FECHAMENTOS DO DIA 24/01: O contrato de soja para janeiro23 fechou em leve queda de 0,12% ou $ 1,75 cents/bushel a $ 1488,50. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em queda de 0,05%, ou $ 0,75 cents/bushel a $ 1486,50. A cotação de maio24 fechou em queda de 0,17% ou $ 2,25 cents/bushal a $ 1328,25. O contrato de farelo de soja para março fechou em queda de 0,45% ou $ 2,1/ton curta $ 459,8 e o contrato de óleo de soja para março fechou, em queda de 1,71% ou $ 1,06/libra-peso a $ 60,38.

CAUSAS DA LEVE QUEDA: Os futuros de soja devolveram ganhos iniciais e fecharam perto da estabilidade nesta terça-feira. As cotações não conseguiram manter a alta, diante das chuvas na Argentina, queda do petróleo, que afeta os biocombustíveis, feitos quase todos à base de óleo de soja, que caiu 1,5%.

NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA

EUA-EXPORTAÇÕES MENORES: Dados de Inspeções Semanais de Exportação mostraram que 1.805 MMT de soja foram embarcados durante a semana de 19/01, queda de 384k MT em relação à semana passada, mas foi 422k MT a mais do que na mesma semana do ano passado. A China foi o principal destino com 2/3 do total semanal. O USDA também adicionou 123.382 MT de exportações a relatórios anteriores, o que eleva o valor das exportações do ano inteiro para 34,1 MMT. O ritmo do ano passado foi de 35,032 MMT até 1/20.

BRASIL-PLANTIO ATINGE 99,5%, MAS COLHEITA ESTÁ ATRASADA: A Conab disse que o plantio da safra brasileira de soja 2022/23 atingiu 99,5% da área total estimada até o último sábado (21), avanço de 0,3 ponto porcentual em uma semana. A colheita da oleaginosa avançou 1,4 ponto porcentual na semana e alcançou 2% do total previsto para a temporada. Em igual período do ano anterior, o índice estava em 5,5%.

BRASIL DEVE AUMENTAR EXPORTAÇÕES: Uma consultoria privada brasileira espera que as exportações de soja do Brasil em 2023 sejam de 93 MMT, acima dos 78,9 MMT de 2022 citando um aumento de 16% na disponibilidade de oferta. O Brasil deve embarcar 1,356 milhão de toneladas em janeiro, de acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec). Na semana passada, a previsão era maior, de 1,999 milhão de toneladas.

ARGENTINA-CHUVAS ENTRE 25,4/89 MM: Muitas das principais regiões de cultivo da Argentina tiveram chuvas durante o fim de semana, com o total de chuvas de 7 dias de pelo menos 1” e até 3 1/2”. A Severidade da Seca (CHIRPS) do banco de dados Crop Explorer do USDA também melhorou na maior parte do país, embora o Nordeste e o Uruguai e o Paraguai ainda estejam em seca. Nos últimos 10 dias no Brasil, Mato Grosso melhorou muito, mas ainda registra alguns D1-D2 no Norte. O sul do Brasil também melhorou, mas o MGDS agora está aparecendo do lado seco.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Preços se valorizam um pouco, mas mercado segue sobre pressões negativas

De acordo com as informações fornecidas por traders da região o mercado de soja enfrenta uma situação de lentidão, com produtores finalmente conseguindo vender os saldos velhos de soja, mas ainda não se sentindo seguros para firmar contratos futuros para a nova safra. Além disso, as fábricas têm domínio absoluto no mercado, incluindo no porto. No porto, as indicações de preço para fábricas são de R$ 181,00 para pagamento em março sobre rodas,
isso indica valorização de R$ 2,00/saca. No interior, as indicações de preço variam de acordo com a região. Em Cruz Alta, o preço é de R$ 176,00 após alta de R$ 2,00/saca, em Passo Fundo é de R$ 175,00 após alta de R$ 2,00/saca, em Ijuí é de R$ 176,00 após alta de R$ 1,00/saca e em Santa Rosa / São Luiz é de R$ 176,00 após queda de R$ 1,00/saca. Em Panambi, os preços de pedra mantiveram-se em R$ 164,00 por todo o dia.

SANTA CATARINA: Preços em manutenção, nada de negócios

O mercado de soja em Santa Catarina está passando por dificuldades, mas assim esta todo o Brasil, em especial agora com os novos acumulados de Chuva na Argentina, o que aumenta os estoques finais e tornam os preços mais competitivos, ao menos teoricamente,
prejudicando muito em especial quem teve quebra de safra. Segundo fontes do setor, o preço da soja voltou a cair devido a esses fatores, o que tem dificultado as negociações. Apesar de hoje não ter ocorrido quedas reais nos preços, as pressões exercidas pelo dólar seguem negativas. São Francisco do Sul a R$ 176,00.

