FECHAMENTOS DO DIA: O contrato de soja para janeiro24, a próxima data negociada nos EUA, fechou em alta de 2,60 %, ou $ 35,00 cents/bushel a $ 1382,50. A cotação de maio24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 2,44 % ou $ 33,50 cents/bushel a $ 1405,00. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em alta de 4,38 % ou $ 19,7 ton curta a $ 469,1 e o contrato de óleo de soja para dezembro fechou em alta de 0,66 % ou $ 0,34/libra- peso a $ 51,54.
CAUSAS DA ALTA: A soja negociada em Chicago fechou em forte alta nesta segunda-feira. Os fatores dominantes nas mesas dos operadores americanos são o clima no Brasil e a demanda chinesa pelo grão americano. Os extremos climáticos no Brasil, com a maior seca dos últimos 30 anos no centro e norte do país e chuvas persistentes na região sul, estão atrasando o plantio. Esse fator está sendo acompanhado de perto pelo mercado, que já aposta em uma possível redução de safra no Brasil. O clima seco também está travando parte da nossa logística no arco-norte, o que está levando os compradores chineses a buscar grãos nos EUA. Nesse sentido, o USDA 204 mil toneladas de soja para o país asiático nesta segunda. Em seu relatório semanal, o Departamento Americano informou 1,67 milhão de toneladas de soja foram inspecionadas para exportação em portos dos EUA na semana até 9 de novembro, queda de 23,66% ante a semana anterior e abaixo da expectativa do mercado.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
FARELO DE SOJA – AVANÇANDO FIRME: O desempenho do farelo de soja, que avançou mais de 4%, também deu suporte às cotações da oleaginosa. Segundo Joel Karlin, da Ocean State Research, o desempenho do derivado pode ter refletido compras realizadas por fundos, diante do clima desfavorável no Brasil e da oferta apertada nos Estados Unidos. No plano físico, as dificuldades de produção de farelo da argentina – até recentemente maior exportador mundial – somado à pouca disponibilidade e esmagamento dos EUA e as dificuldades logísticas do Brasil estão deixando o abastecimento mundial mais curto, razão pela qual os preços estão se elevando acima do nível histórico.
EUA-EXPORTAÇÕES MENORES: O relatório semanal das exportações americanas de soja, divulgado hoje pelo USDA, registra que o volume das exportações americanas de soja na semana passada foi inferior ao da semana anterior e inferior ao da mesma semana do ano anterior. Da mesma forma, o total exportado da safra atual é inferior ao total exportado na mesma época do ano passado, apesar do movimento de troca da demanda brasileira pela americana nas últimas semanas.
BRASIL-PLANTIO DA SAFRA DE SOJA 2023/24 ALCANÇA 61% DA ÁREA NO BRASIL ANTE 51% NA SEMANA ANTERIOR: O plantio da safra de soja 2023/24 alcançou 61% da área estimada para o Brasil, na quinta-feira (9), em comparação com 51% uma semana antes e 69% no mesmo período do ano passado, de acordo com levantamento da AgRural. O porcentual alcançado na semana manteve o plantio da safra 2023/24 como o mais baixo desde a temporada 2020/21, informou a consultoria.
PORTO DE PARANAGUÁ AUMENTA PROFUNDIDADE DO CANAL EM MAIS CINCO BERÇOS E ELEVA CAPACIDADE DE EMBARQUE: O calado operacional dos navios do Porto de Paranaguá (PR), em cinco berços (201, 202, 204, 209 e 211), vai aumentar graças à mais recente operação de dragagem. Segundo a Portos do Paraná, a ampliação do calado tem impacto direto na capacidade de embarque, garantindo maior competitividade no mercado internacional. Em média, cada metro de calado operacional significa cerca de 7 mil toneladas a mais de granéis movimentados. O ganho operacional estimado é de 2,1 mil toneladas a mais de carga, por navio. Ou seja, a principio, mais de 378 mil toneladas no ano, para uma média de 180 navios.
EUA-COLHEITA DE SOJA: O USDA informou, no final da tarde dessa segunda-feira, que a colheita nos 18 estados listados alcançou 95% a área pretendida colhida, ante 91% da semana passada, 96% do ano anterior e acima dos 91% da média histórica.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Preços sobem bem na abertura da semana, negócios se movendo
CONTEXTO DO DIA: A semana começa com altas expressivas em Chicago, empurradas pelas ótimas inspeções de vendas americanas e pelo clima ainda desfavorável no centro oeste do Brasil. A disputa entre exportadores e a demanda para esmagamento, tem garantido bons preços aos produtores que ainda tem soja disponível. Compradores, no porto, seguem com suas demandas no novembro, já falando em encerramento de exportações. NO PORTO: No porto, melhor preço do dia, quando dólar esteve alto, foi de R$ 156,00, marcando alta de R$ 2,00/saca para dia 20 de novembro. NO INTERIOR: em Cruz Alta o preço foi de R$ 153,50, marcando alta de R$ 2,00/saca. Em Ijuí o valor foi a R$ 153,50 também marcando alta de R$ 2,00/saca. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço foi a R$ 153,00 marcando alta de R$ 2,50/saca. Em Passo Fundo, por fim, o preço foi de R$ 153,50, marcando alta de R$ 2,50/saca.
