FECHAMENTOS DO DIA: O contrato de soja para janeiro24, a próxima data negociada nos EUA, fechou em baixa de -0,32 %, ou $ -4,25 cents/bushel a $ 1342,75. A cotação de maio24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,25 % ou $ -3,50 cents/bushel a $ 1375,25. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em baixa de -0,47 % ou $ -2,1 ton curta a $ 442,2 e o contrato de óleo de soja para dezembro fechou em baixa de -0,74 % ou $ – 0,38/libra-peso a $ 52,29.

CAUSAS DA BAIXA: A soja negociada em Chicago fecho em alta nesta quinta-feira. A oleaginosa terminou o mês buscando achar o equilíbrio. O grão passou o mês oscilando entre a perspectiva de uma redução e atraso de safra no Brasil (altista), com dados de exportação abaixo do esperado pelo mercado(baixista). Prova da fraca demanda foi o salto dos informes semanais do USDA que, indicaram um aumento de 97% em relação as vendas da semana anterior. As exportações abaixo do esperado coincidiram com a finalização da colheita nos EUA. Nesta gangorra de fatores altistas e baixistas, o complexo de soja fechou o último dia do mês em baixa, mas com um saldo positivo no acumulado de novembro. A soja subiu 2,46%, o farelo de soja valorizou 1,44% e o óleo de soja ganhou 2,81% no período.

NOTÍCIAS IMPORTANTES

PLANTIO-ARGENTINA: O plantio de soja da safra 2023/24 na Argentina alcançou 43,8% da área projetada de 17,3 milhões de hectares. Trata-se de um avanço de 9 pontos porcentuais ante a semana anterior, informou a Bolsa de Cereais de Buenos Aires nesta quinta-feira, em relatório semanal. Na comparação com igual período da temporada passada, há avanço de 15 pontos porcentuais. Segundo a bolsa, chuvas frequentes contribuíram para o avanço dos trabalhos de campo. O cultivo da soja de primeira safra está praticamente concluído, enquanto a oleaginosa de segunda safra alcançou 130 mil hectares implantados.

ARGENTINA SEM INSUMOS AGRÍCOLAS? “Está tudo parado”: importação de insumos agrícolas está paralisada e ameaça abastecimento interno. Empresas do setor apontam que não há aprovações ou pagamentos no exterior; quais são os produtos mais afetados? A transição governamental adicionou novas tensões à cadeia comercial e o sector dos insumos agrícolas não está imune a isso. “Está tudo parado, tanto os pagamentos ao exterior quanto a aprovação do SIRA para poder importar”, disse à Agrofy News uma fonte da indústria de fertilizantes e agroquímicos. Segundo ele, herbicidas como glifosato, atrazina, paraquat, cletodim e 2,4D são afetados em produtos fitossanitários. Por outro lado, nos fertilizantes, principalmente os fosfatados e depois os nitrogenados. Aliás, o presidente eleito Javier Milei apontou como uma das questões complexas a resolução da dívida com os importadores, que seria próxima de US$ 50 bilhões. No acumulado anual, a queda face à safra 2022/23 é de 30%, acumulando 560 mil toneladas até agora este ano. Níveis de importação tão baixos não eram encontrados desde 2017, então a área de milho era de 5,2 mil. ha, 26% inferior à estimativa atual. Relativamente aos preços, o mercado continua a refletir uma forte distorção relativamente à paridade teórica. No mês de novembro assistimos mais uma vez à retirada dos operadores do mercado, sem gerar novos negócios e focados no cumprimento dos compromissos comerciais. O preço local da ureia é de 878 u$s/t, refletindo um aumento mensal de 39 u$s/t. A paridade teórica de importação é de 534 u$s/t. (Agrofy).

BRASIL/XP-É PREMATURO ASSUMIR QUE HAVERÁ QUEBRA NA SAFRA DE GRÃOS 2023/24 NO MATO GROSSO: A XP Investimentos informa em relatório que os analistas percorreram recentemente uma das regiões mais secas de Mato Grosso. O Estado representa quase 30% da produção de soja e quase 50% da segunda safra de milho no Brasil. “Nosso objetivo era calibrar nossas visões para a safra 2023/24. Nossa principal conclusão é que ainda é prematuro assumir que haverá quebras de safra no ciclo 2023/24”, informam no relatório os analistas Leonardo Alencar, Samuel Isaak e Pedro Fonseca. A XP pondera que há uma grande expectativa por boas chuvas em dezembro para ajudar no desenvolvimento das lavouras. “A vegetação está em piores condições por causa do estresse térmico deste ano e da precipitação abaixo da média. O Estado de Mato Grosso recebeu entre 25% e 80% da chuva normal nos últimos 30 dias”, informa. Ainda assim, diz o banco de investimentos, “a produtividade da soja pode se recuperar se receber volumes consistentes de chuva, e a climatologia de dezembro prevê de 200 mm a 300 mm de chuva, mais do que a soja precisa, mas a distribuição geográfica e a consistência são mais importantes do que o volume total em um ano de umidade do solo ruim”.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Preços sobem em RS 1,00/saca, negócios saindo lentamente

