FECHAMENTOS DO DIA 27/01: O contrato de soja para janeiro23 fechou em leve queda de 0,92% ou $ 14,0 cents/bushel a $ 1509,50. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em queda de 0,68%, ou $ 10,25 cents/bushel a $ 1504,50. A cotação de maio24 fechou em alta de 0,18% ou $ 2,50 cents/bushal a $ 1342,0. O contrato de farelo de soja para março fechou em queda de 0,75% ou $ 3,6/ton curta $ 473,5 e o contrato de óleo de soja para março fechou, em queda de 0,28% ou $ 0,17/libra-peso a $ 60,62.
CAUSAS DA QUEDA: Os futuros da soja fecharam em queda nesta sexta-feira, pressionados pela melhora de qualidade das lavouras da Argentina, pelo fortalecimento do dólar, que favorece as exportações brasileiras e pelas chuvas no Centro-Oeste do Brasil, que confirmam a safra recorde.
NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA
BRASIL/PARANÁ: Deral, do Brasil, espera que o estado do Paraná, no sul, produza 20,7 MMT de soja por meio de sua previsão mais recente. Isso é uma queda de 3%, citando a seca da região no sul.
ARGENTINA: A safra de soja argentina teve alta de 4% na avaliação bom/excelente da Bolsa de Grãos de Buenos Aires nesta semana, para 7%. A parcela da safra classificada como ruim estava em 54%, melhor do que os 60% da semana passada.
EUA-EXPORTAÇÕES SEMANAIS: O relatório semanal de vendas de exportação da FAS mostrou que 1.146 MMT de grãos de safra antiga foram vendidos durante a semana encerrada em 19/01. Esse foi o limite máximo das estimativas e foi 16% acima da semana passada e 11% maior ano/ano. A China foi o maior comprador da semana, com 940k MT encomendados, incluindo 386k MT trocados de desconhecidos. A China tem 28,24 MMT de soja para o livro 22/23 MY, ou 61% do total. Os compromissos da temporada estavam em 86% da previsão WASDE – em comparação com 79% no ano passado (que tinha compromissos em 75% da final da semana de 20 de janeiro).
COMPRA DA COREIA DO DIA: A NOFI da Coréia do Sul supostamente reservou 40 mil MT de farelo de colza por meio de licitação.
CHINA DEVE AUMENTAR IMPORTAÇÕES COM REABERTURA DA ECONOMIA
A China provavelmente aumentará as importações de grãos à medida que reabre partes de sua economia, disse nesta quinta-feira a trading de grãos Archer Daniels Midland (ADM). Em teleconferência com analistas, o CEO Juan Luciano disse que o país tem uma demanda reprimida semelhante à dos Estados Unidos no ano passado, e que o aumento da demanda chinesa por produtos agrícolas da ADM será positivo para a empresa. “A reabertura da China pode representar uma virada de jogo para uma série de commodities”, disse. Fonte: Dow Jones Newswires.
FERTILIZANTES/EUA: PREÇOS CAEM PARA MENOR NÍVEL EM MAIS DE UM ANO
Os preços de fertilizantes nos Estados Unidos estão no nível mais baixo em mais de um ano, de acordo com avaliação da provedora de dados agrícolas DTN. A queda está associada em grande parte aos preços de gás natural, que estão no menor nível desde abril de 2021. O gás natural é matéria-prima para obtenção de amônia, que por sua vez é usada na produção de fertilizantes nitrogenados. Segundo Russ Quinn, da DTN, esses são os preços mais baixos em cerca de 15 meses, e são uma boa notícia principalmente para os agricultores que ainda não compraram todo o fertilizante necessário para a safra de 2023″. Fonte: Dow Jones Newswires.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Mercado passa por recuperação, altas de até R$ 2,00 registradas
O mercado de soja vem passando por um período de recuperação, com altas de preços registradas em algumas regiões. No entanto, os produtores ainda não estão vendendo os saldos velhos de soja e se mostrando reticentes em firmar contratos futuros para a nova safra.Segundo informações obtidas, as fábricas estão exercendo um domínio absoluto no mercado, inclusive no porto, para a soja gaúcha. No porto, as indicações para as fábricas foram de R$ 180,00 para pagamento em março sobre rodas, marcando valorização de R$ 2,00/saca.
Já no interior do estado, as indicações foram de R$ 173,00 (+ R$ 2,00) em Cruz Alta, R$ 172,00 em Passo Fundo, e Ijuí(+ R$ 2,00), e R$ 173,00 em Santa Rosa e São Luiz (+ R$ 1,00). Em Panambi, os preços de pedra subiram para R$ 163,00 a saca. Apesar das altas de preços registradas, os produtores ainda se mostram cautelosos e não estão dispostos a vender suas safras antigas e nem a firmar contratos para a nova safra. O mercado deve ser acompanhado de perto para entender as tendências e as possíveis mudanças nos preços.
SANTA CATARINA: Preços em manutenção, dia sem diferença e com poucos negócios
Os preços da soja se mantiveram estáveis hoje, com cotações na faixa de R$ 171,50 a R$ 172,00. Apesar disso, o dia foi marcado pela falta de negociações no ercado, o que tem sido ação para proteção do produtor. De acordo com fontes do setor, a safra está evoluindo muito bem, com poucas perdas, o que deverá garantir uma produção satisfatória. A quebra de safra não será significativa, apesar da estiagem ter sido maior no oeste do estado, onde as condições são mais secas. Com isso, os produtores esperam que a situação melhore nos próximos meses, com a entrada da nova safra. Até o momento, as informações mais positivas são Intenções de compra até 173,00 para o janeiro com pagamento final de fevereiro e 173,00 pagamento final de abril, mas sem volumes fechados.
