FECHAMENTOS DO DIA 28/08: O contrato de soja para setembro23 fechou em alta de 1,03 % ou $ 14,25 cents/bushel a $ 1395,25. A cotação de novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em alta de 1,30 %, ou $ 18,00 cents/bushel a $ 1405,75. A cotação de maio24 fechou em alta de 0,93 % ou $ 13,00 cents/bushel a $ 1415,50. O contrato de farelo de soja para setembro fechou em alta de 0,69 % ou $ 2,9 ton curta a $ 425,7 e o contrato de óleo de soja para setembro fechou em alta de 0,25 % ou $ 0,17/libra-peso a $ 66,90.

CAUSAS DA ALTA: A soja negociada na Bolsa de Chicago fechou em alta nessa segunda-feira. Os dados conflitantes entre a perspectiva para a safra americana do USDA (114,45 milhões de toneladas) e do Pro Farmer (111,87 milhões de toneladas) estimularam os investidores a cobrirem posições. O clima quente e seco dos últimos dias também foi um fator de alta, visto que algumas áreas de plantio de soja ainda podem ter variação de rendimento. Do lado comercial, os embarques para exportação foram praticamente estáveis no comparativo semanal, mas foi anunciado na manhã dessa segunda uma nova venda de soja com destino desconhecido de 296 mil toneladas, com entrega prevista para o ano comercial 2023/24.

NOTÍCIAS IMPORTANTES:

ARGENTINA-VEM AÍ O “DÓLAR SOJA 4”: O ministro Sergio Massa se prepara para implementar a quarta edição do “dólar soja” com o objetivo de recompor as reservas internacionais do Banco Central (BCRA).

EM JULHO NÃO DEU CERTO: Já em julho passado, a equipe técnica de Massa, chefiada pelo economista Gabriel Rubinstein, tinha planos de lançar um “dólar soja 4”, mas representantes da indústria de óleos vegetais se opuseram porque a terceira edição da operação lhes causava muitas dores de cabeça. Finalmente, a questão foi resolvida com o lançamento do “dólar milho”. Com a derrota do partido no poder nas eleições primárias, as pressões cambiais tornaram-se mais intensas e o governo passou a reforçar o bloqueio às importações, algo que, obviamente, é enormemente contracionista em termos da atividade económica.

INDÚSTRIA CONTINUA CONTRA: Assim, as negociações que visavam buscar um novo “resgate” cambial voltaram, mas, como havia acontecido em julho, os representantes da indústria de óleos – boa parte dos quais, lembremos, são gestores que devem dar explicações em sedes localizadas no exterior – novamente recusou-se a adiantar dólares por conta de futuros embarques de farelo e óleo de soja.

PANORAMA INTERNACIONAL DESFAVORÁVEL: Além das complicações financeiras e administrativas do chamado regime do “dólar da soja”, o panorama internacional do mercado de oleaginosas parece agora extremamente complexo, com um EUA que não conseguiu reconstruir as reservas internas de soja e uma América do Sul que promete inundar o mercado global. mercado de soja no primeiro semestre de 2024.

SETOR AGROINDUSTRIAL É O ÚNICO QUE FORNECE DIVISAS: Mas a realidade é que o sector agroindustrial argentino é o único que pode fornecer dólares a um governo que, graças a uma política económica extremamente pouco profissional, conseguiu desperdiçar o volume recorde histórico de divisas estrangeiras entradas entre 2021 e 2022. Foi assim que, conversa vai e vem, chegaram a um consenso e determinaram que o melhor consistia na implementação de um mecanismo semelhante ao já implementado no sector dos hidrocarbonetos: a livre disponibilidade de moeda estrangeira.

INDÚSTRIAS FICAM COM 25% E 75% DEVEM SE TROCADOS POR PESOS: Neste quadro, as indústrias de óleos vegetais poderão dispor de 25% das divisas geradas, enquanto 75% deverão continuar a entrar no país para serem trocados por pesos à taxa de câmbio oficial. (Bichos do campo).

EUA-SITUAÇÃO DAS LAVOURAS DE SOJA: O USDA informou no final da tarde dessa segunda-feira que 91% das plantas apresentam vagens, ante 86% da semana passada, 90% do ano anterior e 90% da média histórica. Além disso, 5% da soja está em fase de quedas de folhas, ante 4% do ano anterior e abaixo dos 6% da média histórica. Quantos as condições das lavouras dos 18 estados listados houve uma leve piora no quadro geral. A soja subiu para os 14% em condições pobre ou muito pobre, ante 13% da semana anterior e 13% do mesmo período do ano passado. Manteve em 28% em condições razoáveis como na semana passada e abaixo dos 30% do ano anterior. Já a soja em boas ou excelentes condições caiu para 58%, ante 59% da semana anterior e acima dos 57% do ano passado.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Preços retornam a altas amenas, negócios se mostram expressivamente lentos

CONTEXTO DO DIA: Semana começa lenta, apesar de bons preços. Grande parte dos negócios feitos com Soja no RS, acabam sendo feitos com soja de outros estados, para esmagar e/ou apenas embarcar aqui. Compradores seguem com suas demandas focadas no setembro (segunda quinzena), e indo para o final, e a maioria já olha outubro e até no novembro. NO PORTO: No porto, melhor preço do dia foi de R$ 163,00 para final de agosto, marcando alta de R$ 3,00/saca. NO INTERIOR: em Cruz Alta o preço subiu em R$ 6,00/saca, indo a R$ 153,00. Em Ijuí o valor foi a R$ 155,50, marcando alta de R$ 3,00/saca. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço ficou a R$ 155,00, também com alta de R$ 3,00/saca. Em Passo Fundo, por fim, o preço foi de R$ 155,50, finalmente, também com alta de R$ 3,00/saca.

