FECHAMENTOS DO DIA 14/02: O contrato de soja para janeiro23 fechou em queda de 0,34% ou $ 5,25 cents/bushel a $ 1537,50. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em queda de 0,39%, ou $ 6,0 cents/bushel a $ 1530,0. A cotação de maio24 fechou em queda de 0,24% ou $ 3,25 cents/bushel a $ 1368,25. O contrato de farelo de soja para março fechou em queda de 0,59% ou $ 3,0/ton curta $ 501,0 e o contrato de óleo de soja para março fechou, em alta de 0,43% ou $ 0,26/libra-peso a $ 60,40.
CAUSAS DA QUEDA: Realização de lucros após atingir máximos de 5 meses. Além disso, a safra pode seguir em bom ritmo no Brasil, trazendo um volume recorde de mercadorias. As chuvas para a Argentina são monitoradas de perto. Estima-se que em algumas áreas poderia aliviar a situação, enquanto em outras seria insuficiente.
NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA 14/02
EUA-ESMAGAMENTO DE SOJA: Analista estima média de 181.656 mbu (4,94 MT) para o esmagamento de soja de janeiro pelos membros do NOPA. Isso seria superior ao baixo valor de dezembro, mas ainda 0,3% menor ano/ano. A faixa completa de estimativas de esmagamento NOPA em uma pesquisa limitada vai de 176,98 (4,82 MT) a 187 mbu (5,09 MT).
ANEC REDUZ PROJEÇÕES DE EXPORTAÇÃO DE SOJA E ELEVA DE FARELO EM FEVEREIRO: A Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec) reduziu levemente sua estimativa de exportação de soja em fevereiro, da faixa de 7,600 a 9,693 milhões de toneladas previstas na semana passada para o intervalo de 7,600 a 9,390 milhões de toneladas. O teto da projeção, se confirmado, vai superar o que foi embarcado em fevereiro do ano passado, de 9,113 milhões de toneladas, e também o exportado em janeiro deste ano, de 944,385 mil toneladas da oleaginosa, de acordo com a Anec.
Já para o farelo de soja, a entidade elevou sua projeção, de 1,740 milhão de toneladas há uma semana para 1,860 milhão de toneladas agora. O volume supera o total de 1,572 milhão de toneladas exportadas em fevereiro de 2022 e também o de 1,409 milhão de janeiro deste ano. Na semana de 5 a 11 de fevereiro, saíram dos portos brasileiros rumo ao mercado externo 1,692 milhão de toneladas de soja, 234,460 mil toneladas de farelo de soja. Para a semana de 12 a 18 de fevereiro, a Anec estima que sejam enviados ao exterior 2,753 milhões de toneladas de soja, 643,778 mil toneladas de farelo de soja.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Preços seguem em queda, negócios parados
Mercado de soja do RS passa por mais enfraquecimento no porto e no interior, dando continuidade aos movimentos vistos nas últimas sessões. Preços de soja internacionais marcam pequena queda e dólar volta a se valorizar, mas sem força o suficiente para manter o mercado em alta. De forma geral o Estado segue com preços marcando poucos movimentos, sempre havendo oposição da parte do dólar ou de Chicago, quando um sobe o outro cai e vice versa.
NO PORTO: Em comparação com os preços de ontem, a saca de soja foi oferecida por R$ 180,00 (perda de R$ 1,00/saca) no porto de Rio Grande. NO INTERIOR: da mesma forma que no porto, preços passam por queda de R$ 1,00/saca e com isso foram de R$ 175,00 em Ijuí, R$ 176,00 em Cruz Alta, R$ 175,00 em Passo Fundo e R$ 175,00 em Santa Rosa. A preocupação com a falta de chuvas na região segue sendo fator determinante na comercialização, mas com a recuperação de preços, o produtor volta a olhar com mais atenção para o mercado. Embora as últimas três sessões contando com a de hoje tenham marcado somadas R$ 4,00/saca de perda para o porto, os preços seguem a nível considerado adequado para algum escoamento mínimo, mas sem pressa por parte do produtor que se mostra defensivo.
SANTA CATARINA: Preço marca queda de R$ 0,50/saca no porto, sem negócios efetuados
Preços passam por dia de baixa em resposta a Chicago, mas dessa vez com intensidade bem baixa. Os preços em Santa Catarina passavam por bom momento até semana passado onde alguns negócios relativamente altos para região foram efetuados, mesmo quando a maioria das regiões não marca movimentos, parte do que garante esses movimentos certamente é o conforto em relação a clima e estoque da região. Hoje a baixa foi bastante inexpressiva, chegando a R$ 0,50/saca até a segunda parte do pregão, com isso o escoamento continua foi parado, com os últimos volumes sendo as pequenas 300 toneladas de ontem. Preços no porto de São Francisco do Sul a R$ 173,50 hoje.
