FECHAMENTOS DO DIA 10/08: O contrato de soja para setembro23 fechou em baixa de -0,24 % ou $ -3,25 cents/bushel a $ 1352,00. A cotação de novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em alta de 0,75 %, ou $ 9,75 cents/bushel a $ 1318,25. A cotação de maio24 fechou em alta de 0,77 % ou $ 10,25 cents/bushel a $ 1335,25. O contrato de farelo de soja para setembro fechou em alta de 0,56 % ou $ 2,3 ton curta a $ 415,00 e o contrato de óleo de soja para setembro fechou em baixa de -0,05 % ou $ -0,03/libra-peso a $ 64,18.
CAUSAS DA ALTA: A soja negociada em Chicago fechou em alta para a maior parte das cotações. Com exceção das duas primeiras posições, que fecharam em baixa por ajustes técnicos, a oleaginosa registrou ganhos em todas as cotações referentes ao novo ciclo comercial. Os bons dados de vendas externas indicado pelo USDA, próximo do teto esperado pelo mercado e com registro de compras pela China deram suporte à cotação. No entanto, a alta foi limitada pela melhora dos números do Monitor da Seca nos EUA. A parcela da área de soja com algum nível de estiagem caiu de 51% para 43% na última semana. Entre a interpretação dos dois dados, as vendas (altistas) e a melhora do solo (baixista) os movimentos foram limitados com o mercado esperado os números do WASDE nessa sexta-feira.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
BRASIL/ABIOVE/EXPORTAÇÕES: A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) revisou para cima sua estimativa para as exportações de soja do Brasil neste ano. O volume de soja em grão a ser enviado ao exterior subiu de 97,5 milhões de toneladas para 98,5 milhões. Já os volumes de farelo e óleo permanecem em 22 milhões de toneladas e 2,4 milhões, respectivamente, como projetado no mês passado. “Com isso, a expectativa de geração de receita com as exportações de todos os produtos da cadeia produtiva da soja neste ano deve chegar a US$ 66,6 bilhões. Para se ter uma ideia, esta projeção de receita é quase 10% superior à registrada no ano passado (US$ 61 bilhões)”, destacou a entidade em nota.
BRASIL/ABIOVE/PRODUÇÃO DE SOJA: A Abiove também ajustou para cima a estimativa para a produção de soja em grão da safra 2022/23. O volume deve ser de 157 milhões de toneladas, aumento de 500 mil toneladas em comparação à projeção divulgada em julho. A expectativa em relação ao processamento do grão foi mantida em 53,5 milhões de toneladas. A entidade também manteve os números de julho para a produção de farelo (41 milhões de toneladas) e a de óleo de soja (10,8 milhões de toneladas). A projeção para exportações de soja no ano subiu ante o último levantamento.
BRASIL/ABIOVE/ESMAGAMENTO: O processamento de soja de janeiro a junho foi de 23,8 milhões de toneladas. “Quando ajustado pelo porcentual amostral, constata-se um aumento de 5% em relação ao mesmo período do ano passado. Já o processamento específico para o mês de junho, 4,364 milhões de toneladas, apresentou uma redução de 2,3% em comparação a maio de 2023 e alta de 7,9% relativamente a junho de 2022”, disse a Abiove na nota.
AMERICA DO SUL: A CONAB do Brasil elevou a produção de soja em 37 MT para 154,6 MMT. A maior parte do aumento veio via Rondônia, no Norte. O USDA está usando atualmente 156 MMT. A Bolsa de Comércio de Rosário divulgou suas estimativas preliminares para a produção de soja 23/24 da Argentina em 48 MMT – acima dos 20 MMT deste ano.
EUA-VENDAS DE SOJA MAIORES: A FAS informou que as encomendas de soja foram de 406,6 mil MT para a safra velha – bem acima da média de 5 semanas, mesma semana do ano passado e da faixa esperada. O negócio de safra nova chegou a 1.096 MMT, próximo ao topo das estimativas. A China foi o maior comprador de grãos da nova safra, com 753k MT e apenas 266k MT anunciados anteriormente para a semana. A China detém 3,752 MMT nos livros, em comparação com 8,868 MMT no ano passado. Os compromissos 23/24 para todos os destinos permanecem 42% atrás do volume do ano passado com 9,19 MMT.
EUA-FARELO E ÓLEO(CANCELAMENTOS): A atualização semanal mostrou que as reservas de farelo de soja foram de 144k MT para entrega de safra velha e 286k MT para 23/24. As vendas de farelo de safra velha estavam em linha com as estimativas e as reservas do novo ano comercial estavam no topo da faixa esperada. As exportações totais atingiram 10.657 MMT em 3/8. As reservas de óleo de soja resultaram em um cancelamento líquido de 645 MT. O USDA mencionou um cancelamento de 1k MT da Guatemala compensando 300 MT vendidos para o Canadá.
