FECHAMENTOS DO DIA 10/02: O contrato de soja par janeiro23 fechou em forte alta de 1,53% ou $ 23,25 cents/bushel a $ 1542,50. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em alta de 1,44%, ou $ 21,75 cents/bushel a $ 1533,50. A cotação de maio24 fechou em alta de 0,81% ou $ 11,0 cents/bushel a $ 1367,50. O contrato de farelo de soja para março fechou em forte alta de 0,81% ou $ 3,9/ton curta $ 499,5 e o contrato de óleo de soja para março fechou, em forte alta de 2,54% ou $ 1,5/libra-peso a $ 60,54.
CAUSAS DA FORTE ALTA: A situação climática na Argentina continua sustentando os preços. O farelo de soja atingiu níveis próximos aos máximos dos últimos 9 anos e transferiu firmeza ao grão. Embora sejam esperadas algumas chuvas, elas podem ser escassas e as altas temperaturas podem causar novas perdas de rendimento. O aumento do petróleo e dos óleos vegetais adicionou impulso.
NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA
CFTC PRORROGA NOVAMENTE: A CFTC novamente não terá dados de CoT divulgados após o fechamento. Nenhum anúncio foi feito sobre quando o relatório será retomado.
EUA-EXPORTAÇÕES SEMANAIS: As vendas semanais de exportação de soja foram de 459.443 toneladas, de acordo com o FAS do USDA, queda de 38% em relação à semana passada e foi apenas 35% na mesma semana do ano passado, ficando um pouco acima da faixa mais baixa de expectativas. Os compromissos da safra antiga foram de 1,754 bbu, ou 88% da previsão do USDA. Os compromissos de novas safras estavam em 903k MT, ou 80% atrás do ritmo de vendas antecipadas do ano passado.
SAFRA ARGENTINA DE SOJA: Expectativa de uma safra reduzida na Argentina. Ontem, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu sua estimativa para a safra de soja do país, de 41 milhões para 38 milhões de toneladas. Segundo a bolsa, a seca e as altas temperaturas durante a primeira metade do ciclo de cultivo causaram perdas significativas de rendimento. As perdas nas lavouras de soja do centro da área agrícola devem ficar entre 30% e 40%, estimou a bolsa. Ainda nesta semana, a Bolsa de Comércio de Rosário reduziu em 2,5 milhões de toneladas sua previsão, de 37 milhões para 34,5 milhões de toneladas. Já o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) foi mais conservador, projetando 41 milhões de toneladas.
CARGILL DEFENDE AUMENTO ESCALONADO DA MISTURA DE BIODIESEL AO DIESEL: A Cargill Brasil defende o aumento gradual da mistura de biodiesel ao diesel, tema que vem sendo debatido entre a indústria brasileira e o governo. Até 31 de março, prevalece no mercado o mandato B10, ou seja, a mistura mínima obrigatória de 10% de biodiesel no diesel. A partir de abril, conforme a legislação prevê, a mistura mínima passaria para 15% (mandato B15), mas parte da indústria do biocombustível entende que deveria haver o crescimento escalonado antes do B15. “Preferimos que seja gradual, mas com firmeza, do que partir para B15 e, eventualmente, ter algum problema com a distribuição. Entendemos que seria mais adequado o aumento por fases, para B12, B13, B14, até alcançar B15 em um prazo curto, porque a indústria tem capacidade para isso, mas paulatinamente”, disse o presidente da Cargill Brasil, Paulo Sousa, durante o Show Rural Coopavel, feira agrícola realizada em Cascavel (PR).
ARGENTINA-NOVO “DOLAR SOY” EM JULHO: O mercado argentino de grãos assume o lançamento do novo Dólar da Soja em julho. Embora se saiba que a estiagem continua reduzindo a projeção da safra de soja e a liquidação cambial do primeiro bimestre do ano seria a menor desde 2007, o mercado futuro de grãos local já assume que em julho próximo o governo lançará uma nova edição do Soy Dollar ou outro mecanismo para acelerar a entrada de novos dólares. Embora o governo esteja longe de confirmar a implementação de um novo dólar de soja, mas ao mesmo tempo reconhece a necessidade de ter dólares de soja como teve em 2022 e, ainda mais, tendo em conta que a colheita de 2023 seria uma das mais baixas dos últimos 15 anos.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Dia de preços mais frágeis no RS, negócios seguem lentos
Mercado de soja do RS passa por leve enfraquecimento no porto em resposta a um rápido
aumento no escoamento. Apesar disso, de forma geral o Estado segue com preços marcando poucos movimentos, sempre havendo oposição da parte do dólar ou de Chicago, quando um sobe o outro cai e vice versa.
NO PORTO: Em comparação com os preços de ontem, a saca de soja foi oferecida por R$ 182,00 (perda de R$ 2,00/saca) no porto de Rio Grande. NO INTERIOR: enquanto no interior os preços permaneceram imóveis e com isso foram de R$ 177,00 em Ijuí, R$ 178,00 em Cruz Alta, R$ 177,00 em Passo Fundo e R$ 177,00 em Santa Rosa. A preocupação com a falta de chuvas na região segue sendo fator determinante na comercialização, mas com a recuperação de preços, o produtor volta a olhar com mais atenção para o mercado. Mesmo que a situação ainda não esteja totalmente clara, os preços mais altos do que os de semana passada estão dando um pouco mais de segurança. Alguns poucos volumes foram escoados, mas sem precisar a quantidade exata.
