FECHAMENTOS DO DIA 22/06: O contrato de soja para julho23 fechou em baixa de -0,94% ou $ -14,25 cents/bushel a $ 1500,50. A cotação de novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em baixa de -2,72%, ou $ -37,50 cents/bushel a $ 1339,50. A cotação de maio24 fechou em baixa de -1,66% ou $ -22,50 cents/bushel a $ 1332,00. O contrato de farelo de soja para julho fechou em baixa de -3,30% ou $ -14,50 ton curta a $ 424,7 e o contrato de óleo de soja para julho fechou em alta de 0,25% ou $ 0,14/libra-peso a $ 55,77.

CAUSAS DA BAIXA: A soja negociada em Chicago fechou em baixa nessa quinta-feira. Após uma sequência de altas expressivas, os Fundos de Investimento realizaram lucros pressionando a cotação. A queda em seus derivados também pressionaram os vencimentos. O farelo de soja caiu forte nessa quinta-feira, enquanto o óleo de soja só se recuperou na segunda metade da sessão, fechando em leve alta. Reflexo da redução do uso de biocombustíveis pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA no dia anterior. Apesar do aumento das áreas com déficit hídrico na cultura da soja, há previsões de chuvas para o começo do próximo mês.

FATORES TÉCNICOS: A recomendação é aproveitar as altas – você aproveitou? O fechamento de ontem (quinta-feira), permitia fixar preço da soja a R$ R$ 135,23 para março de 2024. Já no fechamento de hoje este valor caiu para R$ 132,80. O custo de produção está por volta de R$ 117,23, sinalizando um lucro de 13,29%. Há 10 dias atrás o preço era de R$ 118,09/saca e o lucro era de apenas 0,73%. Quem garante que vai subir? O lucro de hoje é certo e seguro; o de amanhã é totalmente incerto e inseguro. Ninguém quebrou por ter lucro menor, mas muitos quebraram por querer um lucro maior, que acabou não vindo.

Hoje foi apenas realização de lucros ou estamos chegando ao topo? Resposta curta: ninguém sabe. Os fatores técnicos e tudo mais ficaram em segundo plano devido ao clima, algo que está fora de nosso controle e do seu. Com isso dito, há uma coisa que você pode controlar: o gerenciamento de riscos está sob seu controle e existem algumas ótimas ferramentas disponíveis para ajudar a fazer isso. Uma ferramenta para ajudar a gerenciar riscos ou obter exposição ao mercado As opções semanais de safra nova são uma ótima ferramenta para traders e hedgers considerarem o uso durante esta estação de crescimento volátil. Os prazos reduzidos podem não apenas reduzir os prêmios das opções, mas também ajudar a gerenciar o risco em torno de eventos de alto impacto. Com o relatório de área plantada deste mês caindo em uma sexta-feira (30 de junho), os participantes do mercado podem procurar as opções da semana 5 da Nova Safra para ajudar a gerenciar riscos ou ganhar exposição antes do relatório. Historicamente, este relatório é conhecido por produzir algumas grandes oscilações diárias de preços. Nos últimos 5 anos, no dia do relatório, vimos o milho com uma média de negociação de 7% e a soja com 4%.

NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA 22/06

EUA-FALTA MUITA CHUVA EM NEBRASKA: Os meteorologistas dizem que serão necessários de 147 mm a 367,5mm de chuva para tirar o leste de Nebraska da categoria de seca.

EUA-SUBSOLO DE ILLINOIS E MICHIGAN: 85% do subsolo de Illinois é curto ou muito curto de umidade, o que é 9% a mais do que a seca de 2012. O subsolo de Michigan é 89% curto ou muito curto.

EUA-USDA AUMENTA TERRAS EM SITUAÇÃO DE SECA: Após a atualização semanal do mapa de monitoramento da seca, o USDA aumentou hoje a proporção de terras cobertas com soja em condições de seca de 51 para 57%, acima dos 11% do ano anterior. Illinois, principal estado produtor de soja, viu a área sob condições de seca moderada crescer de 64,99 para 82,02% e a proporção sob seca severa de 14,68 para 30,67%. *EUA-ONDE VAI CHOVER: A previsão estendida para 6 a 10 dias marca a chance de chuvas normais para grande parte do Centro-Oeste e possivelmente chuvas mais altas para o extremo oeste do cinturão de soja/milho e as Grandes Planícies do centro-norte.

CHINA SE VOLTA PARA O BRASIL: Do lado da demanda, a chegada abundante da soja brasileira aos portos chineses mantém o maior comprador mundial da oleaginosa tranquilo.

EXPORTAÇÕES DO PARAGUAI PARA A ARGENTINA: Participação da Argentina nas compras de soja paraguaia cresceu. As companhias petrolíferas argentinas monopolizaram as compras de soja. No final de maio, eles importaram 2,9 milhões de toneladas do Paraguai devido à escassez de matéria-prima naquele país. Das 3.396.216 toneladas de soja que o Paraguai exportou entre janeiro e maio, a Argentina ficou com 87% do volume, o que representa quase 20 pontos a mais que no mesmo período do ano passado. Esse comportamento ocorre em meio a uma estiagem nos campos argentinos, onde a colheita foi reduzida para menos da metade. O Brasil foi o segundo comprador, com concentração de 3%.