SANTA CATARINA: Preços se repetem, negócios ainda parados
CONTEXTO DO DIA: Preços marcam manutenção após alta de sexta-feira na base de R$ 3,00/saca. Diferente do que foi visto no termino da semana passada, não se soube de negócios sendo efetuados. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 149,00.
PARANÁ: Dia de poucos movimentos, alta apenas em Paranaguá
CONTEXTO DO DIA: Negócios seguem na apatia costumeira, sem mudar a perspectiva. No dia de hoje pode-se notar um mercado pouco expressivo com o porto marcando recuperação em relação as ultimas baixas vista e as posições interioranas seguem sem movimentos. NO PORTO: cif Paranaguá marcou alta de R$ 3,00/saca, indo a R$ 148,00 com pagamento em 02/12 e entrega em novembro. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa marca manutenção, ainda a 140,00, aqui estamos falando da soja disponível, do lote e vemos valores mais altos do que os de pedra. Nas demais posições temos manutenções, com Cascavel a R$ 135,70 sem se mover. Maringá a R$ 137,30 também sem novos movimentos e Pato Branco a R$ 136,50 em manutenção. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 127,00. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi marcado por movimentações divididas. O grão de soja passou por alta de 0,30%, o farelo passou por baixa de 0,11% e o óleo em alta de 1,49%. O dólar por sua vez marca baixa de 0,51%, sendo cotado a R$ 4,9145 ao fim do pregão.
MATO GROSSO DO SUL: Preços marcam queda, negócios seguem lentos
CONTEXTO DO DIA: Mercado começa a semana de forma semelhante a como terminou a anterior, sem movimentos positivos e com poucos volumes sendo negociados. Estima-se que aproximadamente 2.000 toneladas foram negociadas hoje PREÇOS DE HOJE: todos os preços marcaram baixa de R$ 1,00/saca – em Dourados os preços foram cotados a R$ 129,00. Em Maracaju o preço foi a R$ 128,00. Em Sidrolândia o preço foi de R$ 128,00 em manutenção. Em Campo Grande o preço foi de R$ 129,00 e em Chapadão do Sul o preço foi a R$ 128,00.
MATO GROSSO: Preços em queda, negócios saindo lentamente
CONTEXTO DO DIA: Regiões de Mato Grosso marcam dia de baixas pouco expressivas e negociações da mão para a boca, produtor busca negociações para 2024, mas mesmo esses volumes não tem encontrado ofertas satisfatórias. Com o produtor continuando com movimentações bastante amenas o foco na plantação e no milho pesa e com isso se vê poucos resultados no mercado. PREÇOS PRATICADOS: O mercado do dia marcou baixas, com isso – Campo Verde a R$ 122,60 com baixa de R$ 0,40/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 120,00 com queda de R$ 0,50/saca. Nova Mutum a R$ 120,50 com baixa de R$ 0,50/saca. Primavera a R$ 122,90 com baixa de R$ 0,40/saca. Rondonópolis a R$ 124,90, com baixa de R$ 0,10/saca. Sorriso, por fim, a R$ 119,60 com baixa de R$ 0,40/saca.
MATOPIBA: Altas expressivas em poucas regiões do complexo, negócios saindo
CONTEXTO DO DIA: Como visto na maioria das regiões do Brasil, o complexo do MATOPIBA segue extremamente parado, com níveis mínimos de comercialização e apenas em regiões específicas. A região é marcada por um sério problema de assimetria de informações, novas informações chegam, com sorte, uma vez por semana de quem realmente está de olho no mercado do complexo por dentro. O que se sabe é que existe alta qualidade de grãos na região, mas que a logística complica as negociações e nesse momento, em um contexto geral, os preços seguem caindo em virtude da baixa demanda. PREÇOS PRATICADOS: Balsas a R$ 122,50 marcando alta de R$ 3,50/saca. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 125,00, sem movimentos. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi de R$ 122,00. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 120,00. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 130,00 com alta de R$ 3,00/saca.
Fonte: T&F Agroeconômica