivamente de R$ 151,00, R$ 151,00 e R$ 150,00. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 157,00, marcando alta de R$ 2,00/saca.

SAFRA 2023: há uma indicação de preço nominal de R$ 166,00 posto Ponta Grossa para entrega em março/abril e pagamento em maio de 2023, mostrando o mesmo valor visto sexta-feira. Enquanto no porto, a indicação é de R$ 168,00 posto Paranaguá para entrega em fevereiro/março e pagamento em abril de 2023, mostrando manutenção. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja marcou predominantemente variações negativas, com o grão de soja passando por baixa de -0,86%, o farelo caindo em -1,32% e o óleo em baixa de -1,35%. Já o dólar se valoriza de forma relevante em 1,16%, sendo cotado a R$ 5,2688 ao fim do pregão.

MATO GROSSO DO SUL: Dia ausente de variações, negócios parados

CONTEXTO DO DIA: mercado segue lento após o escoamento de volumes muito expressivos no começo da semana passada. Os volumes negociados passavam de 50.000 toneladas, o que não é extraordinário para contextos melhores, mas se mostra muito fora da curva para esse momento de apatia do mercado. PREÇOS DE HOJE: completa ausência de variações – em Dourados, os preços foram cotados a R$ 154,00, em Maracaju a R$ 153,00, em Sidrolândia a R$ 152,00, em Campo Grande a R$ 154,00 e em Chapadão do Sul a R$ 151,00.

MATO GROSSO: Preços em quedas gerais de R$ 1,00/saca, poucos negócios

CONTEXTO DO DIA: mercado de Mato Grosso se vê fortemente travado diante das chuvas e dos preços pouco competitivos, a safra praticamente concluída e o produtor muito bem capitalizado fazem com que não exista necessidade de escoar volumes nos preços atuais. A pressão da demanda se mostra crescente com os problemas logísticos enfrentados no Paraná, mas o escoamento presente ainda é lento sem volumes específicos a se destacar. PREÇOS PRATICADOS: todas as regiões marcaram baixa de R$ 1,00/saca. Com isso, Campo Verde a R$ 147,00. Lucas do Rio Verde a R$ 144,00. Nova Mutum a R$ 144,00. Primavera do Leste a R$ 147,00. Rondonópolis a R$ 147,00. Sorriso a R$ 147,00.

MATOPIBA: Alta expressiva de R$ 6,50/saca em Balsas

CONTEXTO DO DIA: o avanço da safra segue sem pressa para ser terminado, a maior parte das regiões do complexo de MATOPIBA lidam com boas condições e esperam boa produtividade e com isso não há necessidade de muita preocupação com negociações agora. PREÇOS PRATICADOS: Em Balsas, Maranhão, as cotações fecharam em R$ 151,50, marcando alta de R$ 6,50/saca, valorização bastante fora de contexto cuja causa específica não pode ser constatada. No Porto Franco-MA o preço segue a R$ 153,00. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço ficou a R$ 147,90. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 160,00 sem variar. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 148,00, com alta de reajuste de R$ 1,00/saca.

Fonte: T&F Agroeconômica



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