FECHAMENTOS DO DIA 27/06: O contrato de soja para julho23 fechou em baixa de -1,71% ou $ -26,00 cents/bushel a $ 1495,00. A cotação de novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em baixa de -2,17%, ou $ -28,75 cents/bushel a $ 1294,25. A cotação de maio24 fechou em baixa de -2,17% ou $ -28,75 cents/bushel a $ 1295,00. O contrato de farelo de soja para julho fechou em baixa de -1,76% ou $ -7,30 ton curta a $ 407,3 e o contrato de óleo de soja para julho fechou em alta de 1,75% ou $ 1,04/libra-peso a $ 60,55.

CAUSAS DA BAIXA: A soja negociada em Chicago devolveu o alta do dia anterior e fechou em forte baixa. O mercado climático demonstrou, nessa terça-feira, a grande volatilidade que pode exercer nas cotações. Vindo de uma alta após um final de semana com poucas chuvas e apostando na piora das lavouras americanas, o mercado devolveu os ganhos do dia anterior e fecharam abaixa com a previsão climática dos próximos dias. Áreas com o plantio de milho já receberam precipitações e devem atingir as lavouras de soja nos próximos dias. Com isso, o mercado entende que, essas chuvas se sobrepõem aos dados de piora nas condições das lavouras, divulgados no dia anterior pelo USDA. A baixa demanda pelo grão americano também colaborou para a queda do dia. Teremos ao longo da semana um ajuste de posição dos Investidores no geral, na espera das atualizações do relatório de área plantada do Departamento de Agricultura dos EUA, que será publicado na próxima sexta-feira.

NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA 27/06

BRASIL-ABIOVE AJUSTA PARA CIMA PRODUÇÃO E EXPORTAÇÃO DO COMPLEXO: A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) atualizou as projeções para a safra 2023 e os dados mais recentes apontam para um crescimento da produção de soja em grão de 155 milhões de toneladas, esperadas em maio, para 156 milhões de toneladas. Segundo a entidade, o aumento é resultado da reavaliação positiva das empresas associadas à entidade quanto à produtividade. O processamento da soja também cresce, das 53 milhões de toneladas observadas na última projeção para 53,2 milhões de t. “De acordo com dados amostrais dos quatro primeiros meses deste ano, o esmagamento corrigido pelo porcentual amostral foi de cerca de 16,6 milhões de toneladas, 3,5% superior ao registrado no mesmo período de 2022 (16,1 milhões de toneladas)”. Ainda conforme a Abiove, a produção de farelo foi ajustada em 100 mil toneladas, passando de 40,6 milhões da avaliação anterior para as atuais 40,7 milhões de toneladas. O óleo de soja segue com uma produção estimada em 10,7 milhões de toneladas. Em relação às exportações, com demanda aquecida, os embarques de soja em grão passam de 95,7 milhões de toneladas para 97 milhões. “A comercialização internacional do farelo de soja aponta um pequeno crescimento, de 21,4 milhões de toneladas para 21,9 milhões de t. Desta vez, a exportação de óleo de soja também teve variação positiva, de 2,1 milhões de toneladas para 2,3 milhões de t. Esses volumes trazem uma expectativa de receita com exportações de US$ 65,5 bilhões neste ano. Sendo US$ 52,6 bilhões da soja em grão, US$ 10,3 bilhões do farelo e US$ 2,6 bilhões do óleo de soja.”

ARGENTINA PODERÁ TER UM “DOLAR SOJA 4”: O mercado futuro agrícola argentino – como aconteceu nas três oportunidades anteriores – começou a dar sinais de uma eventual implementação de um “dólar soja 4” segundo a Granar. O “dólar da soja” consiste em um mecanismo pelo qual os exportadores de soja em grão, farinha e óleo de soja, bem como de biodiesel (que é feito com óleo de soja), aceitam a entrada de divisas no país a um câmbio superior ao oficial. Na primeira, segunda e terceira edições do regime, o câmbio especial era de 200 (setembro), 230 (dezembro) e 300 (abril/maio) pesos por dólar recebido, respectivamente. Como esse regime de câmbio especial é implementado por um período limitado, ocorre uma enxurrada de vendas de soja que deprime os preços em dólares da soja no mercado disponível, algo que, graças à “mágica” do câmbio especial (financiado com uma questão monetária), acaba gerando preços “inflacionados” em pesos. Assim como aconteceu nas três primeiras edições do “dólar da soja”, os valores mais próximos da soja durante a vigência do regime estão se “acomodando” (se liquefazendo) em antecipação à expectativa gerada pelo excesso de oferta que está a caminho. A grande questão-chave a ser resolvida é o câmbio especial a ser implementado na quarta edição do “dólar soja”, visto que a terceira edição, com US$ 300/u$s, não gerou volume de vendas significativo e teve que ser “engordada” com vendas de girassol, cevada forrageira e sorgo para atingir o número previsto pela equipe econômica do ministro Sergio Massa.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Preços se valorizam em até R$ 1,50/saca, negócios seguem lentos para o período

