FECHAMENTOS DO DIA 17/03: O contrato de soja para maio23 fechou em baixa de -1,01% ou $ -15,00 cents/bushel a $ 1476,50. A cotação de novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em baixa de -0,83%, ou $ -0,83 cents/bushel a $ 1313,50. A cotação de maio24 fechou em baixa de -0,66% ou $ -0,66 cents/bushel a $ 1313,00. O contrato de farelo de soja para maio fechou em baixa de -1,69% ou $ -8,0ton curta $ 466,0 e o contrato de óleo de soja para maio fechou, em baixa de -0,47% ou $ -0,27/libra-peso a $ 57,46.
CAUSAS DA BAIXA: Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em queda nesta sexta-feira, pressionados pela ampla oferta brasileira e pela fraca demanda chinesa. Fontes do mercado ouvidas pela S&P Global Commodity Insights disseram que os preços da soja na China caíram com força nesta semana, refletindo vendas mais agressivas de produtores brasileiros e menor demanda chinesa para embarque nos próximos meses. Os negócios também foram influenciados pelo fortalecimento do dólar ante o real e pelo recuo do petróleo.
NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA 17/03
ARGENTINA REDUZ NOVAMENTE A PRODUÇÃO DE SOJA: A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu sua estimativa de produção de soja em mais 4 MMT para uma safra de soja argentina de 25 MMT. O volume esperado representa queda de 44,4% ante a média de produção das últimas cinco temporadas (45 milhões de toneladas). A bolsa informou que 2% da safra de soja apresentava condição boa ou excelente, sem variação ante a semana anterior. A parcela em condição normal passou de 27% para 23%, enquanto o porcentual em condição regular ou ruim aumentou de 71% para 75%.
POSIÇÃO DOS FUNDOS: Os dados atualizados da CFTC mostraram que os negociantes de especificação de soja estavam em um contrato de 157.220 líquidos em 07/03. Esse foi um contrato de 27,7k mais forte líquido do que na semana anterior, considerando novos longos e curtos fechados. Os comerciais foram exibidos em um contrato líquido de 220 mil, que foi 23 mil contratos a mais líquido do que o acordo de 28/02.
BRASIL-BIODIESEL/CNPE APROVA AUMENTOS GRADATIVOS: A Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) considerou “histórica” a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de elevar a mistura do biodiesel ao diesel fóssil dos atuais 10% para 12% em 1º de abril. Segundo a medida, o porcentual passará para 13% em 2024, para 14% em 2025 e 15% em 2026. Em nota, a entidade parabenizou o presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, e os ministros integrantes do CNPE por terem “recolocado o País como referência em seu modelo de transição energética para uma matriz mais limpa”. “O Brasil se alinha aos países mais desenvolvidos do mundo”, completou o presidente do Conselho de Administração da Aprobio, Francisco Turra.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Dia de altas na casa de R$ 1,00/saca, negócios saindo
CONTEXTO DO DIA: Atenção segue voltada para as fábricas (esmagadoras) que hoje tiveram mais uma boa notícia: a elevação da mistura de 10% para 12% de biodiesel ao diesel fóssil, o que obviamente aumenta a demanda local por óleo de soja. Porém as fábricas vêm, paulatinamente, acompanhando as baixas dos prêmios para a soja, e corrigindo os preços para baixo, mas ainda assim, mais competitivos que as exportadoras. NO PORTO: a indicação de preço para pagamento em maio é de R$ 171,00 sobre rodas no melhor momento. Isso representa baixa de R$ 1,50/saca. NO INTERIOR: nas cidades de Cruz Alta e Ijuí os preços foram respectivamente de R$ 163,00 marcando baixa de R$ 1,00/saca e R$ 163,00, marcando baixa de R$ 1,00/saca. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz os preços marcaram queda de R$ 1,00/saca e foram a R$ 164,00. Em Passo Fundo, por fim, o preço caiu R$ 1,00/saca, indo a R$ 162,00.
