FECHAMENTOS DO DIA 03/08: O contrato de soja para setembro23 fechou em alta de 0,40 % ou $ 5,50 cents/bushel a $ 1382,00. A cotação de novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em alta de 0,30 %, ou $ 5,50 cents/bushel a $ 1325,25. A cotação de maio24 fechou em alta de 0,32 % ou $ 4,25 cents/bushel a $ 1334,00. O contrato de farelo de soja para setembro fechou em alta de 0,75 % ou $ 3,2 ton curta a $ 427,1 e o contrato de óleo de soja para setembro fechou em baixa de -0,96 % ou $ -0,62/libra-peso a $ 64,04.
CAUSAS DA ALTA: A Soja negociada em Chicago fechou em leve alta nessa quinta-feira. Os bons dados de exportação, principalmente referentes a nova safra deram sustentação a oleaginosa. O USDA informou que exportadores venderam 90,6 mil toneladas de soja da safra 2022/23 na semana encerrada em 27 de julho. Para 2023/24, foram vendidos 2,63 milhões de toneladas. A China comprou 863,9 mil toneladas do volume total, de 2,72 milhões de toneladas. Analistas esperavam vendas totais de até 2,6 milhões de toneladas. No entanto, a melhora no clima limitou maiores altas. O Monitor da Seca passou de 53% para 51% as áreas cultivadas com soja com algum grau de déficit hídrico. A empresa de meteorologia DTN indicou a possibilidade de chuvas mais espalhadas para os próximos dias.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
BRASIL-SAFRA 23/24 DEVE ATINGIR 165,9 MT: A Céleres prevê produção recorde no Brasil em 2023/24 de 165,9 milhões de toneladas, um crescimento de 2,1% em relação à safra anterior. A área plantada com soja em 2023/24 no Brasil deverá crescer 2,1% em relação à safra anterior, alcançando 45,2 milhões de hectares e a produtividade esperada, de 3,7 toneladas/ha, contra 3,6 t/ha no ciclo 2022/23, se deve à perspectiva de que o Rio Grande do Sul poderá retomar bons rendimentos com a previsão de El Niño de média a alta intensidade após dois anos de La Niña. Do lado da demanda, além do posicionamento “cada vez mais claro e relevante” do País como fornecedor global, a perspectiva é de um aumento do esmagamento do grão, sobretudo para fornecimento de óleo para indústria de biodiesel. “No entanto, vale lembrar que o cenário interno para farelo e óleo de soja deve ser mais desafiador em 2024 em razão da provável retomada da oferta argentina de soja e derivados no mercado global”, disse a consultoria.
PARANAGUÁ-LONGA ESPERA AFETA PRÊMIOS: Há uma quantidade acima do normal de navios esperando no porto de Paranaguá, como mostra a figura ao lado. São navios que vieram buscar soja e milho e descarregar fertilizantes. No corredor de exportação, onde embarca a maior parte dos grãos, a demora é entre 33 e 35 dias, segundo informações da Agência Rochamar. Lembramos que os navios são fretados para permanecer uma média de 15 dias à espera da atracação e carregamento. O que exceder este período custa US$ 15 mil/dia para os navios Handysize (até 35K tons) e US$ 45 mil/dia, para os navios Panamax (60 k tons ou mais). Isto pode ser um dos motivos pela redução nos prêmios atuais da soja e do milho.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Preços voltam a recuar, logo após dia de altas, mostrando mercado incerto
CONTEXTO DO DIA: Mercado de soja começa a sentir a expectativa do relatório do WASDE do próximo dia 11/08. Agentes do mercado se perguntam de quanto será o corte nas estimativas de rendimentos das lavouras americanas e como isso deve impactar o mercado. É consenso no mercado que o corte não atingirá 52 bu/acre, mas não se sabe quanto esperar. Além disso, onde se ajustará a eventual diferença? No consumo ou na exportação americana? Com isso mercado deverá flertar com novas altas até dia 11/08. Hoje não foi diferente, e ainda, houve uma boa apreciação do Dólar frente ao Real. Compradores seguem com suas demandas focadas no setembro. NO PORTO: No porto, melhor preço do dia foi de R$ 157,50 para final de agosto, marcando alta de R$ 3,00/saca. NO INTERIOR: em Cruz Alta o preço caiu em R$ 2,00/saca, indo a R$ 145,50. Em Ijuí o valor foi a R$ 150,00, marcando alta de R$ 3,00/saca. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço ficou a R$ 149,50, subindo em R$ 3,00/saca. Em Passo Fundo, por fim, o preço foi de R$ 150,00, também com alta de R$ 3,00/saca.
