FECHAMENTOS DO DIA 10/11: O contrato de soja para janeiro24, a próxima data negociada nos EUA, fechou em alta de 0,30 %, ou $ 4,00 cents/bushel a $ 1347,50. A cotação de maio24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 0,15 % ou $ 2,00 cents/bushel a $ 1371,50. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em baixa de -0,11 % ou $ -0,5 ton curta a $ 449,4 e o contrato de óleo de soja para dezembro fechou em alta de 1,49 % ou $ 0,75/libra- peso a $ 51,20.

CAUSAS DA ALTA: A soja negociada em Chicago fechou o dia em alta, mas em baixa no acumulado da semana. A cotação de Chicago não recuperou totalmente o baque do relatório sobre oferta e demanda do USDA no dia anterior. No entanto, a preocupação com o clima no Brasil, onde temos a possibilidade de novos alagamentos na região sul e a pior seca em 30 anos na região central e norte, é o parâmetro dos Traders até o final do ano, uma vez a safra americana está praticamente colhida. Outro fator de alta são os sinais de demanda chinesa pelo grão americano, visto a grande disponibilidade no momento e a dificuldade logística do Brasil nos portos. O farelo de soja fechou o dia em baixa, mas a semana em alta. Mostrando que o subproduto pode estar reduzindo o ritmo de alta, mas ainda está retornando ao patamar de julho de forma consistente. O óleo de soja fechou o dia e a semana em alta acompanhando a cotação do petróleo.

NOTÍCIAS IMPORTANTES

BRASIL-CHUVAS FICARÃO ABAIXO DA MÉDIA NOS PRÓXIMOS 15 DIAS, AFETANDO SOJA E MILHO: As chuvas ficarão abaixo da média no Brasil central nos próximos 15 dias, diz o Itaú BBA. Segundo o banco, os mapas meteorológicos do modelo americano, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês), mostram que o clima continuará prejudicando o avanço do plantio da soja e colocará mais pressão sobre o resultado da colheita. Além da precipitação menor do que a média no curto prazo, as temperaturas muito elevadas chamam a atenção. Os mapas ainda mostram que a irregularidade climática na região central do Brasil deve avançar para os meses de dezembro e janeiro, “com o modelo americano (CFSv2) apontando chuvas abaixo da média”, informa a instituição financeira. A conjuntura atual aponta cada vez mais para um cenário mais complexo para o milho segunda safra, “que tende a seguir a direção de redução de área e produção para 2023/24”, finalizou o banco.

BRASIL-RISCO PARA SAFRA 2023/24 AUMENTOU NAS DUAS ÚLTIMAS SEMANAS: A probabilidade de o Brasil ter uma safra de soja 2023/24 cheia fica cada vez mais difícil, em virtude do atraso no plantio principalmente em Mato Grosso, diz um relatório do Itaú BBA. Segundo a instituição financeira, ainda não é possível condenar o resultado da safra, mas as chuvas de outubro e do início de novembro não ocorreram conforme os mapas meteorológicos de projeção indicavam na região central do País. Além de atrasar o plantio, a falta de precipitações ideais na segunda metade de outubro e nos primeiros dias de novembro prejudicou ainda o desenvolvimento das áreas já semeadas, provocando a necessidade de replantio em algumas áreas de Mato Grosso, disse o Itaú BBA.

O atraso no plantio não significou prejuízo para a produtividade nas duas últimas safras, “mas diante do contexto climático atual e o projetado, o risco para a safra de soja do Brasil aumentou bastante nas últimas semanas”, afirmou o banco. “Havia a expectativa de volumes melhores de precipitações que os registrados na primeira quinzena de outubro, quando grande parte das áreas centrais do país recebeu chuvas que ficaram entre dentro e abaixo da média para o período”, mostrou o relatório. Segundo o banco, o ritmo de plantio desacelerou em relação ao ano passado, sobretudo nas últimas duas semanas, principalmente em Mato Grosso, responsável por cerca de 30% da oferta nacional da oleaginosa.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Dia de perdas de preços em virtude da queda no Dólar

CONTEXTO DO DIA: Preços voltam a marcar baixas em dia sem muita expressão para finalizar uma semana que como um todo trouxe pouco movimento para a soja. Muito se vê em trabalho de campo para o grão, mas a comercialização segue fortemente prejudicada, parte pelos preços, parte pela queda de demanda relacionada a China. NO PORTO: No porto, melhor preço do dia, quando dólar esteve alto, foi de R$ 154,00, marcando queda de R$ 0,50/saca para dia 20 de novembro. NO INTERIOR: em Cruz Alta o preço foi de R$ 151,50, marcando baixa de R$ 0,50/saca. Em Ijuí o valor foi a R$ 151,50 também marcando baixa de R$ 0,50/saca. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço foi a R$ 150,50 marcando queda de R$ 0,50/saca. Em Passo Fundo, por fim, o preço foi de R$ 150,50, marcando baixa de R$ 0,50/saca.

