FECHAMENTOS DO DIA 06/02: O contrato de soja para janeiro23 fechou em queda de 0,70% ou $ 10,75 cents/bushel a $ 1521,25. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em queda de 0,72%, ou $ 11,0 cents/bushel a $ 1514,50. A cotação de maio24 fechou em queda de 0,04% ou $ 0,50 cents/bushel a $ 1359,50. O contrato de farelo de soja para março fechou em alta de 0,34% ou $ 3,0/ton curta $ 489,0 e o contrato de óleo de soja para março fechou, em forte alta de 0,46% ou $ 1,25/libra-peso a $ 59,33.

CAUSAS DA QUEDA: Vendas técnicas e incertezas sobre a demanda chinesa diante das tensões geopolíticas com os EUA provocaram ajustes. Mercado aguardando o desenvolvimento da campanha na América do Sul.

NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA

EUA-EXPORTAÇÕES SEMANAIS: O USDA reportou 1,83 MMT de exportações de soja na semana encerrada em 02/02. Isso foi um pouco abaixo de 1,93 MMT na semana passada, mas subiu 589k MT em relação à mesma semana do ano passado. A China foi o principal destino, com 63% do total. O USDA marcou a exportação da temporada em 37,9 MMT, agora à frente do ritmo do ano passado em 209k MT.

PRÉ-WASDE: As estimativas dos analistas antes do relatório WASDE esperam que o USDA corte 3,5 MMT da safra de soja da Argentina – levando-a para 42 MMT de acordo com a média. A estimativa mais baixa é ver 38 MMT na quarta-feira, mais perto dos 36 MMT que o Adido tinha. Para a soja brasileira, os traders esperam que o USDA aumente a produção em 200 mil toneladas em média.

BRASIL-COLHEITA: A consultoria Pátria reportou a safra brasileira de soja em 9,86% concluída. Isso está abaixo do
ritmo de 20,4% do ano passado. Safras e Mercado estimaram que 7,8% da área plantada foi colhida, e compararam
com 17,1% no ano passado e 10% na média.

ARGENTINA-EXPORTAÇÃO MENOR DE FAREOLO: A Bolsa de Comércio de Rosário estimou que 1,06 MMT de farelo de soja foram exportados da Argentina em janeiro. Esse é o menor volume para o mês desde 2002.

INDONÉSIA SUSPENDERÁ ALGUMAS LICENÇAS DE EXPORTAÇÃO DE ÓLEO DE PALMA: A Indonésia suspenderá algumas licenças de exportação de óleo de palma para garantir o abastecimento doméstico depois que os preços do óleo de cozinha subiram, disse o ministro Luhut Pandjaitan em sua conta no Instagram nesta segundafeira. Os exportadores da oleaginosa acumularam grandes cotas de embarque no ano passado e agora têm pouco incentivo para abastecer o mercado doméstico na proximidade de festas islâmicas, acrescentou. A Indonésia concede licenças de exportação para empresas de óleo de palma que já venderam uma parte de seus produtos para o mercado doméstico, política conhecida como “Obrigação do Mercado Doméstico” (DMO, na sigla em inglês). (Fonte: Reuters).

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Preços voltam a marcar quedas de R$ 1/saca em virtude da CBOT

Bolsa de Chicago volta a marcar enfraquecimento e com isso, mercado brasileiro que já enfrenta dificuldades é afetado. Os maiores problemas internos no momento são as chuvas que insistem em não vir de forma ampla e parelha para o RS. A safra inicial era prevista em 22,0 mi/tons e hoje já se fala em menos de 15,0 mi/tons (se chover) apontando para uma quebra de no mínimo 32% até o momento. Isto deixa o mercado de soja disponível, de arrasto, com produtor fixando apenas aquilo que é essencial para a manutenção de sua família e propriedade. O mercado futuro (abril/maio) é inexistente. Praticamente não se reportaram negócios, tudo em virtude do muito plausível medo de não ter os estoques esperados no futuro, assim não podendo honrar contratos.

Em comparação com os preços de ontem, a saca de soja foi oferecida por R$ 178,50 (perda de R$ 1,00/saca) no porto de Rio Grande. Já no interior os preços foram de R$ 174,00 em Ijuí, R$ 175,00 em Cruz Alta, R$ 174,00 em Passo Fundo e R$ 173,00 em Santa Rosa (perda de R$ 1,00/saca para todas as regiões listadas). Ademais, aguardamos por novas informações a respeito do clima da região, esse definitivamente tem sido a maior
preocupação, sem que a situação fique muito clara, mesmo com preços mais altos o produtor terá medo de abrir mão de mercadorias, negócios não devem sair com abundância até que chova.

SANTA CATARINA: Recuperação de R$ 2,00/saca motivada pelo crescimento da demanda

Preços passam por novas altas, já somando R$ 8,00/saca de valorização nos últimos dois pregões. Após longos períodos de vai e volta, parecia ter ficado claro que a soja estaria se movimentando para baixo, mas parece ter finalmente engrenado, inclusive com volume relativamente bom de negócios sendo efetuado. Segundo informação de traders da região cerca de 1200 toneladas foram negociadas hoje.