PARANÁ: Preços começam a se recuperar marcando altas de até R$ 1,00/saca, negócios seguem parados
Os preços começam a se recuperar marcando altas de até R$ 1,00/saca, mas os negócios seguem parados no mercado. No interior, as ofertas também são escassas e os preços estão indicados a R$ 160,00 no balcão de Ponta Grossa e R$ 168,00, R$ 170,00 e R$ 171,00, respectivamente, para entrega em janeiro e pagamento em fevereiro, março e maio de 2023marcando manutenção de preços. Cascavel, Maringa e Pato Branco por sua vez seguem alinhados e passaram por valorização de R$ 1,00/saca, indo a R$ 155,00 para
todas as posições.
No porto de Paranaguá, os preços indicados para entrega em fevereiro e pagamento em março e maio de 2023 foram de R$ 172,00 e R$ 173,00, respectivamente, também sem novos movimentos, demonstrando que pouco se vê em ação do produtor. Já para a safra 2023, as indicações de preço nominal foram de R$ 170,00 para entrega em março e abril e
pagamento em maio de 2023 no posto de Ponta Grossa e R$ 173,00 para entrega em fevereiro e março e pagamento em abril de 2023 no posto de Paranaguá. Quanto as cotações internacionais do complexo de soja de hoje, o SOJA GRÃO caiu -0,92%, o FARELO caiu -0,95% e o ÓLEO caiu -0,28%. O dólar, por sua vez, subiu +0,74%, cotado a R$ 5,1120.
MATO GROSSO DO SUL: Dia ausente de movimentos, nada de negócios
Mato Grosso do Sul registrou um dia ausente de novos movimentos, sem marcar desvalorizações ou efetuar negócios. Os principais fatores que impactam o mercado são a possibilidade de estoques argentinos serem maiores e a soja futura ficar mais barata, além do dólar fragilizado e o feriado chinês. Os preços estarem marcando poucos movimentos durante a semana nada mais indica do que um esforço interno dos agricultores do Estado para não fixar preços e controlarem o valor pela ausência de oferta. Muitos agricultores e traders esperem para ver como a situação se desenrola antes de fazer negociações. O dia foi marcado por poucas fixações de preços e nenhuma negociação, deixando o mercado em um estado de incerteza. Atualmente, os preços da soja são os seguintes: Dourados a R$ 155,00, Maracaju a R$ 154,00, Sidrolândia a R$ 153,00, Campo Grande a R$ 155,00, São Gabriel a R$ 153,00, Chapadão do Sul a R$ 150,00.
MATO GROSSO: Colheita atrasada; mercado se movimenta pouco
MERCADO: O mercado de soja no estado de Mato Grosso enfrentou mais um dia parado em termos de comércio e com pequenas quedas de até R$ 1,00/saca devido às desvalorizações de Chicago. Não houve negociações significativas no mercado local. Além
disso, chuvas têm sido vistas por todo o estado, nesta sexta-feira as chuvas vistas pelo Estado assustaram o produtor, o que atrapalha um pouco a colheita. Ademais, o produtor continua extremamente inseguro para se livrar da soja velha. A variedade de condições climáticas e a diferença de produção entre as regiões podem ser algumas das principais razões para essa insegurança. Neste cenário o produtor segue mais defensivo, sem efetuar grandes volumes em negócios e isso serve como termômetro dos próprios preços também.
SAFRA: A colheita da soja da safra 2022/23 em Mato Grosso atingiu até a esta sexta-feira 13,61% da área prevista, informou o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) em relatório semanal sobre os trabalhos de campo. Na semana, houve avanço de 7,71 pontos porcentuais. Já em relação à temporada anterior, a retirada da oleaginosa do campo está 18,21 pontos porcentuais atrasada, ante 31,82% reportados em igual período do ano passado. Há atraso também na comparação com a média dos últimos cinco anos, de 20,23%. A região mais adiantada é o oeste (21,01%), enquanto o nordeste do Estado está mais lento na colheita (3,61%).
MATOPIBA: Dia com predominância de altas de até R$ 1,00/saca
MERCADO: Com o mercado seguindo sem praticamente nenhuma resposta. Em Balsas, no
Maranhão, as cotações marcaram alta, fechando a R$ 152,00 (+R$ 0,50/saca). Já o Porto Franco-MA registrou alta, fechando a R$ 152,00 (+R$ 1,00/saca). Pedro Afonso, que agora substitui Porto Nacional nas cotações, após desvalorização, trouxe o valor de R$ 146,90 (+R$ 1,00/saca). Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 154,00 sem diferenças e em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, o preço ficou a R$ 157,00, marcando baixa de R$ 1,00/saca.
PROBLEMAS DE ARMAZENAGEM E ESCOAMENTO: A situação na região de MATOPIBA é bastante complexa em relação à produtividade, pois, assim como nas demais posições do Brasil, ela cresce ano a ano, mas as dificuldades de estrutura, armazenagem e transporte tem sido um importante obstáculo nesses momentos de perda de valor.
Fonte: T&F Agroeconômica