SANTA CATARINA: Preços sobem expressivamente, mas negócios não respondem a altura

CONTEXTO DO DIA: Preços marcam alta de R$ 3,00/saca e alguns volumes são vistos saindo, movimentos no Estado se mostram ainda lentos. Estima-se que aproximadamente 3.000 toneladas foram comercializadas, valor já visto durante a semana e nada maior do que os volumes anteriores, mostrando que o problema também está presente na parte da demanda. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 149,00.

PARANÁ: Dia de poucos movimentos, alta apenas em Paranaguá

CONTEXTO DO DIA: Negócios seguem na apatia costumeira, sem mudar a perspectiva. No dia de hoje pode-se notar um mercado pouco expressivo com o porto marcando recuperação em relação as ultimas baixas vista e as posições interioranas seguem sem movimentos. NO PORTO: cif Paranaguá marcou alta de R$ 2,00/saca, indo a R$ 145,00 com pagamento em 02/12 e entrega em novembro. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa marca manutenção, ainda a 140,00, aqui estamos falando da soja disponível, do lote e vemos valores mais altos do que os de pedra. Nas demais posições temos manutenções, com Cascavel a R$ 135,70 sem se mover. Maringá a R$ 137,30 também sem novos movimentos e Pato Branco a R$ 136,50 em manutenção. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 127,00. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi marcado por movimentações divididas. O grão de soja passou por alta de 0,30%, o farelo passou por baixa de 0,11% e o óleo em alta de 1,49%. O dólar por sua vez marca baixa de 0,51%, sendo cotado a R$ 4,9145 ao fim do pregão.

MATO GROSSO DO SUL: Preços marcam manutenção, negócios seguem lentos

CONTEXTO DO DIA: Mercado termina a semana de forma semelhante a como começou, sem movimentos de preços e com poucos volumes sendo negociados. Estima-se que aproximadamente 30.000 toneladas, nivelando por cima foram negociadas durante toda a semana, uma marca consideravelmente ruim. PREÇOS DE HOJE: todos os preços marcaram manutenção – em Dourados os preços foram cotados a R$ 130,00. Em Maracaju o preço foi a R$ 129,00. Em Sidrolândia o preço foi de R$ 129,00 em manutenção. Em Campo Grande o preço foi de R$ 130,00 e em Chapadão do Sul o preço foi a R$ 129,00.

MATO GROSSO: Preços em queda expressiva, negócios saindo lentamente

CONTEXTO DO DIA: Regiões de Mato Grosso marcam dia de baixas expressivas e negociações da mão para a boca, produtor busca negociações para 2024, mas mesmo esses volumes não tem encontrado ofertas satisfatórias. Com o produtor continuando com movimentações bastante amenas o foco na plantação e no milho pesa e com isso se vê poucos resultados no mercado. PREÇOS PRATICADOS: O mercado do dia marcou baixas, com isso – Campo Verde a R$ 123,00 com baixa de R$ 2,00/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 120,50 com queda de R$ 1,50/saca. Nova Mutum a R$ 121,00 com baixa de R$ 1,00/saca. Primavera a R$ 123,30 com baixa de R$ 4,70/saca. Rondonópolis a R$ 125,00, com baixa de R$ 5,00/saca. Sorriso, por fim, a R$ 120,00 com baixa de R$ 2,00/saca.

MATOPIBA: Variações expressivas de preços, negócios sem atualização

CONTEXTO DO DIA: Como visto na maioria das regiões do Brasil, o complexo do MATOPIBA segue extremamente parado, com níveis mínimos de comercialização e apenas em regiões específicas. A região é marcada por um sério problema de assimetria de informações, novas informações chegam, com sorte, uma vez por semana de quem realmente esta de olho no mercado do complexo por dentro. O que se sabe é que existe alta qualidade de grãos na região, mas que a logística complica as negociações e nesse momento, em um contexto geral, os preços seguem caindo em virtude da baixa demanda. PREÇOS PRATICADOS: Balsas a R$ 119,00 marcando queda de R$ 3,00/saca. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 125,00, sem movimentos. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi de R$ 122,00 após alta de R$ 2,00/saca. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 120,00 com baixa de R$ 14,00/saca no decorrer de toda a semana. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 127,00 com alta de R$ 1,00/saca.

Fonte: T&F Agroeconômica



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