PARANÁ: Interior se recupera em até R$ 3,00/saca, porto parado

De acordo com informações de especialistas da região, o preço da soja registrou novas altas para o interior do Estado, na sexta-feira, boa valorização já havia sido vista no porto e em Ponta Grossa, hoje as demais posições se valorizaram um pouco mais também. A causa da alta no preço seria parcialmente a demanda crescente e o progressivo fortalecimento do dólar. Apesar disso, nada segue sendo efetuado em negócios, apenas da mão para boca quando tanto e ainda há insegurança com o clima. Ademais, para hoje, enquanto em Ponta Grossa o preço da soja passou por uma alta de R$ 3,00 por saca dando continuidade aos movimentos de sexta-feira e somando valorização de R$ 6,00/saca, em Paranaguá as altas travaram, algo plausível visto que no pregão anterior a alta foi de R$ 10,00/saca. Com isso o preço no porto cotou hoje a R$ 172,00 para pagamento em 30/03. Essas são as indicações para a soja velha. Para a soja nova de 2023 o preço foi de R$ 175,00 para hoje com pagamento até abril de 2023.

No interior a maior parte das regiões se valorizaram em R$ 2,00/saca, com Cascavel e Maringá a R$ 160,00 e Pato branco acompanhando de perto a R$ 159,00. Ponta Grossa por outro lado marcou altas expressivas para soja velha ao ir a R$ 170,00 (alta de R$ 3,00 previamente explicitada) e com as indicações de soja nova em R$ 171,00. Por fim, o preço balcão em Ponta Grossa segue a R$ 160,00.

Quanto as cotações internacionais do complexo de soja de hoje, o SOJA GRÃO caiu -0,70%, o FARELO caiu -1,51% e o ÓLEO caiu -0,46%. O dólar, por sua vez, subiu +0,51%, cotado a R$ 5,1737 ao fim do pregão.

MATO GROSSO DO SUL: Dia de poucos movimentos, MS não reage

Mato Grosso do Sul registrou um dia de poucos movimentos, sem efetuar negócios. Fixações de preços seguem bem complicadas, ocorrendo em raríssimas ocasiões. Da mesma forma como tem sido visto nas demais regiões mais ao sul do país, produtores do MS se sentem inseguros em abrir mão de seus estoques, seja soja velha ou nova, isso se deve especialmente a insegurança com estoque. No entanto, em dias normais como hoje deveria ter ocorrido maior volatilidade, mas com as fábricas sendo as mais competitivas na região, a baixa oferta controlada pelos produtores e a baixa do óleo isso não ocorreu. Os preços da soja são os seguintes: Dourados a R$ 151,00 (perda de R$ 4,00/saca), Maracaju a R$ 152,00, Sidrolândia a R$ 153,00, Campo Grande a R$ 155,00, São Gabriel a R$ 153,00, Chapadão do Sul a R$ 150,50.

MATO GROSSO: Quedas pontuais, nada de negócios

O mercado de soja em Mato Grosso viveu um dia com baixas pontuais, sendo vistas com muita expressão em algumas regiões, uma resposta mais provavelmente relacionada as baixas vistas em Chicago. Apesar das baixas de hoje, o dólar segue se valorizando de forma consistente após seu curto período de baixas, nesse momento de implicação das variações do dólar o Brasil se destaca como excelente alternativa mesmo para os investidores mais defensivos. Em caso de perda de valor do dólar vemos efeitos positivos sobre as importações, mas muito negativos sobre as exportações e caso ocorra alta de valor a figura é o contrário e nenhum lugar se mostra mais afetado do que o maior Estado produtor de soja do Brasil. Ademais, como o mercado não tem tido muita atenção o foco permanece na colheita, especialistas da região indicam que os avanços já estão chegando em 20% do total potencial plantado. Os preços atuais são os seguintes: Campo Verde a R$ 150,00. Lucas do Rio Verde a R$ 142,80 (baixa de R$ 3,20/saca). Nova Mutum a R$ 149,00. Primavera do Leste a R$ 153,00 (perda de R$ 3,00/saca). Rondonópolis a R$ 158,00 e Sorriso a R$ 147,30.

MATOPIBA: Dia completamente ausente de variações

Com o mercado seguindo sem praticamente nenhuma resposta. Em Balsas, no Maranhão, as cotações marcaram manutenção, fechando a R$ 154,00. O Porto Franco-MA seguiu a tendência, também sem marcar variação e ficou a R$ 150,00. Pedro Afonso, que agora substitui Porto Nacional nas cotações trouxe o valor de R$ 144,90. Uruçuí-PI fechou o dia a
R$ 153,00 e em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, o preço ficou a R$ 152,00, marcando manutenção. A situação na região de MATOPIBA é bastante complexa em relação à produtividade, pois, assim como nas demais posições do Brasil, ela cresce ano a ano, mas as dificuldades de estrutura, inovação e transporte tem sido um importante obstáculo nesses momentos de perda de valor.

Fonte: T&F Agroeconômica



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