SOJA BRASILEIRA PROVOCA DOR DE CABEÇA NOS ARGENTINOS: A soja importada do Brasil deu dor de cabeça para a indústria esmagadora argentina na hora de vender o óleo, por quê? “Este ano a importação temporária representaria cerca de 30% da moagem total. Com a soja importada melhoramos o nível de proteína do farelo de soja, mas o nível de acidez do óleo de soja aumentou significativamente porque no Brasil, devido à grande safra, os grãos foram armazenados em pilhas ao ar livre e isso acabou gerando a acidez a níveis que por vezes nos deixaram à beira de penalidades internacionais (por descumprimento) de cláusulas contratuais”, comenta Alejandra Sarquis, gerente de Pesquisa da Molinos Agro argentina.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Dia de manutenção de preços, a espera do WASDE
CONTEXTO DO DIA: Dia muito calmo no mercado hoje. Olhos voltados para o Wasde de sexta-feira. Compradores seguem com suas demandas focadas no setembro. NO PORTO: No porto, melhor preço do dia foi de R$ 158,00 para final de agosto, marcando manutenção. NO INTERIOR: em Cruz Alta o preço também não se moveu e segue a R$ 151,00. Em Ijuí o valor foi a R$ 150,50, marcando manutenção. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço ficou a R$ 150,00, sem movimentos. Em Passo Fundo, por fim, o preço foi de R$ 150,50, também com uma repetição de valor.
SANTA CATARINA: Preços marcam manutenção, negócios seguem muito lentos
CONTEXTO DO DIA: Preços marcam manutenção em Santa Catarina, fazendo com que o mercado já parado não marcasse qualquer mudança em termos de negócios. O produtor segue aguardando melhores momentos escoando apenas volumes necessários para a manutenção das propriedades. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 146,00 para 05/09 com entrega imediata.
PARANÁ: Espaçadas altas vistas em Paranaguá e Ponta Grossa, negócios parados
CONTEXTO DO DIA: Mais um dia de movimentações amenas de preços, com valorizações boas sendo vistas em Paranaguá em Ponta Grossa, mas muito pouca ou nenhuma movimentação vista nas demais posições no interior do Estado. O foco segue notavelmente no milho e mesmo ele deu uma desacelerada nesse periodo, de forma geral, pode-se dizer que o produtor está mantendo uma postura bastante recuada, aguardando o relatório WASDE que virá no dia 11. NO PORTO: cif Paranaguá marcou alta de preços de R$ 3,00/saca, indo a R$ 148,00 com pagamento em 30/09 e entrega em agosto. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa registrou também boa alta ao subir em R$ 2,00/saca, indo a R$ 140,00. Nas demais posições, Cascavel permaneceu igual a R$ 127,00, Maringá também marcou manutenção e Pato Branco subiu em R$ 0,50/saca, indo a R$ 132,50. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 135,00, marcando valorização de R$ 3,00/saca. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi marcado por movimentações de pouco impacto, com o grão de soja passando por baixa de 0,24, o farelo em alta de 0,56% e o óleo em baixa de 0,05%. O dólar por sua vez marca baixa de 0,47%, sendo cotado a R$ 4,8821 ao fim do pregão.
MATO GROSSO DO SUL: Dia de desvalorizações na casa de R$ 3,00/saca, negócios parados
CONTEXTO DO DIA: Mais um dia parado em termos de negócios. Hoje, nem mesmo pequenos volumes foram relatados no mercado, pois as quedas vistas em especial no pregão da tarde foram bem consideráveis. Além disso, supõe-se que de forma análoga às demais posições, nem mesmo se altas tivessem sido vistas ocorreria qualquer coisa, pois os produtores aguardam pelo relatório WASDE que chega amanha e seus desdobramentos no mercado. PREÇOS DE HOJE: Todas as posições marcaram queda de R$ 3,00/saca – em Dourados os preços foram cotados a R$ 124,00. Em Maracaju o preço foi a R$ 123,00. Em Sidrolândia o preço foi a R$ 122,00. em Campo Grande o preço foi a R$ 124,00 e em Chapadão do Sul o preço foi a R$ 121,00.
MATO GROSSO: Altas gerais de até R$ 2,30/saca, negócios seguem lentos
CONTEXTO DO DIA: Mercado segue aguardando o relatório WASDE e durante esse período não tem se movimentado de forma comum, o produtor segura seus negócios de soja de forma expressiva, apenas observando a volatilidade diária do mercado. PREÇOS PRATICADOS: Campo Verde a R$ 121,60 marcando valorização de R$ 2,30/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 115,60, com alta de R$ 1,30/saca. Nova Mutum a R$ 116,40, com alta de R$ 1,40/saca. Primavera a R$ 122,00 com alta de R$ 2,00/saca. Rondonópolis a R$ 123,75, com valorização de R$ 1,75/saca. Sorriso, por fim, a R$ 115,00 com alta de R$ 1,20/saca.
MATOPIBA: Dia de manutenção, sem mudanças de preços no complexo
CONTEXTO DO DIA: Preços seguem incertos no complexo de MATOPIBA e sem novas informações de negócios sendo entregues. Como de costume para esse período, sabe-se que ocorrem negócios relacionados a manutenção das propriedades por todo o território nacional, mas mesmo essas movimentações diminuíram essa semana, o mercado aguarda o relatório WASDE com ansiedade e não tem tido movimentos enquanto isso. PREÇOS PRATICADOS: Balsas a R$ 121,00. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 125,00. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi de R$ 118,00. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 127,50. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 123,00. Nenhuma das posições se moveu.
Fonte: T&F Agroeconômica