SANTA CATARINA: Ausência de variações e negócios, mercado volta a congelar
CONTEXTO DO DIA: mercado passa por dia sem marcar movimentos de preços ou novos negócios. De forma geral esse é o comportamento padrão com a aproximação do fim de semana. O produtor ainda busca dar ênfase no campo que tem um longo caminho a avançar e os negócios marcam escoamento continuo, porém lento, sem muitos fundamentos a analisar. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 167,00 para abril com entrega ainda em março, marcando manutenção.
PARANÁ: Variação única de preço em Ponta Grossa, negócios seguem lentos
CONTEXTO DO DIA: apesar da forte competição e regulação de vendas por parte dos produtores do Paraná, preços seguem marcando baixas em algumas posições, hora por conta de desvalorizações do dólar, hora por conta de desvalorizações de Chicago. Nesse momento de grande desconfiança, é natural que tanto o produtor quanto o comprador de futuros mantenham posições defensivas. NO PORTO: cif Paranaguá a R$ 164,00 com pagamento em 30/03 e entrega em fevereiro marcando manutenção.
NO INTERIOR: o mercado de soja spot registrou baixa de R$ 2,00/saca em Ponta Grossa, o que levou seu preço a R$ 160,00. Nas demais posições de Cascavel, Maringá e Pato Branco, ocorreu manutenção. Os preços foram respectivamente de R$ 150,00, R$ 150,00 e R$ 149,00. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 156,00, marcando baixa de R$ 2,00/saca. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja marcou baixas expressivas, com o grão de soja passando por baixa de -1,01%, o farelo em baixa de – 1,69% e o óleo em baixa de -0,47%. Já o dólar se recupera em 0,58%, sendo cotado a R$ 5,2702 ao fim do pregão.
MATO GROSSO DO SUL: Dia de baixas gerais em virtude dos prêmios
CONTEXTO DO DIA: mercado segue lento e sem muitos negócios sendo efetuados. O produtor regula fortemente a oferta de soja nesse momento, não satisfeitos com os preços que continuam caindo em Chicago e puxando as cotações brasileiras. PREÇOS DE HOJE: Campo grande cai 2,00/saca, as demais posições caem em RF$ 1,00/saca – em Dourados, os preços foram cotados a R$ 151,00, em Maracaju a R$ 150,00, em Sidrolândia a R$ 149,00, em Campo Grande a R$ 150,00 e em Chapadão do Sul a R$ 148,00.
MATO GROSSO: Dia de baixas de até R$ 2,00/saca, negócios lentos
CONTEXTO DO DIA: semana termina, mas nenhuma mudança expressiva ocorre, preços continuam em queda e negócios mantidos por baixo do radar, com produtor tentando controlar o escoamento e larga insatisfação com os preços. Como o produtor segue muito bem capitalizado, não há motivos para escoar volumes mais altos, mas a iminência da super safra coloca preocupações sobre o mercado futuro. PREÇOS PRATICADOS: todas as regiões passaram por baixa de R$ 2,00/saca – Com isso os preços foram Campo Verde a R$ 143,00, Lucas do Rio Verde a R$ 142,00, Nova Mutum a R$ 143,00, Primavera do Leste a R$ 145,00, Rondonópolis a R$ 143,00 e Sorriso a R$ 142,00.
MATOPIBA: Quedas expressivas na Bahia, praças em Tocantins e Maranhão acompanham
CONTEXTO DO DIA: o avanço da safra segue em ritmo normal. A maior parte das regiões do complexo de MATOPIBA lidam com boas condições e esperam boa produtividade e com isso não há necessidade de muita preocupação com negociações agora a preços mais baixos. Ainda assim, da mesma forma que as demais regiões foram atingidos pela queda dos prêmios e se preocupam com os preços futuros. PREÇOS PRATICADOS: Em Balsas, Maranhão, as cotações fecharam em R$ 145,00 sem movimentos. No Porto Franco-MA o preço foi a R$ 151,00, queda de R$ 1,00/saca. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço ficou a R$ 146,00, queda de R$ 0,90/saca. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 160,00 sem variar. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 145,00, com queda de R$ 3,00/saca.
Fonte: T&F Agroeconômica