PARANÁ: Preços se repetem, mercado em dúvida diante da especulação; lavouras 81% em bom estado

CONDIÇÃO DAS LAVOURAS: As lavouras de soja do Paraná da safra 2022/23 registraram aumento de 1 ponto porcentual na condição boa na semana encerrada ontem (23) em comparação com a anterior, mostra levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e Abastamento do Estado. Conforme a pesquisa, 81% das plantações estão em boas condições (80% na semana anterior), enquanto 15% estão em média condição (sem alteração) e 4%, ruins (5% há sete dias). As fases das lavouras com a oleaginosa são as seguintes: desenvolvimento vegetativo (7% ante 11% na semana anterior); floração (18% ante 25%); frutificação (66% ante 60%) e maturação (9% ante 4%).

MERCADO: O mercado de grãos enfrenta uma situação de incerteza e instabilidade, ontem quedas expressivas foram causadas pela especulação relacionada a Argentina em seu potencial produtivo e pelo feriado chinês que deve durar 7 dias e assim diminuir a demanda pela soja brasileira nesse período, hoje não deu tempo de qualquer consciência de mercado ser mudada, em fato, espera-se que isso venha ocorrer apenas após o feriado asiático. No mercado de soja, os preços variam entre as regiões do interior e do porto. No interior começando pela região de Ponta Grossa, as ofertas são de R$ 165,00 no balcão.

Para futuro, os preços foram de R$ 170,00 para entrega em janeiro e pagamento em 03/02, R$ 171,00 para entrega em janeiro e pagamento em 22/03, e R$ 173,00 para entrega em janeiro e pagamento em 10/03. Além disso, Cascavel, Maringá e pato Branco em preços de produtor, seguem na mesma posição a R$ 159,00/saca. No porto de Paranaguá, as ofertas são de R$ 175,00 para entrega em fevereiro e pagamento em 30/03, e R$ 176,00 para entrega em fevereiro e pagamento em 05/05. As indicações de preço para a safra 2023 também variam entre regiões.

No posto de Ponta Grossa, o preço nominal indicado é de R$ 175,00 para entrega em março/abril e pagamento em maio de 2023. Já no posto de Paranaguá, a indicação é de R$ 176,00 para entrega em fevereiro/março e pagamento em abril de 2023. Com as quedas expressivas vistas ontem e a falta de negócios, é esperado que o mercado continue instável nos próximos dias.

MATO GROSSO DO SUL: MS continua marcando quedas expressivas e se desvaloriza em mais R$ 2,00/saca

Mato Grosso do Sul registrou mais um dia de quedas gerais de até R$ 2,00/saca nos preços. O que mais impacta o mercado segue sendo à possibilidade de estoques argentinos serem  maiores e a soja futura ficar mais barata, mas também o dólar que passou por nova queda.
Apesar disso, a reação do mercado é muito especulativa e por um escopo fundamentalista, os indicadores ainda podem trazer a soja bastante cara mais para frente, então o medo de abrir mão dos estoques atuais persiste. Muitos agricultores e traders estão esperando para ver como a situação se desenrola antes de fazer negociações. O dia foi marcado por poucas fixações de preços e nenhuma negociação, deixando o mercado em um estado de incerteza. Esses são os preços da soja após as desvalorizações de R$ 2,00/saca: Dourados a R$158,00. Campo Grande a R$158,00. Maracaju a R$157,00. Sidrolândia a R$156,00. Chapadão do Sul a R$155,00.

MATO GROSSO: Predomínio de desvalorizações, sem negócios efetuados

CONDIÇÕES DA SAFRA: Além disso, chuvas tem sido vistas por todo o estado, o que atrapalha um pouco a colheita, mas esta tem ocorrido em ritmo dentro da normalidade para o período do ano em que estamos. Ademais, o produtor continua extremamente inseguro para se livrar da soja velha. A variedade de condições climáticas e a diferença de produção entre as regiões podem ser algumas das principais razões para essa insegurança.

MERCADO: Neste cenário o produtor segue mais defensivamente, sem efetuar grandes volumes em negócios e isso serve como termômetro dos próprios preços também. Os preços atuais são os seguintes: Campo Verde a R$ 149,00 após queda de R$ 2,00/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 149,00, após queda de R$ 2,00/saca. Nova Mutum a R$ 149,00, após queda de R$ 0,50. Primavera do Leste a R$ 153,00, tendo sido a única região a se valorizar nessa situação, a alta foi de R$ 2,00/saca. Rondonópolis a R$ 156,00 após R$ 2,00/saca de queda e Sorriso a R$ 147,50, caindo menos em R$ 1,00/saca.

MATOPIBA: Dia de quedas gerais de até R$ 3,50/saca

Região de Balsas no Maranhão traz cotações com mercado marcando queda de R4 2,00/saca e com isso indo a R$ 153,00. O Porto Franco-MA marcou queda de R$ 2,00/saca e com isso foi a R$ 153,00. Pedro Afonso que agora substitui Porto Nacional nas cotações trouxe valor de R$ 148,40, marcando também queda, mas de forma mais profunda ao perder R$ 3,50/saca. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 154,00, caindo também em R$ 2,00/saca. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 158,00, sem se mover. Nos estados de MATOPIBA a situação é bastante complexa em relação a produtividade, claro que assim como nas demais posições do Brasil ela cresce ano a ano, mas as dificuldades de estrutura, inovação e transporte tem sido um importante obstáculo nesses momentos de perda de valor de soja.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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