CANAL DO PANAMÁ-BAIXOS NÍVEIS DE ÁGUA: Questões logísticas, seguem no radar do mercado de soja. Espera-se que problemas com baixos níveis de água no Canal do Panamá afetem as viagens de grandes navios que transportam carregamentos de grãos dos Estados Unidos, avaliou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em relatório de transporte de grãos. A entidade afirmou que o Panamá está passando por sua pior seca em mais de um século. “Essa restrição afetará os maiores navios graneleiros que transportam grãos originários dos EUA”, ressaltou o USDA. Por este canal passa, também toda a soja e milho embarcados no Arco Norte do Brasil.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Dia de baixas, produtor toma surpresa e negócios congelam

CONTEXTO DO DIA: Mercado tomou por surpresa as baixas na maior parte do tempo do pregão de hoje, gerando poucos negócios. Os melhores preços foram verificados apenas na reta final do pregão. Comprador está totalmente fora do junho, e com programas de julho e agosto já bem avançados, começa a mirar também o setembro. NO PORTO: No porto melhor preço do dia foi de R$ 145,00 para 20/07, marcando queda de R$ 1,00/saca. NO INTERIOR: em Cruz Alta o preço passou por baixa de R$ 1,40/saca, indo a R$ 138,00. Em Ijuí o valor foi a R$ 137,50, caindo em R$ 1,50/saca. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço caiu em R$ 0,50/saca e foi a R$ 138,00. Em Passo Fundo, por fim, o preço foi de R$ 137,50, caindo R$ 1,50/saca.

SANTA CATARINA: Preço parado, negócios seguem lentos

CONTEXTO DO DIA: Santa Catarina segue parada na evolução dos preços, marcando manutenção para o dia de hoje depois de mais um dia negativo. O dia até trouxe positividade em termos de evolução especialmente do óleo e do dólar, mas os movimentos não foram suficientes para gerar qualquer efeito. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 140,00 para abril com entrega imediata, marcando manutenção.

PARANÁ: Preços voltam a se desvalorizar em até R$ 3,00/saca

CONTEXTO DO DIA: Da mesma forma como visto em diversas diferentes posições por todo o Brasil, mercado paranaense segue lento mesmo diante de valorizações. Em um dia como hoje onde predominaram as quedas, não foi diferente, com mercado permanecendo bastante em silêncio. Algumas informações chegaram sobre a situação do armazenamento dentro do Estado. Segundo fontes internas existem regiões em que mesmo os galpões de maquinas estão repletas de soja, mas não há nada de fora. NO PORTO: cif Paranaguá marcou queda de R$ 3,00/saca, indo a R$ 138,00 com pagamento em 30/07 e entrega em julho. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa registrou baixa de R$ 2,00/saca, indo a R$ 130,00. Nas demais posições de Cascavel, Maringá e Pato Branco, os valores marcaram baixa de R$ 1,00/saca, indo a R$ 120,00, R$ 120,00 e R$ 119,00 respectivamente. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 127,00, marcando manutenção. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi marcado por movimentações divididas, com o grão de soja passando por baixa de 0,94%, o farelo em baixa de 3,30% e o óleo em alta de R$ 0,25%. O dólar por sua vez marca alta de 0,09%, sendo cotado a R$ 4,7723 ao fim do pregão.

MATO GROSSO DO SUL: Preços se desvalorizam em R$ 2,00/saca, negócios parados

CONTEXTO DO DIA: Mais um dia parado no mercado do Mato Grosso do Sul. Não se soube de negócios extraordinários e os preços marcaram queda de R$ 2,00/saca, motivado especialmente pelas quedas vistas na soja Chicago PREÇOS DE HOJE: todos os preços marcaram queda de R$ 2,00/saca – em Dourados, os preços foram cotados a R$ 121,00, em Maracaju a R$ 120,00, em Sidrolândia a R$ 119,00, em Campo Grande a R$ 121,00 e em Chapadão do Sul a R$ 118,00.

MATO GROSSO: Preços voltam a subir em reajuste repentino

CONTEXTO DO DIA: Após as últimas informações trazidas pelo IMEA e a situação da safra norte americana o mercado acabou sofrendo um baque em termos de preços, movimentação não natural que passou por reajuste hoje, fazendo com que os preços voltassem aos níveis de segunda-feira. PREÇOS PRATICADOS: Campo Verde a R$ 111,01 marca alta de R$ 8,33/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 108,29, com alta de R$ 0,95/saca. Nova Mutum a R$ 109,13, com alta de R$ 0,82/saca. Primavera a R$ 112,78 após alta de R$ 0,78/saca. Rondonópolis a R$ 114,50 após alta de R$ 0,99/saca. Sorriso, por fim, a R$ 107,37, após alta de R$ 0,96/saca.

MATOPIBA: Mercado dividido, valorização de R$ 0,50/saca apenas em Balsas

CONTEXTO DO DIA: Dia de pouca relevância no complexo de MATOPIBA. Diante das quedas dos preços, negócios seguiram parados, com a grande maioria das regiões se desvalorizando de forma considerável. A única exceção a essa regra foi Balsas que se valorizou de forma mínima. PREÇOS PRATICADOS: Balsas a R$ 118,50, valorizando-se em R$ 0,50/saca. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 120,00, queda de R$ 1,00/saca. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi de R$ 114,90 após queda de R$ 2,10/saca. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 116,00 após queda de R$ 1,50/saca. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 115,00, com queda de R$ 2,00/saca.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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