CONTEXTO DO DIA: Como as condições das lavouras americanas de soja vieram exatamente onde o mercado esperava, o clima, notadamente a previsão de boas chuvas no meio oeste americano, deram o tom baixista em Chicago hoje. Comprador está olhando julho em diante, com foco maior já no agosto, e começa a mirar também o setembro. NO PORTO: No porto melhor preço do dia foi de R$ 145,50 para 25/07, marcando baixa de R$ 1,00/saca. NO INTERIOR: em Cruz Alta o preço passou por baixa de R$ 1,00/saca, indo a R$ 138,50. Em Ijuí o valor foi a R$ 138,00, caindo em R$ 1,00/saca. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço caiu em R$ 1,00/saca e foi a R$ 137,50. Em Passo Fundo, por fim, o preço foi de R$ 138,00, caindo R$ 1,00/saca.

SANTA CATARINA: Alta avistada, negócios seguem parados

CONTEXTO DO DIA: Santa Catarina segue parada em termos de negócios, mas marca valorização nos preços, algo que veio mais a critério de recuperação do mercado e não tanto como fundamento internacional, dado que hoje foi um dia baixista. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 141,00 para abril com entrega imediata, marcando alta de R$ 1,00/saca.

PARANÁ: Semana segue sem novos movimentos

CONTEXTO DO DIA: Da mesma forma como visto nas demais regiões estudadas nesse relatório, não há pressão atípica por parte dos negócios, que seguem fluindo a ritmo normal e se aproximam dos 50% de comercialização, o que é bom, pois ocasiona na liberação dos armazéns, mas tem impactos negativos para o agente do mercado, pois faz com que poucas ações de qualquer tipo sejam tomadas por um longo período. Para hoje era esperado que algumas quedas fossem vistas com o mercado realizando o clima positivo norte americano, mas os movimentos não ocorreram. NO PORTO: cif Paranaguá marcou manutenção de preços, permanecendo a R$ 138,00 com pagamento em 30/07 e entrega em julho. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa registrou manutenção, permanecendo a R$ 130,00. Nas demais posições de Cascavel, Maringá e Pato Branco, os valores também não se moveram, permanecendo a R$ 120,00, R$ 120,00 e R$ 119,00 respectivamente. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 127,00, marcando manutenção. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi marcado por movimentações divididas, com o grão de soja passando por baixa de 1,71%, o farelo em baixa de 1,76% e o óleo em alta de R$ 1,75%. O dólar por sua vez marca alta de 0,66%, sendo cotado a R$ 4,7987 ao fim do pregão.

MATO GROSSO DO SUL: Preços e negócios parados, mercado apenas observa

CONTEXTO DO DIA: Traders e analistas da região se mostram cansados com mercado que não anda e não tem qualquer expressão de preços. A comercialização esteve indo bem até semana retrasada e os avanços percentuais de saída de soja eram um dos melhores do Brasil, no entanto, essa rápida saída se reverteu em um escoamento lastimável para o momento. PREÇOS DE HOJE: todos os preços marcaram manutenção – em Dourados, os preços foram cotados a R$ 125,00, em Maracaju a R$ 124,00, em Sidrolândia a R$ 123,00, em Campo Grande a R$ 125,00 e em Chapadão do Sul a R$ 122,00.

MATO GROSSO: Preços caem novamente, negócios bem lentos

CONTEXTO DO DIA: Preços ainda não retornam a marcar positividade apesar das expressivas altas sendo vistas no mercado internacional, isso se deve mais a conjuntura do mercado que marca momento de mais baixa demanda e por consequência derruba os preços. PREÇOS PRATICADOS: Campo Verde a R$ 109,42 marca baixa de R$ 0,26/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 106,49, com baixa de R$ 0,10/saca. Nova Mutum a R$ 107,31, com baixa de R$ 0,17/saca. Primavera a R$ 110,06 após baixa de R$ 1,36/saca. Rondonópolis a R$ 112,97 após baixa de R$ 0,26/saca. Sorriso, por fim, a R$ 106,98, após alta de R$ 1,27/saca.

MATOPIBA: Preços se recuperam bem, negócios seguem parados

CONTEXTO DO DIA: Dia de hoje traz preços muito melhores, embora sem muita lógica por trás. Além da alta vista no dólar, da costumeira informação assimétrica que recebemos a respeito do complexo e da alta vista no óleo, pouco explica variações de 5% ou mais, exceto condições de logística regional. Apesar disso, preços sobem bem. PREÇOS PRATICADOS: Balsas a R$ 122,00, valorizando-se em R$ 2,50/saca. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 123,50, com alta de R$ 4,00/saca. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi de R$ 118,00 após alta de R$ 6,00/saca. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 116,00, com valorização de R$ 1,00/saca. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 116,00, em alta de R$ 1,00/saca.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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