CONTEXTO DO DIA: Mercado lateralizado no dia de hoje, sem nenhuma novidade importante. Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em baixa nesta quinta-feira, impulsionados pelas incertezas sobre a safra brasileira, apesar dessa baixa, os efeitos no mercado foram praticamente nulos. Apenas volumes pequenos foram vistos rodando em algumas regiões do Estado. No estado, exportadores apenas compram seus complementos de carga, enquanto esmagadores dominam o mercado em todas as regiões (até no porto). NO PORTO: No porto, ocorreu novamente manutenção de preços, com Rio Grande se mantendo a R$ 153,00. NO INTERIOR: em Cruz Alta o preço foi de R$ 152,50, marcando alta de R$ 0,50/saca. Em Ijuí o valor foi a R$ 152,50 também com alta de R$ 0,50/saca. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço foi a R$ 152,00 marcando alta de R$ 1,00/saca. Em Passo Fundo, por fim, o preço foi de R$ 152,00, com alta também de R$ 1,00/saca. EMATER: O plantio de soja 2023/24 foi intensificado nesta semana no Rio Grande do Sul, favorecido pela diminuição das precipitações e o aumento do número de dias ensolarados, e atinge 50% da área, informou a Emater. “Persiste a defasagem em comparação com a safra anterior, que, na mesma época, já havia sido implantada em 70% (da área) e, na média dos últimos cinco anos, alcançado 75% da área projetada”, disse a empresa em relatório sobre o mercado. “Há preocupação por parte dos produtores em relação ao atraso, que pode impactar negativamente a produtividade, além de impossibilitar a implementação de um plantio escalonado, que facilitaria os manejos culturais subsequentes.”

SANTA CATARINA: Preços marcam baixa de R$ 3,50/saca

CONTEXTO DO DIA: Mercado segue a semana com baixa muito expressiva de R$ 3,50/saca e negócios muito parados, não se diz que não saiu absolutamente nada, mas a quantidade que saiu é bastante desprezível, aproximadamente de 1.000 toneladas. O clima se mostra ainda positivo para as plantações. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 140,50.

PARANÁ: Preços em quedas expressivas, negócios parados

CONTEXTO DO DIA: Após resposta lenta do mercado, se viu preços caindo rapidamente no dia de hoje, algumas regiões chegaram a marcar baixa de R$ 5,80/saca, valor bastante expressivo. Além disso é importante dizer que parte dessas quedas se deve a mudança de contrato, o contrato atual é mais distante, entrega em abril para o interior do Estado, apenas o porto segue entregando em dezembro. Além disso, o Paraná já semeou 96% da soja de 23/24, segundo relatório DERAL. O plantio da safra de soja 2023/24 no Paraná avançou 3 pontos porcentuais na semana, NO PORTO: cif Paranaguá marcou queda de R$ 4,00/saca, indo a R$ 140,00 com pagamento em 29/12 e entrega em dezembro. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa marca queda de R$ 2,00/saca, indo a 134,00, aqui estamos falando da soja disponível, do lote e vemos valores mais altos do que os de pedra. Nas demais posições temos algumas quedas ainda mais expressivas, com Cascavel indo a R$ 128,20 após queda de R$ 5,80/saca, Maringá a R$ 128,20, também caindo em R$ 5,80/saca e Pato Branco a R$ 130,00, caindo em R$ 3,00/saca. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 130,00 repetindo preços. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja marcou predominância de quedas. O grão de soja passou por baixa de 0,32%, o farelo passou por baixa de 0,47% e o óleo em baixa de 0,74%. O dólar por sua vez marcou alta de 0,56%, sendo cotado a R$ 4,915 ao fim do pregão.

MATO GROSSO DO SUL: Preços marcam queda, foco no campo

CONTEXTO DO DIA: Pressão climática no Brasil recai sobre os preços, a espera de melhoras, não apenas no MS, mas em especial para a parte central do Brasil faz com que os preços continuem se desvalorizando ou marcando manutenção, parte da estrutura é segurada pela melhora da conta corrente do Brasil em virtude da desvalorização do real sobre o dólar, com isso, vemos um contra peso quase sempre perdedor de desvalorizações sendo mitigadas pela melhora das exportações. PREÇOS DE HOJE: todas as posições passaram por queda – em Dourados os preços foram cotados a R$ 128,00 com queda de R$ 5,00/saca. Em Maracaju o preço foi a R$ 128,00 com queda de R$ 1,00/saca. Em Sidrolândia o preço foi de R$ 129,00 com queda de R$ 2,00/saca. Em Campo Grande o preço foi de R$ 132,00 com queda e R$ 1,00/saca e em Chapadão do Sul o preço foi a R$ 130,00, com queda de R$ 2,00/saca.

MATO GROSSO: Dia de poucos movimentos, mas o tom é de quedas

CONTEXTO DO DIA: Regiões de Mato Grosso marcam dia de pouca expressão em termos de negócios e novas quedas em apenas duas regiões, sobre as demais não se soube de variação de preços. A tendência é que para essa semana que vem o Estado seja dominado por desvalorizações, isso se deve ao novo panorama climático, um fundamento forte e positivo e deve atingir em especial a área central do país, incluindo MT. Chegamos a momento especialmente importante em termos de safra, o que ocorrer agora deve nos responder sobre as expectativas de rendimentos futuros PREÇOS PRATICADOS: Campo Verde a R$ 126,00 com queda de R$ 1,60/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 122,00 com queda de R$ 1,30/saca. Nova Mutum a R$ 123,80. Primavera a R$ 128,00. Rondonópolis a R$ 130,00. Sorriso, por fim, a R$ 122,80.

MATOPIBA: Mercado completamente parado, não se soube de novos negócios

CONTEXTO DO DIA: Como visto na maioria das regiões do Brasil, o complexo do MATOPIBA segue com baixos níveis de comercialização sendo vistos, no decorrer da semana algumas informações de negócios ocorrendo na região se mostraram presentes, mas para hoje não se soube de nada. Apesar da aparente baixa demanda pela soja da região, preços permanecem firmes, com menos variação do que visto na maioria das demais regiões. PREÇOS PRATICADOS: Balsas a R$ 125,50. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 125,00, sem movimentos. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi de R$ 122,00. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 120,00. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 132,50.

Fonte: T&F Agroeconômica



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