SANTA CATARINA: Preço marca alta de R$ 1,00/saca no porto, ainda sem negócios efetuados
Preços passam por dia de alta em resposta a Chicago que se fortaleceu muito. Os preços em Santa Catarina passam por bom momento, onde já não ocorrem baixas expressivas por toda a semana e o preço está R$ 6,00/saca acima do de semana passada, ainda assim, efetuar negócios tem se mostrado difícil, pois o produtor está ciente da delicada situação climática nas demais regiões e aguarda a possibilidade de altas ainda mais expressivas. Preços no porto de São Francisco do Sul a R$ 178,00, alta de R$ 1,00/saca hoje.
PARANÁ: Valorizações gerais de até R$ 2,00/saca, alguns negócios efetuados
MERCADO de soja paranaense de hoje apresentou valorizações gerais de diferentes intensidades por toda a extensão do Estado, a resposta parece vir parcialmente das valorizações vistas em Chicago e parte do aumento da demanda pelo produto. Os negócios permaneceram muito parados por um longo período no Paraná e ainda pode-se considerar que esta parado, mas sempre que aparece um produtor disposto a efetuar negócios, vende por bons preços. Dessa vez, as poucas vendas que ocorreram foram motivadas pelo relatório WASDE que saiu na quinta-feira e também pela necessidade de manutenção das
propriedades.
NO PORTO: houve boa valorização de R$ 2,00/saca para pagamento 30/03 e entrega ainda em fevereiro, o que levou seu preço mais próximo a R$ 177,00. Para 30/04 basta somar R$ 2,00/saca a mais para R$ 179,00. NO INTERIOR: Em Ponta Grossa, o preço da soja subiu
R$ 2,00 por saca, fazendo-o ir a R$ 173,00 e o colocando novamente em boa posição, embora ainda consideravelmente atrás do porto. Além disso, as demais regiões passaram por valorização unitária, com Cascavel e Maringá cotadas a R$ 161,00 e Pato Branco acompanhando de perto a R$ 160,00.
AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja marcou alta, com o grão de soja subindo 1,50%, o farelo subindo +0,81% e o óleo subindo +2,54%. Já o dólar caiu de forma consideravelmente, marcando quase retorno completo em relação a ontem, em -1,08%, sendo cotado a R$ 5,2219 ao fim do pregão
MATO GROSSO DO SUL: Valorizações gerais de até R$ 1,00/saca, poucos volumes negociados
Mato Grosso do Sul registrou um dia de valorizações de até R$ 1,00/saca. Continuando sem efetuar muitos negócios e com o mercado bem pouco motivado para efetuar movimentos mais expressivos, poucos volumes foram escoados. Fixações de preços seguem bem complicadas, mesmo quando os preços sobem, em dias de queda não é diferente. Da mesma forma como tem sido visto nas demais regiões mais ao sul do país, produtores do MS se sentem inseguros em abrir mão de seus estoques, seja soja velha ou nova, isso se deve especialmente a insegurança com estoque. Além disso, aparentemente o peso dos produtores aguarda preços de ao menos R$ 160,00 para começar a negociar com
mais intensidade.
PREÇOS PRATICADOS: Dourados a R$ 158,50 (alta de R$ 1,00/saca), Maracaju a R$ 157,00 (alta de R$ 1,00/saca), Sidrolândia a R$ 156,00 (ganho de R$ 1,00/saca), Campo Grande a R$ 158,50 (ganho de R$ 1,00/saca), São Gabriel a R$ 156,00 (ganho de R$ 1,00), Chapadão do Sul a R$ 154,00 (ganho de R$ 1,00/saca).
MATO GROSSO: Boas valorizações de até R$ 2,90/saca vistas no Estado, negócios melhoram
Mato Grosso registrou um dia de valorizações de até R$ 2,90/saca, sendo capaz de efetuar uma quantidade maior de negócios que vão um tanto além das quantidades de manutenção. Além disso o mercado conseguiu fazer avanços muito expressivos de aproximadamente 10% na colheita pela semana, mostrando que o maior peso dos produtores segue sem pressa para efetuar vendas e foca primariamente na colheita. Com os avanços vistos nessa semana o total colhido chega a aproximadamente 30%. A esse ponto e negócios começam a sair com frequência crescente, embora os números exatos ainda não estejam disponíveis. O produtor agora mais seguro com o estoque, deixa de se preocupar tanto com os preços e passa a efetuar vendas a partir de R$ 151,00. Como de forma geral os preços já passaram bem disso, espera-se que o escoamento esteja sendo bem constante todos os dias.
PREÇOS PRATICADOS: Campo Verde a R$ 157,00 (alta de R$ 2,00/saca). Lucas do Rio Verde a R$ 147,10 (alta de R$ 2,90/saca). Nova Mutum a R$ 150,00 (baixa de R$ 2,30/saca). Primavera do Leste a R$ 158,50 (alta de R$ 1,50/saca). Rondonópolis a R$ 162,00 e Sorriso a R$ 151,00 (alta de R$ 1,50/saca).
MATOPIBA: Dia ausente de variações, preços fecham a semana sem mudanças expressivas
Dia ausente de movimentações nos estados de MATOPIBA, com isso as variações por toda a semana foram irrelevantes, os dias foram divididos entre altas e baixas sem nenhuma consistência, se um dia marcava alta de R$ 3,00/saca, o seguinte devolvia os mesmos R$ 3,00/saca. PREÇOS PRATICADOS: Em Balsas, Maranhão, as cotações fecharam em R$ 153,00, registrando manutenção. No Porto Franco-MA após as expressivas valorizações e quedas vistas por toda a semana o preço retornou a R$ 155,00. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço ficou a R$ 149,90, também sem movimentos. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 160,00 marcando manutenção. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 155,00, também sem destaque.
Fonte: T&F Agroeconômica