FECHAMENTOS DO DIA 13/01: O contrato de soja para janeiro23 fechou em alta de 0,57% ou $ 8,75 cents/bushel a $ 1538,25. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em alta de 0,53%, ou $ 8,0 cents/bushel 0 $ 1527,25. O contrato de farelo de soja para março fechou inalterado a $ 513,0 e o contrato de óleo de soja para março fechou, também, inalterado a $ 63,25.

CAUSAS DA ALTA: A soja estendeu os ganhos nesta sexta-feira, em um mercado dominado por um cenário de menor oferta. Nos EUA, a produção e a estimativa de estoques finais foram ajustadas. Na Argentina, o futuro do clima é preocupante e as projeções de safra são reduzidas (o volume ficaria entre 37 milhões de toneladas e 41 milhões de toneladas).

FATORES QUE INFLUENCIARAM CHICAGO NESTA SEXTA-FEIRA

a) A soja também negociou em alta após o relatório amigável do dia anterior, que foi um pouco mais amigável para o milho;

b) O USDA diminui a produção dos EUA, os estoques trimestrais e os estoques finais dos EUA, mas aumentou os estoques finais mundiais provavelmente devido à safra recorde do Brasil;

c) Os estoques finais dos EUA foram reduzidos de 220 mb (5,99 MT) para 210 mb (5,71 MT) devido a estimativas de produção mais baixas para 22/23 e esse número ficou muito abaixo da estimativa média do mercado;

d) As vendas semanais de soja não foram terríveis, mas caíram nas últimas semanas, já que a China compra menos.

FUNDOS APOSTAM NA QUEDA DE SOJA E ÓLEO E ALTA DO FARELO: Os dados semanais da CFTC mostraram que os Fundos reduziram seus contratos líquidos de compra de soja em 11,3 mil contratos para 131.704 em 1/10, por meio de 9.000 posições longas fechadas e 2.2.000 novas posições vendidas adicionadas ao longo da semana. Os hedgers comerciais de soja adicionaram posições, com 15,9 mil novas posições longas em jogo contra 8,5 mil novas posições vendidas. Isso deixou a posição líquida comercial em 166.462 contratos líquidos vendidos em 1/10. Para os produtos, os Fundos ficaram com 834 contratos líquidos de compra a mais no farelo e 9 mil contratos líquidos de compra a menos no óleo de soja.

NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA 13/01:

ESMAGAMENTO EUA: Os analistas estão esperando que os membros do NOPA relatem esmagamento de soja nos EUA, em dezembro, em 182,9 mbu (4,98 MT). A gama completa de expectativas pré-relatório é de 174,4 mbu (4,75 MT) a 188 mbu (5,12MT). Os estoques da óleo de soja são estimados em £ 1,725b entrando no relatório.

CHINA-IMPORTAÇÕES MENORES: A China relatou suas importações de soja em dezembro em 10,55 MMT, completando o ano de 2022 com um volume 5,6% menor de 91,08 MMT.

ARGENTINA REDUZ FORTE A PRODUÇÃO DE SOJA: A BCBA relatou a produção de soja da Argentina em 41 MMT para a temporada 22/23, enquanto cortava a área plantada. BAGE tem 35,5 MMT na mesa para uma estimativa final se as condições de seca permanecerem persistentes. As previsões meteorológicas têm algumas chuvas de alívio para a Argentina no cardápio da próxima semana.

IGC REDUZIU PRODUÇÃO GLOBAL DE SOJA: O IGC reduziu sua perspectiva de produção global de soja em 3 MMT para 385, com a seca na Argentina compensando os aumentos no Brasil e na China. O consumo também foi reduzido em 3 MMT, deixando o desempenho em 54 MMT em comparação com 45 na última temporada e 55 MMT 2 anos atrás.

EUA-USDA REDUZ PRODUÇÃO AMERICANA: O número da produção nacional de soja para a safra 22/23 é de 4.276 bbu (-70 mbu)( (116,37 MT). O balanço doméstico viu a oferta menor, fora de uso com 55 mbu menos exportações. No final das contas, isso deixou o estoque final em 210 mbu (5,71 MT), em comparação com 220 (5,99MT) no mês passado. Globalmente, o USDA cortou a safra de soja da Argentina em 4 MMT para 45,5 MMT, mas aumentou o Brasil em 1 para 153. O transporte global deve aumentar em 980 mil MT para 103,52 MMT.

EUA-ESTOQUES TRIMESTRAIS MAIORES: A NASS contou 3.022 bbu (82,24MT) em seus estoques de grãos para 1º de dezembro. Isso implica um uso de 1.458 bbu (39,68 MT) no primeiro trimestre. A demanda do primeiro trimestre da última temporada foi de 1,571 bbu (41,75 MT).