SANTA CATARINA: Preços sem mudança, negócios seguem parados
CONTEXTO DO DIA: Preços marcam manutenção na continuidade da semana em SC, ainda sem marcar qualquer negócio que se saiba. Os preços se mantiveram os mesmos por 3 dias durante a semana passada, mas acabaram voltando a andar por terreno negativo e piorando desde então. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 146,00 para 05/09 com entrega imediata, marcando manutenção.
PARANÁ: Mercado de poucos movimentos, altas em Paranaguá e Ponta Grossa
CONTEXTO DO DIA: Preços marcam dia de poucos movimentos, com cambio subindo de forma expressiva e alguma valorização sendo vista por parte de Chicago. Ainda assim o mercado mal se move em termos gerais, o interior segue sem mudanças e apenas Paranaguá e Ponta Grossa marcam valorizações reais. O produtor segue atento e aguardando melhores momentos antes de tomar qualquer decisão que possa afetar seus ganhos futuros. NO PORTO: cif Paranaguá marcou alta de R$ 3,00/saca, indo a R$ 150,00 com pagamento em 30/09 e entrega em agosto. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa registrou alta expressiva de R$ 3,00/saca, indo a R$ 145,00. Nas demais posições de Cascavel, Maringá e Pato Branco, os valores marcaram manutenção, ainda a R$ 129,00, R$ 129,00 e R$ 128,00 respectivamente. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 137,00, marcando alta expressiva de R$ 7,00/saca. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi marcado por movimentações positivas, com o grão de soja passando por alta de 0,40%, o farelo em alta de 0,75% e o óleo em baixa de 0,96%. O dólar por sua vez marca alta de 1,94%, sendo cotado a R$ 4,8987 ao fim do pregão.
MATO GROSSO DO SUL: Altas de R$ 1,00/saca, negócios seguem parados
CONTEXTO DO DIA: Mais um dia parado em termos de negócios, exceto por pequenas vendas que não geram volume no mercado. O produtor foi capaz de suprir suas necessidades de manutenção ao longo da semana sem afetar muito os estoques. Apesar disso, vemos bom avanço da comercialização, segundo levantamento a comercialização já alcançou o percentual de 63,80%. PREÇOS DE HOJE: todos os preços marcaram alta de R$ 1,00/saca – em Dourados, os preços foram cotados a R$ 126,00, em Maracaju a R$ 124,00, em Sidrolândia a R$ 123,00, em Campo Grande a R$ 126,00 e em Chapadão do Sul a R$ 123,00.
MATO GROSSO: Preços em baixas de até 4,85/saca, negócios ainda lentos
CONTEXTO DO DIA: dia marcado por baixas gerais no MT com baixos volumes de soja sendo negociados, a tendência do mercado segue sendo de difícil interpretação e a escolha da maioria dos produtores é de guardar o grosso da mercadoria enquanto escoa pequenas partes para manutenção de suas propriedades. No entanto, devido as altas do dia, alguns volumes foram escoados. PREÇOS PRATICADOS: Campo Verde a R$ 118,20, marcando desvalorização de R$ 1,15/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 114,50, com baixa de R$ 4,85/saca. Nova Mutum a R$ 115,00, com baixa de R$ 0,90/saca. Primavera a R$ 118,80 com baixa de R$ 1,20/saca. Rondonópolis a R$ 120,60, com desvalorização de R$ 1,25/saca. Sorriso, por fim, a R$ 113,70 com baixa de R$ 0,85/saca.
MATOPIBA: Altas amenas, sem negócios reportados
CONTEXTO DO DIA: Preços seguem incertos no complexo de MATOPIBA e sem novas informações de negócios sendo entregues. Como de costume para esse período, sabe-se que ocorrem negócios relacionados a manutenção das propriedades por todo o território nacional, mas a situação de volume de mercado segue fortemente fragilizada. PREÇOS PRATICADOS: Balsas a R$ 123,00, marcando manutenção. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 127,00, com alta de R$ 1,00/saca. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi de R$ 121,90, com alta de R$ 0,90/saca. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 133,00 sem mudança. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 128,00, com alta de R$ 4,00/saca.
Fonte: T&F Agroeconômica