SANTA CATARINA: Alta de preços de R$ 2,00/saca, negócios seguem lentos

CONTEXTO DO DIA: Preços marcam alta de R$ 2,00/saca em SC, a semana começou muito lenta, sem negócios saindo apesar da alta, com o produtor já muito bem comercializado aguardando momentos ainda melhores, sabe-se que volumes a R$ 155,00 para momentos mais distantes têm saído, o produtor aguarda esses. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 148,00 para 05/09 marcando alta de R$ 2,00/saca.

PARANÁ: Altas de até R$ 4,00/saca, negócios saindo

CONTEXTO DO DIA: Negócios passam por dia melhor em especial no porto de Paranaguá com alguns bons volumes saindo, as demais posições no entanto seguem fracas em termos de oferta, com produtor segurando mesmo diante de boas e atípicas altas, algo de se estranhar. Ademais, a maior parte dos volumes saindo são para mês que vem ou o próximo. NO PORTO: cif Paranaguá marcou alta de R$ 4,00/saca, indo a R$ 153,00 com pagamento em 30/09 e entrega em agosto. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa registrou alta de R$ 2,00/saca e segue a R$ 142,00. Nas demais posições, Cascavel a R$ 128,05, marcando alta de R$ 2,05/saca, Maringá a R$ 130,00, com alta de R$ 2,00/saca e Pato Branco a R$ 132,28, com alta de R$ 3,28/saca. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 136,00, marcando alta de R$ 3,00/saca. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi marcado por movimentações positivas, mas sem nenhuma relevância, com o grão de soja passando por alta de 1,03%, o farelo em alta de 0,69% e o óleo em alta de 0,25%. O dólar por sua vez marca baixa de 0,01%, sendo cotado a R$ 4,8753 ao fim do pregão.

MATO GROSSO DO SUL: semana começa forte, com altas de R$ 2,00/saca e 15.000 toneladas negociadas

CONTEXTO DO DIA: semana começa com movimentações consideravelmente melhores na região de Mato Grosso do Sul, em especial se comparado às demais regiões. Aproximadamente 15.000 toneladas foram negociadas hoje, dando continuação aos bons movimentos que se viram na segunda passada. Apesar dos volumes saídos estarem melhores do que se vê no PR, por exemplo, ainda há muito em estoque. PREÇOS DE HOJE: todas as posições marcaram alta de R$ 2,00/saca – em Dourados os preços foram cotados a R$ 130,00. Em Maracaju o preço foi a R$ 129,00. Em Sidrolândia o preço foi a R$ 128,00. em Campo Grande o preço foi a R$ 130,00 e em Chapadão do Sul o preço foi a R$ 127,00.

MATO GROSSO: Altas amenas de preços, negócios saindo lentamente

CONTEXTO DO DIA: diferente da maioria das regiões que marca valorizações maiores e depois retornos no dia seguinte, o MT é a definição da motivada tartaruga, anda apenas em uma direção, valorização, pouco a pouco, dia após dia e assim se valorizou mais de R$ 4,00/saca em algumas regiões em relação ao começo de semana passada. Com isso o produtor mantém um fluxo constante de mercadorias saindo, embora os volumes exatos sejam obscuros. PREÇOS PRATICADOS: Campo Verde a R$ 126,05 com valorização de R$ 0,65/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 119,75, com valorização de R$ 0,50/saca. Nova Mutum a R$ 120,55 com alta de R$ 0,55/saca. Primavera a R$ 128,05, com valorização de R$ 0,65/saca. Rondonópolis a R$ 128,55, com alta de R$ 0,65/saca. Sorriso, por fim, a R$ 119,35, com alta de R$ 0,60/saca.

MATOPIBA: Preços divididos, conjuntura mantida para o começo da semana

CONTEXTO DO DIA: Preços seguem incertos no complexo de MATOPIBA e sem informações precisas de volumes escoados, como de costume. Nota-se que os preços do mercado internacional reagem de forma diferente no complexo de MATOPIBA, algo estranho, considerando que a maior parte dos volumes vai para exportação, além disso, com produção bastante inferior às demais regiões, há também uma forte dinâmica interna de comércio. PREÇOS PRATICADOS: Balsas a R$ 127,00, sem mudança. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 130,00, com alta de R$ 4,50/saca. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi de R$ 120,11, com alta de R$ 0,11/saca. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 129,00, sem movimentos. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 126,00, com alta de R$ 1,00/saca.

Fonte: T&F Agroeconômica



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