PARANÁ: Perdas gerais de R$ 1,00/saca, sem negócios efetuados
O mercado de soja paranaense de hoje apresentou desvalorizações gerais de até R$ 1,00/saca que assim como visto nas demais regiões, surgiu especialmente em resposta de Chicago que se enfraqueceu consideravelmente hoje. Os negócios permaneceram muito parados por um longo período no Paraná e ainda pode-se considerar que esta parado, mas sempre que aparece um produtor disposto a efetuar vendas, vende por bons preços. Hoje nenhum negócio foi efetuado e além das quedas de preço, parte da razão é o avanço da colheita de milho, que ainda esta no começo, mas nesse momento de preços “baixos” chama a atenção do produtor. Importante notar que chuvas tem ocorrido com frequência no Estado e isso traz maior segurança ao produtor em relação a soja, mas também faz com que os processos no campo se atrasem.
NO PORTO: houve desvalorização de R$ 1,00/saca para pagamento 30/03 e entrega ainda em fevereiro, o que levou seu preço mais próximo a R$ 176,00. Para 30/04 basta somar R$ 2,00/saca a mais para R$ 178,00. NO INTERIOR: Em Ponta Grossa, o preço da soja caiu R$ 1,00 por saca, fazendo-o ir a R$ 172,00 e o colocando novamente na posição que esteve no começo de semana passada, consideravelmente atrás do porto.
Além disso, as demais regiões passaram por desvalorização unitária, com Cascavel e Maringá cotadas a R$ 160,00 e Pato Branco acompanhando de perto a R$ 159,00. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja marcou alta muito sucinta, com o grão de soja caindo -0,34%, o farelo caindo -0,59% e o óleo subindo +0,43%. Já o dólar voltou a subir em +0,46%, sendo cotado a R$ 5,2004 ao fim do pregão RELATÓRIO DERAL: Durante a semana ocorreram chuvas bem distribuídas e fortes por todo o estado, inclusive com registro de temporais. As temperaturas se mantiveram altas. Soja já se encontra 100% fora de geminação, com as etapas avançando e com 1% se mantendo em Desenvolvimento vegetativo, 8% em floração, 56% em frutificação e já 35% em maturação, com isso a colheita deve vir em peso muito em breve.
MATO GROSSO DO SUL: Dia ausente de movimentos, nada de negócios
Mato Grosso do Sul registrou um dia sem novos movimentos nos preços. Continuando sem efetuar negócios e com o mercado bem pouco motivado para efetuar movimentos mais expressivos, a semana continua com foco no campo e bem pouca atenção no mercado. Fixações de preços seguem bem complicadas, mesmo quando os preços sobem, em dias de queda não é diferente. Da mesma forma como tem sido visto nas demais regiões mais ao sul do país, produtores do MS se sentem inseguros em abrir mão de seus estoques, seja soja velha ou nova, isso se deve especialmente a insegurança com estoque. Além disso, aparentemente o peso dos produtores aguarda preços de ao menos R$ 160,00 para começar a negociar com mais intensidade. PREÇOS PRATICADOS: Dourados a R$ 155,00, Maracaju a R$ 156,00, Sidrolândia a R$ 155,00, Campo Grande a R$ 160,00, São Gabriel a R$ 155,00, Chapadão do Sul a R$ 153,00.
MATO GROSSO: Desvalorizações expressivas e nada de negócios, perdas de até R$ 4,00/saca
MERCADO: Mato Grosso registrou um dia de desvalorizações de até R$ 4,00/saca, sendo incapaz de efetuar qualquer quantidade de negócios. Quando o dia se mostra ruim como hoje, traders tendem a sair de suas salas e ir ao campo, pois não querem efetuar negócios. O foco é claramente a colheita que avança a uma velocidade não vista em nenhum outro lugar, chegando a marcar 5-7% de diferença por dia. Hoje, o mercado conseguiu fazer avanços muito expressivos de aproximadamente 7% na colheita, com os avanços vistos nessa semana o total colhido chega a aproximadamente 45%. A esse ponto os negócios parecem bastante abandonados, quando os preços estão próximos de R$ 155,00, um volume um pouco maior é visto saindo, mas como pode-se ver, poucas regiões chegam a essa marca o que confere pouco escoamento para o Estado como um todo.
EXPORTAÇÃO DE SOJA DO MT CAIU 89%EM JANEIRO: A exportação de soja em grão de Mato Grosso caiu 89,85% em janeiro de 2023 no comparativo com o mês no ano passado. O principal fator para o recuo é o atraso na colheita do grão. Em janeiro de 2023, Mato Grosso embarcou para o exterior apenas 52,90 mil toneladas. O volume, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), trazidos pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) em seu boletim desta semana, é inferior às 521,19 mil toneladas de janeiro de 2022. Colheita da soja em Mato Grosso atinge 44,10% da área. Em relação ao destino da soja em grão, a China foi responsável pela compra de 46,58 mil toneladas, enquanto a Rússia por seis mil toneladas.
MATOPIBA: Dia de poucos movimentos
Dia de poucos movimentos, exceto por reajustes de preço nos estados de MA e BA. O dia foi marcado por alta e baixa respectivamente de até R$ 2,50/saca, mas negócios seguem muito parados. PREÇOS PRATICADOS: Em Balsas, Maranhão, as cotações fecharam em R$ 155,30, registrando alta de R$ 2,30/saca. No Porto Franco-MA, preço não mudou e segue a R$ 157,00. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço ficou a R$ 151,90, também sem mudança. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 160,00 marcando manutenção. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 153,50, marcando baixa de R$ 2,50/saca.
Fonte: T&F Agroeconômica