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Com recuo de R$ 3-6/saca, nada de negócios

MERCADO segue trilhando o caminho de baixas comentado no relatório anterior e passa por nova queda de preços, A expectativa segue sendo a de que isso será temporário, pois os fundamentos de Chicago indicam a soja bastante cara mais para frente, com estoques menores do que o esperado. No entanto, por enquanto as variações cambiais tem dado direção aos movimentos e as quedas do dólar puxam os preços para baixo. Hoje o dólar não caiu, mas também não se valorizou de forma relevante e, nesse ponto, os preços seguem perdendo competitividade. O preço portuário de hoje recebeu apenas uma fixação por parte de trading, mas de forma geral seguiu como ontem, sem fixações suficientes para balancear o preço pela competitividade. Isso se deve ao fato de que as tradings passam por um período de baixíssima competitividade se comparado com o interior. No porto, a única indicação de preços foi de R$ 181,00, marcando perda de R$ 6,00/saca em relação às últimas cotações. No interior, todas as posições marcaram quedas de expressivas, com Cruz Alta sendo a menos afetada ao se desvalorizar em R$ 2,00/saca e ir a R$ 180,00. Ijuí marcou perda de R$ 3,00/saca, indo a R$ 180,00 e Passo Fundo caiu em R$ 3,00/saca, indo a R$ 179,00. Santa Rosa por sua vez se desvalorizou em R$ 2,00/saca e caiu a R$ 181,00.

SANTA CATARINA: Dia sem variações, nada de negócios reportados

De forma a se manter ainda dentro das expectativas de piora no curtíssimo prazo, mercado de Santa Catarina passa por dia sem variação de preços. Além disso, nada de reportes de negócios. A demanda segue alta por todo o Brasil e a preocupação com o clima e qualidade da safra também, no entanto, a esses preços os vendedores saem. No cenário repleto de dúvidas de hoje não há muito para se julgar em um mercado que já tem escoamento lento pela maior porção do ano, os produtores desejam valores mais altos. São francisco do Sul a R$ 181,00, sem variações.

PARANÁ: Pequena valorização em Ponta Grossa

Dia quase sem movimentos. Na sexta-feira pouco se vê em negócios em uma situação normal de mercado, menos ainda em momentos como esse, com extrema preocupação com a inflação, clima e preços. O volume de negócios não tem sido expressivo mesmo durante toda a semana, o produtor aguarda preços melhores. Ainda assim, a demanda permanece robusta e, portanto, mesmo em dias de incerteza, a estabilidade dos preços não foge muito do padrão para esse Estado. Ponta Grossa até mesmo marcou alguma valorização hoje, ainda sobre tensão da crescente competitividade do interior. Quanto às cotações internacionais, o complexo de soja fechou com a soja grão a +0,57%, farelo +0,00% e óleo a +0,00%. O dólar tem sua queda parada e se valoriza em +0,11%, cotando a R$ 5,1064. PREÇOS NO PORTO FUTUROS: preços sem indicação, os últimos valores foram com a indicação mais próxima a R$ 180,00, fevereiro trouxe preços a R$ 173,50, Março a R$ 171,00 e Abril a R$ 169,00. PREÇOS NO INTERIOR: Ponta Grossa marcou alta de R$ 2,00/saca, indo a R$ 175,00. Cascavel e Maringá passaram por manutenção de preços, mantendo-se a R$ 161,00. Pato Branco acompanhou, mantendo-se também a R$ 161,00.

MATO GROSSO DO SUL: Dia se variações de preços, nada de negócios

Hoje, o mercado parece ter se mantido sem muita diferença em relação ao que foi visto ontem, sem sair do canal em que esteve durante o último mês. Os preços de hoje representam um fundo que já foi visto na semana passada, refletindo apenas as flutuações
do dólar que têm afetado a região com mais intensidade do que Chicago. Apesar da positividade parcial do mercado de hoje e com a demanda continuando pesada na soja o dia não trouxe valorizações. Nesse contexto de quedas de preços, muitos produtores ainda não estão satisfeitos com os preços e, portanto, continuam concentrados no campo. Esses são os preços da soja, iguais os de ontem: Dourados a R$170,00. Campo Grande a R$170,00. Maracaju a R$169,00. Sidrolândia a R$168,00. Chapadão do Sul a R$167,00.

MATO GROSSO: Mais um dia de quedas, sem negócios efetuados

Assim como visto nos demais estados estudados nesse relatório, o dia, embora positivo em termos de mercado internacional, não trouxe positividade para o mercado brasileiro, que continua observando quedas que haviam sido mitigadas pela expressão da demanda no início da semana. Após saída dos dados de inflação norte americana, parte da preocupação diminuiu em relação ao dólar e com isso a moeda voltou a se recuperar, marcando leve alta hoje, mas ainda não sendo suficiente para parar as baixas internas do Brasil. Neste cenário de constantes desvalorizações o produtor segue mais defensivo, sem efetuar grandes volumes em negócios e isso serve como termômetro dos próprios preços também. Em termos de fundamento não há muita lógica que ocorram novas baixas, mas o mercado é também especulativo. Os preços atuais são os seguintes: Campo Verde a R$ 156,50 (queda de R$ 1,50). Lucas do Rio Verde a R$ 152,30, Nova Mutum a R$ 149,50 (queda de R$ 1,50). Primavera do Leste a R$ 156,50 (queda de R$ 1,50), Rondonópolis a R$ 158,50 (queda de R$ 1,50) e Sorriso a R$ 149,50.

MATOPIBA: Dia sem mudanças de preços, mercado segue travado

Região de Balsas no Maranhão traz cotações com mercado marcando completa manutenção de preços e com isso, mantendo-se a R$ 161,00. O Porto Franco-MA marcou também manutenção e segue R$ 152,50. Pedro Afonso que agora substitui Porto Nacional nas cotações trouxe valor de R$ 149,90, mantendo-se no preço anterior. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 161,00, marcando manutenção. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 160,00, também sem novas mudanças. Apesar do dia consistente de hoje o mercado se mantem caminhando por terreno de baixas.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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